Introdução: A inserção da enfermagem obstétrica diretamente na cena do processo do parto e nascimento tem um importante engajamento para a realização de uma assistência à saúde materna e neonatal eficaz. Para que seja possível realizar intervenções em todo processo de atenção obstétrica, é necessário conhecer como esta é e por quem é realizada. Esta reavaliação dos cuidados em obstetrícia e dos seus respectivos serviços é de extrema importância para o progresso na redução das taxas de mortalidade materna e infantil. Objetivo: Analisar a força de trabalho em Enfermagem Obstétrica nos serviços de saúde materna e neonatal em uma capital do nordeste brasileiro em relação à sua disponibilidade, acessibilidade, aceitabilidade e qualidade. Método: estudo descritivo, com corte transversal. Foi desenvolvido no período de junho a agosto de 2020 em maternidades, instituições de formação de enfermeiros obstetras e em entidades profissionais da enfermagem obstétrica em uma capital do nordeste brasileiro. Utilizou-se o questionário SoWMY no formato Google docs para a realização do estudo, em que os atores selecionados para preenchimento do instrumento foram cinco enfermeiros responsáveis técnicos, três coordenadores do curso de especialização em enfermagem obstétrica e dois presidentes das entidades profissionais da enfermagem obstétrica no município em estudo. Realizado análise descritiva dos dados. Submetido ao CEP/UFPI com o parecer: 4.249.478. Resultados: Profissionais da enfermagem obstétrica ainda estão em um quantitativo inferior quando comparados aos profissionais da enfermagem generalista nas maternidades em estudo. Os Enfermeiros obstetras atuam realizando cuidados com parturientes no trabalho de parto, assistem o parto normal de gestante de baixo risco, gerem urgências obstétricas até a chegada do médico obstetra e relizam cuidados iniciais com recém nascidos. A formação desses profissionais se da por meio de cursos de especializações e pela residência em enfermagem obstétrica na qual ambas possuem suas especificidades de carga horária prática, e número mínimo de partos.. Os orgãos regulamentadores nessa capital, tanto uma associação, quanto o conselho regional são responsável por zelar pela qualidade dos serviços da Enfermagem, pelo respeito ao Código de Ética e cumprimento da Lei do Exercício Profissional. Conclusão: A força de trabalho da enfermagem obstétrica em uma capital do nordeste brasileiro encontra-se em crescimento, mostrando assim, resultados crescentes em relação a uma assistência menos intervencionista, mais humanizada e respaldada em evidências científicas.