QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS COM ESTOMAS DE ELIMINAÇÃO INTESTINAL
Estomia. Qualidade de vida. Enfermagem.
Estudo descritivo e transversal com abordagem quantitativa dos dados, que teve por objetivo avaliar a qualidade de vida (QV) de pessoas com estomas intestinais de eliminação, cadastrados no Programa de Estomizados de um serviço ambulatorial de referência do município de Teresina. A amostra foi constituída de 96 participantes e a pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética. Como resultado, teve-se que 53,10% das pessoas eram do sexo masculino e a média de idade foi de 59,70 (DP: 18,57). Após a confecção da estomia, diminuiu o número de casados. Quanto à escolaridade, 65,60% possuíam ensino médio ou fundamental. A renda familiar e per capita média foi de R$ 1.789,94 (DP: 2.036,16) e R$ 583,16 (DP: 679,16), respectivamente. Clinicamente, 84,40% tinham colostomia, sendo 53,30% temporárias, 53,70% com exteriorização em alça, 57,30% localizadas no quadrante inferior esquerdo, 81,30% com efluentes de consistência pastosa, todas de cor rósea-avermelhada, 58,30% de forma redonda e 72,90% com implantação protusa do estoma na pele. A complicação na estomia e na pele periestoma mais frequente foi o prolapso de alça intestinal e as dermatites, respectivamente. O tempo médio de estomizado foi de 53,78 meses (DP: 60,65). Em relação à adaptação, 39,60% pessoas afirmaram ter uma boa adaptação à estomia. A média de tempo para sentirse confortável com a estomia foi de 213,96 dias (DP: 314,93). E o tempo médio demandado para o autocuidado foi de 33,10 minutos diários (DP: 33,87). Quanto aos equipamentos coletores, 100% utilizavam bolsas abertas/drenáveis e com barreira de proteção e 95,80% bolsas de uma peça. A principal causa para confecção da estomia foi a neoplasia colorretal, 56 (58,30%). A média da QV foi de 6,16 (DP:2,83), sendo o domínio bem-estar social o mais afetado. As variáveis religião, escolaridade, renda per capita, permanência da estomia, adaptação à estomia, tempo de estomizado, tempo necessário para se sentir confortável, dificuldade no autocuidado e limitação de atividades diárias apresentaram diferenças estatisticamente significativas em relação aos domínios da QV. Conclui-se que as estomias intestinais de eliminação afetam a QV, o que requer especial atenção dos profissionais envolvidos.