Introdução: a relação de interesse do ser humano com o meio ambiente, especialmente com as plantas, remonta à antiguidade, inclusive com seu uso terapêutico. E o uso de plantas medicinais também é característico em grupos específicos, como as mulheres no período gravídico-puerperal. E esse período é marcado pela vontade da mulher em utilizar qualquer método para assegurar uma boa gravidez e um bom parto e pós-parto, fazendo uso, inclusive, de plantas medicinais, mesmo que, por vezes, de forma indiscriminada. Objetivos: descrever o conhecimento que as mulheres detêm acerca da promoção da saúde com o uso de plantas medicinais; analisar a forma de uso de plantas medicinais por mulheres e suas implicações para os cuidados básicos de saúde; e, realizar a identificação botânica e indicação das espécies de plantas medicinais catalogadas no desenvolver desta pesquisa. Metodologia: estudo descritivo de natureza qualitativa, por meio do método “Narrativas de vida”, que prioriza os aspectos e vivências anteriores do entrevistado, sem a interferência do pesquisador. Resultados: Foram entrevistadas 12 mulheres que fizeram uso no período gravídico-puerperal de plantas medicinais, identificando a decocção de partes das plantas como principal forma de uso, as prescrições leigas por partes de familiares e o uso de espécies sabidamente medicinais, principalmente para a terapêutica de alterações fisiológicas (alteração pressão arterial, dos níveis de células sanguíneas, cefaleias) e psicoemocionais (como ansiedade e angústia).