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Banca de DEFESA: LUIS EDUARDO SOARES DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUIS EDUARDO SOARES DOS SANTOS
DATA: 20/01/2020
HORA: 15:00
LOCAL: Sala de Reuniões - UFPI/CSHNB
TÍTULO: RELAÇÃO ENTRE MATURAÇÃO SEXUAL E FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM ADOLESCENTES
PALAVRAS-CHAVES: Adolescente. Maturidade Sexual. Indicadores Antropométricos. Fatores de Risco.
PÁGINAS: 123
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
SUBÁREA: Saúde da Criança e do Adolescente
RESUMO:

A adolescência é considerada uma fase de diversas mudanças físicas e psicossociais. Com isso, estudos têm apontado uma ligação considerável entre a maturação sexual e o aumento da massa e da adiposidade corporal em adolescentes podendo levar ao aumento de riscos cardiovasculares. Assim, objetivou-se investigar a relação entre maturação sexual e os riscos cardiovasculares em adolescentes. Trata-se de uma pesquisa de cunho transversal e quantitativo, realizada em domicílios na cidade de Picos definidos por meio de cálculo amostral por conglomerados, com período de coleta entre agosto de 2018 e outubro de 2019. Os sujeitos incluídos na pesquisa foram 345 adolescentes com idade de 10 a 19 anos de ambos os sexos, tendo como critérios de elegibilidade ser residente permanente do domicílio, pertencer à faixa etária proposta para o estudo, bem como disponibilidade e anuência para participar da pesquisa. Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos e antropométricos, que foram registrados e armazenados no software Epicollect. As variáveis clínicas analisadas foram pressão arterial e acantose nigricans, e as antropométricas foram o índice de massa corporal, circunferência do pescoço, prega cutânea tricipital, prega cutânea subescapular, circunferência da cintura e índice de conicidade. Os dados foram avaliados por meio de análise descritiva, inferencial (associação e correlação) e fatorial (análise de componentes principais), considerando a variável com associação quando p<0,05 e intervalo de confiança de 95%. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí/UFPI em 20 de março de 2018, com o número de parecer 2.552.426. A prevalência foi do sexo feminino (53%), média de idade de 14,58 anos, a maioria se autodeclaram pardos (57,9%), solteiros (99,4%), 17,9% estão na 3a série do ensino médio e 93,5% informaram não possuir nenhum tipo de vínculo empregatício. A maioria dos adolescentes foram classificados como normotensos (66,1%) e 86,7% não apresentaram de acantose nigricans, apesar disso 33,9% apresentaram pressão arterial alterada e 13,3% apresentaram acantose leve e moderada. A média de altura foi de 1,61 metros e a média de peso foi de 54,69kg. Quanto ao IMC a prevalência foi o peso normal (73%), contudo, 22,6% apresentaram o peso elevado. A média da circunferência do pescoço foi de 30,11 cm, a prega cutânea tricipital foi de 16,22 cm, a prega cutânea subescapular foi de 13,73 cm, a circunferência da cintura foi 76,46 cm e o índice de conicidade foi de 1,12. A maioria dos adolescentes encontravam-se no estágio 4 de maturação sexual, em ambos os sexos. Não houve associação significativa entre os estágios de maturação sexual e acantose nigricans. A Análise de Componentes Principais gerou 3 componentes de risco cardiovascular (Componente de Risco Cardiovascular 1, Componente de Risco Cardiovascular 2, Componente de Risco Cardiovascular 3) advindos do agrupamento das variáveis clínicas e antropométricas. Desta forma, os 3 componentes explicaram 69,37% da variância dos dados. Em seguida, foi realizado um teste de correlação entre os componentes e os estágios de maturação sexual. Tal análise mostrou que houve correlação positiva entre o desenvolvimento das mamas com o Componente de Risco Cardiovascular 1 e o Componente de Risco Cardiovascular 2, e correlação negativa entre mamas e o Componente de Risco Cardiovascular 3. Entre os meninos, observou-se que o desenvolvimento dos testículos e pelos pubianos estiveram positivamente correlacionados com o Componente de Risco Cardiovascular 2 e inversamente correlacionados com o Componente de Risco Cardiovascular 3. Conclui-se que houve relação entre o processo de maturação sexual e as variáveis representativas dos riscos cardiovasculares em adolescentes, mesmo que não em sua totalidade. Portanto, é de suma importância considerar, dentro da avaliação das medidas corporais e pressóricas, o estadiamento puberal desses sujeitos, visto que foi evidenciada a real influência de uma medida sobre a outra.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1735254 - ANA LARISSA GOMES MACHADO
Interno - 1552848 - ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
Presidente - 2730060 - LUISA HELENA DE OLIVEIRA LIMA
Externo à Instituição - WOLNEY LISBOA CONDE - USP
Notícia cadastrada em: 10/01/2020 11:19
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