A fadiga pode ser definida como a sensação de cansaço generalizado ou falta de energia que não está relacionada exclusivamente à exaustão, podendo se apresentar como fadiga crônica ou síndrome da fadiga crônica. Trata-se de uma doença que afeta o sistema nervoso humano e pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais comum nos adultos. Esta pesquisa objetivou avaliar a relação entre fadiga crônica e as atividades da vida diária em adultos diagnosticados com de fadiga crônica que residem em área coberta pela Estratégia Saúde da Família em Teresina-Piauí. Trata-se de uma pesquisa transversal que foi realizada entre 2015 e 2016, tendo como amostra 6.595 sujeitos adultos, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 65 anos, residentes em áreas com cobertura da Estratégia Saúde da Família no município de Teresina. O diagnóstico da fadiga crônica foi efetuado por meio de um instrumento validado. As atividades da vida diária foram avaliadas por meio de um questionário validado em outro estudo e adaptado. Os resultados demonstraram prevalência de fadiga crônica de 1,5%. Maior prevalência foi observada no sexo feminino 69,3% em comparação com o sexo masculino 32,7% havendo diferença significativa (p=0,001) entre as proporções. Dentre a população diagnosticada com fadiga crônica, 95,2% apresentam déficit na realização de atividades da vida diária. O teste do qui-quadrado mostrou diferença significativa entre as porcentagens (p = < 0,001). Concluiu-se que a prevalência de fadiga crônica na população coberta pela ESF na cidade de Teresina foi de 1,5% com predominância nas mulheres. Quanto ao declínio das atividades da vida diárias relacionadas ao sexo, 92,8% das mulheres e 100% dos homens pesquisados, declararam redução nas atividades cotidianas.