AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS NA ATENÇÃO BÁSICA
Idoso. Qualidade de vida. Enfermagem.
Estudo descritivo e transversal com abordagem quantitativa dos dados, que teve por objetivo identificar os fatores preditores de qualidade de vida de idosos cadastrados na Estratégia Saúde da Família do município de Teresina (PI). A amostra foi constituída por 383 sujeitos e a pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética. Os dados foram coletados por meio de um questionário que abordava variáveis sociodemográficas, econômicas e de saúde, e dos instrumentos de qualidade de vida (QV), WHOQOL-bref e WHOQOL-old. Como resultado, teve-se que 67,9% dos idosos eram do sexo feminino, a média de idade foi 70,9 (D.P: 8,2), 60,6% eram analfabetos ou possuíam ensino fundamental incompleto, 50,9% eram casados, 66,6% procedentes do interior do Estado, 59,0% de cor parda e 76,2% eram católicos. A renda média familiar e do idoso foi de 1 a 2 salários mínimos (35,2%) e de até 1 salário mínimo (65,1%), respectivamente. Os idosos moravam em média com 3,0 pessoas (D.P: 2,0) e 71,0% eram aposentados. Quanto ao estilo de vida, 91,1% afirmaram não ingerir bebida alcóolica e 70,2% não fumar; 62,7% referiram dormir bem; 77,3% não praticam atividade física e 39,7% auto avaliaram sua saúde como nem ruim/nem boa. Sobre as condições de saúde, as principais doenças autorreferidas foram: hipertensão (58,0%), diabetes (10,7%) e osteoporose (10,4%). A QV mensurada pelo WHOQOL-bref obteve maior escore no domínio psicológico (70,2) e menor, no domínio ambiental (61,7). Já a QV avaliada pelo WHOQOL-old alcançou maior escore na faceta funcionamento dos sentidos (74,5) e menor, na intimidade (59,3). Por meio da regressão linear múltipla, verificou-se que os fatores preditores de QV segundo os domínios do WHOQOL-bref foram as variáveis: idade, sono reparador, praticar atividade física, ser católico, renda familiar, auto avaliação de saúde (boa/muito boa) e quantidade de morbidades. Já os fatores preditores de QV das facetas do WHOQOL-old foram todas as variáveis citadas anteriormente, acrescida de sexo feminino, com escolaridade, possuir companheiro e renda do idoso. Os resultados sugerem a necessidade de capacitar os envolvidos com os idosos para que desenvolvam estratégias que favoreçam a adaptação, ajustamento e manutenção da QV.