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Banca de QUALIFICAÇÃO: LANNA CAROLINE SILVA DE ALMEIDA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LANNA CAROLINE SILVA DE ALMEIDA
DATA: 30/08/2017
HORA: 14:00
LOCAL: 323-J
TÍTULO: O despertar de um grito há muito silenciado: violência posta às claras nas narrativas Meu nome é Legião, de Lobo Antunes e Manual prático do ódio, de Férrez.
PALAVRAS-CHAVES: Marginalizados. Violência social. Espaço
PÁGINAS: 48
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

Os estudos literários, por muito tempo, foram um espaço de exclusão ocupado por escritores que fazem parte do modelo da alta literatura. As vozes dos marginalizados são ouvidas com incômodo, pois mostram a realidade rejeitada pela sociedade letrada. A escrita literária deles visa acabar com o silêncio no qual foram colocados. Tais autores passaram a fazer uso da literatura para externar a repulsa perante a situação dos moradores da periferia. Os excluídos deixam o campo da representação e do silêncio, passando a ter voz na narrativa literária. Voz esta que, antes suprimida, passa a acessar a fala por meio do discurso literário. Com isso, percebe-se que o autor marginal é uma testemunha das experiências transportadas para o texto um espectador da árdua sobrevivência nas periferias das grandes cidades. Os textos de escritores marginalizados começaram a fazer parte deste meio disputado pela Alta Literatura. O espaço citadino passou do elemento externo para o interno, ou seja, um elemento social dentro da obra podendo agir para a degradação ou levantamento do sujeito. Este trabalho tem o objetivo de analisar a violência social representada na obra Manual prático do ódio, de Férrez e Meu nome é legião, de Lobo Antunes. Para atingir o objetivo proposto, a presente pesquisa toma como pressupostos teóricos Dalcastagné (2008), Ferréz (2005) Zibordi (2004); Schollhammer (2000; 2008; 2013) Brandão (2011; 2013); e Candido (1987; 2010). Para proceder a análise, metodologicamente esta pesquisa selecionou fragmentos retirados das obras supracitadas cujas temáticas fossem relacionadas à violência social. Por meio de tais fragmentos, percebeu-se que as obras mostram experiências na periferia denunciando suas mazelas e a marginalização das pessoas. Observou-se também que esta representação confirma-se nas vozes dos personagens em seu confronto com a imposição de manter-se à margem da sociedade. Como resultado desta pesquisa, Ferréz e Lobo Antunes apontam como o espaço influencia as personagens, uma vez que, no momento em que o lugar do qual ele fala desloca os valores que elas compartilham. Além disso, percebe-se que os marginalizados denunciam as dificuldades que vivenciam através de suas produções sem a preocupação de passarem pelo crivo da impositiva norma culta. Isso posto, vê-se que os estudos relacionados ao sujeito subalterno têm na sua voz o meio libertador a partir da consciência de autonomia de cada indivíduo. Finalmente, percebe-se que os diversos momentos da escritores desta pesquisa definem a concepção da violência como meio de sobrevivência no contexto social em que Manual Prático do ódio está inserida. 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FABRÍCIO FLORES FERNANDES - UESPI
Interno - 1550705 - LUIZIR DE OLIVEIRA
Presidente - 145.435.403-87 - MARGARETH TORRES ALENCAR COSTA - UESPI
Notícia cadastrada em: 28/08/2017 14:40
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