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Banca de QUALIFICAÇÃO: KARINE COSTA MIRANDA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KARINE COSTA MIRANDA
DATA: 06/09/2013
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Estudos / Prédio da Pós-Graduação
TÍTULO:

A prosa poética em Céu em fogo, de Mário de Sá-Carneiro 


PALAVRAS-CHAVES:

...


PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

Mário de Sá-Carneiro, poeta modernista português finissecular do século XIX para o

XX, pode ser considerado um artista ciente de seu estilo particular. A introdução do Modernismo

em Portugal foi constituída pela publicação do primeiro número da revista Orpheu, em março de

1915, da qual Sá-Carneiro fazia parte. A produção do autor se insere no limiar entre a expressão

dos desvarios do sofrimento, da dor de alma transportada a um plano estético e da configuração

de um sujeito poético em sintonia com uma dispersão própria. Nesse sentido, nota-se a presença

de concepções literárias já conhecidas: a arte vista como “um segredo ou tormento” de alguns

temperamentos para os quais Orpheu é um “exílio” e um “ideal oculto”, uma forma bem particular

de o artista sentir e conhecer a si. Essa arte que quer ver reconhecidos os seus ideais, que usa

a emoção, mas ao mesmo tempo dela se distancia pode ser atestada por meio das vanguardas

europeias. Assim, este trabalho analisa as novelas contidas em Céu em fogo (1915), de Mário de

Sá-Carneiro, por meio de um estudo dos aspectos formais que caracterizam a presença de lirismo

poético nas narrativas carneirianas. Com base em análises substanciais, é possível perceber como

a constante preocupação com os temas da representação, da criação, do fingimento; presença de

espelhos e duplos; preocupação do texto com reduplicação, desdobramento e ruptura da ilusão;

fragmentação do enunciado, que poderia ser visto como mais um sinal de sua artificialidade, de seu

caráter de ficção. A obra prosaica de Sá-Carneiro funde-se com a lírica, tipificando a constituição

em prosa poética, logo, pretende-se identificar os aspectos que condicionam o mecanismo de

hibridização entre prosa e poesia na novelística carneiriana. Esta dissertação intenciona, portanto,

analisar a tessitura da prosa poética, a fim de detectar quando há dose de lirismo na prosa e de

atestar os aspectos que configuram a fusão do enredo e da poesia, seja pela musicalidade ou pela

divisão da frase em segmentos que chegam a recordar a cadência do verso. Para aporte teórico

elegeu-se as teorias de Benedetto Croce, Octavio Paz, Hugo Friedrich, Ana Piedade Nascimento,

Tzvetan Todorov e Massaud Moisés.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1550697 - ANA MARIA KOCH
Externo à Instituição - FABRÍCIO FLORES FERNANDES - UESPI
Presidente - 1630720 - MARIA ELVIRA BRITO CAMPOS
Notícia cadastrada em: 03/09/2013 14:21
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