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Banca de QUALIFICAÇÃO: NIDIANY DA SILVA MEDEIROS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NIDIANY DA SILVA MEDEIROS
DATA: 19/08/2016
HORA: 15:00
LOCAL: Sala do Conselho Departamental, no Centro de Ciências da Saúde, situado na Avenida Frei Serafim,
TÍTULO:

Fatores preditores à prematuridade na região Nordeste do Brasil

 


PALAVRAS-CHAVES:

Prematuridade. Parto pré-termo. Prematuro.


PÁGINAS: 98
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

INTRODUÇÃO: A prematuridade é a segunda causa de morte em crianças menores de

cinco anos e a maior causa mundial de mortes neonatais. A investigação da incidência e

de fatores preditores à prematuridade no Nordeste do Brasil é pertinente e oportuna,

uma vez que essa região apresenta fatores de risco de natureza demográfica.

OBJETIVO: Analisar os fatores preditores à ocorrência de prematuridade em nascidos

vivos na Região Nordeste do Brasil. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:

Trata-se de recorte de estudo, com abrangência nacional, intitulado “Nascer no Brasil:

inquérito nacional sobre parto e nascimento”. A amostra do estudo original foi

probabilística, realizada em duas etapas, referente aos estabelecimentos de saúde e às

puérperas e seus conceptos. No presente estudo, foram selecionadas 6.096 puérperas do

Nordeste do Brasil, que realizaram o parto nas maternidades selecionadas. A

prematuridade foi categorizada de acordo com o preconizado pela OMS. A coleta de

dados ocorreu por meio de entrevista e consulta ao prontuário hospitalar, a partir de

formulário eletrônico pré-testado. Foram realizadas análises: univariada, por meio de

estatística descritiva; bivariada, com o teste de qui-quadrado de Pearson e seu efeito

medido por Odds Rattio (OR) não ajustado; e multivariada, adotando-se o Modelo de

Regressão Logística Multivariada Hierárquica, ajustada pelo Método Enter, cuja

eficiência foi verificada pelos testes de multicolinearidade de Hosmer e Lemeshow.

RESULTADOS: A incidência de prematuridade foi de 11,5% dos nascidos vivos,

sendo que, 84,6% eram prematuros de moderado a tardio. A prematuridade na gestação

anterior aumentou 3,3 vezes as chances do parto atual ser prematuro (p<0,001); dois ou

mais partos cesáreos aumentaram a chance em 80,0% (p = 0,011) e o aborto anterior em

37,0% mais chances (p= 0,002). Participantes com intercorrências clínicas ou

obstétricas tiveram 3,9 vezes mais chances de prematuridade (p<0,001) e aquelas com

gestação gemelar aumentaram 7,3 vezes as chances (p<0,001). O pré-natal diminuiu as

chances de prematuridade em 49,0% (p=0,032) e 81,0% das puérperas que fizeram

menos de seis consultas de pré-natal, estiveram mais propensas à prematuridade

(p=0,021). Puérperas que foram gestantes de risco, tiveram 2,8 vezes mais propensão à

prematuridade (p=0,002). Além disso, as crianças com muito baixo peso tiveram,

aproximadamente, 19 vezes mais chances de serem prematuras (p<0,001). O histórico

anterior de parto prematuro aumentou quase 4,0 vezes mais chances de prematuridade

extrema a muito pré-termo e 2,4 vezes mais chances de ter prematuro extremo a muito

pré-termo com o peso menor que 1.500g. CONCLUSÃO: Como fatores preditores de

prematuridade destacaram-se o histórico de parto prematuro e o muito baixo peso ao

nascer, por levarem a maiores chances de prematuridade extrema a muito pré-termo, e o

acompanhamento pré-natal, como fator de proteção, por reduzir a prematuridade. É

necessário melhorar a adequação e qualidade dos serviços de assistência no período

gestacional, por meio da identificação dos grupos de riscos de prematuros, bem como,

medidas preventivas, tais como informações sobre o risco de parto pré-termo,

monitoramento do desenvolvimento fetal e redução significativa do número de cesáreas

desnecessárias.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 423111 - ANTONIO DA SILVA MACEDO
Presidente - 1167593 - KEILA REJANE OLIVEIRA GOMES
Notícia cadastrada em: 29/07/2016 14:13
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