O estudo objetivou avaliar a qualidade de vida de pacientes com feridas crônicas. Estudo observacional, analítico, transversal abrangeu todos os pacientes com feridas crônicas atendidos na rede municipal de saúde de Teresina e a amostra constou de 102 pacientes avaliados em domicílio e 74 no ambulatório. As características socioeconômicas, clínicas e das feridas dos pacientes em domicilio foram: 51% do sexo masculino, 50% com 60 anos ou mais, 62,7% com companheiro, 93,1% não moravam sozinhos, 54,9% com ensino fundamental, 76,5%
aposentados, 82,3% com renda individual e 62,8% familiar de 1 a 2 salários mínimos, 57,8% com doenças crônicas não transmissíveis, 56,9% em uso de medicações para trata-las, 60,8% deambulavam sem auxílio, 96% realizavam curativos diários, 66,7% apresentavam ferida única, 51% com tempo acima de 12 meses, 31,4% com úlcera vasculogênica, 98% das feridas localizadas nos membros inferiores, 70,6% com feridas de até 25 cm2, 62,8% com tecido de granulação, 86,2% com profundidade na epiderme ou derme, 51% com exsudato escasso, 28,4% com aspecto purulento ou seropurulento e 20,6% com odor, 41,2% referiam dor intensa e 47% faziam uso de produtos epitelizantes. No ambulatório prevaleceram: 52,7% pacientes do sexo masculino, 41,9% com idade entre 41 a 59 anos, situação conjugal equivalente (50%) para pacientes com companheiro ou não, 82,4% não moravam sozinhos, 51,4% com ensino fundamental, 43,2% aposentados, 71,6% com renda individual e 70,3% renda familiar entre 1 a 2 salários mínimos, 64,9% com doenças crônicas não transmissíveis, 55,4% em uso de medicações paraL trata-las, 47,3% deambulavam sem auxílio, 67,6% realizavam troca de curativos 1 a 2 vezes na semana, 83,8% apresentavam ferida única, 45,9% com duração de até 6 meses, 35,1% com úlcera vasculogênica, 87,8% localizadas em membros inferiores, 47,3% com tamanho de até 25 cm2, 74,3% com tecido de granulação, 70,3% com profundidade em epiderme ou derme, 54,1% com exsudato moderado, 51,3% com aspecto seroso e 9,5% com odor, 31,1% com dor moderada e 28,4% utilizavam produtos epitelizantes. Segundo o índice de Katz, 82,5% dos pacientes em domicilio e 93,1% no ambulatório eram independentes. A QV avaliada pelo CWIS teve o domínio bem-estar com menor média de 43,9 ± 13,8 em domicilio e 33,2 ±17,2 no ambulatório. No FLQA-Wk o domínio mais afetado foi vida diária com média 3,8 ± 0,9 em domicílio e tratamento com 3,0 ± 0,8 em ambulatório.