O relacionamento e o interesse humano no meio ambiente, e especialmente vegetais, remonta a milhares de anos. A gravidez é um período em que a mãe está disposta a usar qualquer meio para garantir uma boa gravidez, incluindo o uso de plantas medicinais, às vezes indistintas. Esta pesquisa tem como objetivo descrever o conhecimento que as mulheres detêm a cerca da promoção da saúde com o uso de plantas medicinais e analisar a forma de uso de plantas medicinais/fitoterápicos por mulher e suas implicações para os cuidados básicos de saúde durante o período gravídico-puerperal. É um estudo de abordagem qualitativa, tipo exploratório descritivo, utilizando o método narrativa de vida, de Daniel Bertaux. Teve como participantes da pesquisa foram 12 puérperas internadas em um maternidade pública de referência da cidade de Teresina-PI. Utilizou-se a entrevista como técnica de produção de dados, por meio de um formulário para obtenção de informações sociodemográficas, culturais e gineco-obstétricas e da pergunta norteadora "Fale-me a respeito de sua vida que tenha relação com o usos de plantas medicinais na gravidez, parto e puerpéio". Os resultados compreenderam a caracterização das participantes e as narrativas de vida das mulheres sobre as formas de uso das plantas medicinais e fitoterápicos no período gravídico-puerperal, emergindo assim quatro categorias temáticas: uso das plantas medicinais e fitoterápicos no período gravídico-puerperal, indicação empírica sobre a utilização de plantas medicinais/fitoterápicos; emoções e sentimentos de mulheres a cerca do uso de plantas medicinais no período gravídico-puerperal; plantas medicinais usadas como meio abortivo por mulheres. A principal forma de uso de plantas medicinais relatada por meio de "chá", utilizando para os mais diversos fins (calmante, indutor da contração uterina, analgésico, anti-inflamatório, profilático contra infecções, ansiolítico, depurativo sanguíneo, abortivo). As indicações empíricas, realizados por familiares, principalmente mães e avós, foram predominantes neste estudo. Os sentimentos de confiança e medo na utilização das plantas medicinais foram os mais relatados, assim como o arrependimento na realização da interrupção da gravidez, por meio do uso de plantas medicinais. Esse estudo possibilita a caracterização do panorama das participantes em relação à forma de como as plantas medicinais foram e são utilizadas no período gravídico-puerperal. Característica que auxilia a fomentar o planejamento de ações que devem ser elaboradas para definir melhor critério e a melhor forma de uso das plantas medicinais na gravidez, uma vez que esta ação possui benefícios e malefícios, e ficou caracterizado que nem todas as mulheres possuem o conhecimento necessário para identificar a melhor forma de utilizar plantas medicinais na gestação.