Esta dissertação propõe uma análise do romance Moi, Tituba sorcière... (2008), de Maryse Condé, com o objetivo de investigar como a memória possibilita a resistência da protagonista Tituba ao discurso hegemônico dos puritanos ingleses em solo americano, assim como fundamenta as construções identitárias dessa personagem ao vivenciar a diáspora negra nas Américas. Para tanto, apoia-se em estudos realizados por Édouard Glissant (1996), Paul Ricoeur (2000), Stuart Hall (2003; 2011), Gayatri Spivak (2010), Edward Said (1995), Roland Walter (2008; 2009), Alcione Alves (2013; 2014), entre outros. Dessa forma, este estudo caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa de cunho bibliográfico e transdisciplinar. Em suma, as análises empreendidas nesta Dissertação de Mestrado relacionam as traces do passado às estratégias de resistência desenvolvidas por Tituba ao longo do seu percurso diaspórico, bem como em suas construções identitárias.