Introdução: Este estudo teve como objetivo geral analisar os indicadores de saúde e a qualidade de vida dos servidores de uma Instituição de Ensino Superior. Método: É uma pesquisa descritiva-analítica, com abordagem quantitativa que utilizou a Teoria da Promoção da Saúde de Nola Pender como Referencial Teórico. Foi realizada com servidores públicos de instituição de ensino superior da região Nordeste do Brasil. Foram avaliadas variáveis socioeconômicas, estilo de vida, laborais e de qualidade de vida. A coleta dos dados inicial foi realizada a partir da compreensão sobre o levantamento do perfil dos afastamentos para tratamento de saúde por meio do sistema específico para tal registro. A coleta de dados posteriori foi realizada por meio de dois questionários: um para identificar e avaliar os indicadores de saúde, como a realização de atividades físicas, a alimentação e o tabagismo; e um para avaliar a qualidade de vida. Foram calculadas estatísticas descritivas. Na análise inferencial, foram adotadas como variáveis dependentes as duas medidas sumárias, conforme orientações dos desenvolvedores do instrumento. As variáveis independentes quantitativas foram categorizadas, utilizando-se a mediana como referência para o ponto de corte. Foram utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov, e t de Student; e foi realizado o teste ANOVA. Foram consideradas significativas as diferenças com p<0,05. Por se tratar de um subprojeto, o estudo foi previamente apreciado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Em relação aos afastamentos, os transtornos mentais e comportamentais foram responsáveis por maior duração do tempo médio dos afastamentos, sendo os homens os que apresentaram afastamentos mais duradouros quando comparados às mulheres. Em relação às atividades físicas, os servidores praticavam atividade física regular nos últimos dois anos, com duração de pelo menos 120 horas semanais, com orientações de médicos externos à instituição, e com iniciativa própria para práticas de atividade física regular. Sobre a alimentação, os servidores apresentaram aumento de peso nos últimos dois anos, embora se alimentaram de forma mais saudável, e foram acompanhados por profissionais de saúde não médico para a melhora da alimentação e controle do peso. Para qualidade de vida obteve-se escore global entre 25,8 e 84,7 pontos, com média (±desvio padrão) de 62,0 (±15,2) pontos. O componente com menor valor médio foi o mental, sendo observados menores valores em vitalidade e saúde mental. O componente físico apresentou menores escores médios de qualidade de vida em dor e estado geral da saúde. No componente mental foram verificadas diferenças estatisticamente significativas no sexo e idade, sendo o sexo feminino e idade inferior a 40 anos apresentando menores valores médios de qualidade de vida. Não foram encontrados resultados importantes para análise do tabagismo, 10 visto a pesquisa ter uma amostra mínima de fumantes. Conclusão: O estudo apontou que a enfermagem dispõe de um diagrama próprio, que provou ser objetivo, de entendimento clado, prático e abrangente. O Modelo de Promoção da Saúde de Nola Pender se configura como uma possibilidade de reorientação das estratégias voltadas para a saúde ocupacional. É imprescindível que a instituição estudada implemente atividades de promoção à saúde, voltadas à prática regular de exercícios físicos, melhora da alimentação, controle do peso e tabagismo.