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Banca de DEFESA: MARIA TAMIRES ALVES FERREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA TAMIRES ALVES FERREIRA
DATA: 01/04/2015
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do PPGEnf
TÍTULO:

NARRATIVAS DE MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DE GÊNERO: contribuições para a assistência em saúde e o cuidar em enfermagem


PALAVRAS-CHAVES:

Gênero. Violência contra a Mulher. Saúde da Mulher.

Enfermagem.


PÁGINAS: 104
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

A violência de gênero se configura como um grave problema de saúde pública,

tendo em vista a dimensão do fenômeno, os gastos públicos e a gravidade das

sequelas orgânicas e psicoemocionais que repercutem negativamente na

saúde da mulher que a vivencia. Por ser complexa e multifacetada, é

necessária a atuação de serviços que formam a rede de apoio e de uma equipe

multidisciplinar. Dentre os serviços se destaca o de saúde, no qual a

enfermagem tem importante papel na prestação de cuidados. O estudo

objetivou compreender as narrativas de vida de mulheres vítimas de violência

de gênero. Pesquisa qualitativa que utilizou o método narrativa de vida

segundo Bertaux e a análise temática dos dados. A técnica empregada foi a

entrevista em profundidade, realizada com nove mulheres vítimas de violência

de gênero atendidas pela Defensoria Pública e Casa Abrigo no período de

outubro a novembro de 2014. O instrumento utilizado foi um formulário

contendo dados socioeconômicos e a questão norteadora da pesquisa. Foram

identificadas cinco categorias temáticas: transgeracionalidade da violência de

gênero; relatos da violência na relação conjugal; permanência e/ou rompimento

da relação com o agressor; interfaces da violência de gênero com a saúde; e

expectativas da mulher vítima de violência de gênero. As mulheres do estudo

desde crianças vivenciavam a violência e o mesmo acontece com seus filhos,

caracterizando a intergeracionalidade desta ocorrência. Na relação conjugal,

havia a coexistência de mais de um tipo de violência, com destaque para a

física e psicológica. O ciúme e uso de álcool e outras drogas foram apontados

como fatores desencadeadores dos atos violentos, que têm como causa as

questões de gênero e a ordem patriarcal. A dependência emocional e

financeira contribuiu para a permanência da mulher na relação com o agressor,

a qual foi rompida quando ocorreram agressões físicas graves ou quando a

violência foi convergida contra os filhos. A violência repercutiu negativamente

na saúde das participantes e dos seus filhos. Contudo, as depoentes esperam

um futuro melhor, sem violência, com emprego e de dedicação aos filhos. A

partir das narrativas, conclui-se que as mulheres vitimadas e a família

necessitam de uma atenção multidisciplinar em saúde, em que a enfermeira

deve estar inserida e prestar um cuidado sistematizado, humanizado, holístico

e ético. Para romper o ciclo de violência são necessárias ações da rede de

apoio que oportunizem o resgate da autoestima, a conquista da autonomia e

que proporcionem o empoderamento da mulher vítima de violência de gênero.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANA FATIMA CARVALHO FERNANDES - UFC
Presidente - 6422171 - INEZ SAMPAIO NERY
Interno - 423632 - MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
Externo à Instituição - ROSILDA ALVES DA SILVA ISLMA CHAMILCO - UNIFAP
Notícia cadastrada em: 20/03/2015 13:28
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