INTRODUÇÃO: A cirurgia cardiovascular traz uma série de repercussões ao sistema respiratório e a imobilidade prolongada do pós-operatório pode gerar descondicionamento físico, perda de massa muscular e perdas funcionais que interferem nas atividades de vida diárias. A fisioterapia visa estimular o retorno mais breve às atividades físicas cotidianas, manter a capacidade funcional, desenvolver a confiança do paciente e minimizar complicações pulmonares. OBJETIVO: Verificar as repercussões cardiorrespiratórias da sedestação precoce, fora do leito, em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca eletiva. MÉTODOS: Trata-se de um estudo clínico, intervencionista e de caráter quantitativo, realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva Cardíaca de um hospital privado referência em cardiologia de Teresina Piauí, no período de setembro a dezembro de 2019. Foram incluídos os pacientes que foram admitidos na UTI no pós- operatório de cirurgia cardíaca e que estavam hemodinamicamente estáveis. A priori foram registrados dados do prontuário e, nas primeiras 24- 48 horas, os pacientes realizaram a sedestação precoce, fora do leito, sendo monitorizados durante as duas horas realizadas durante o procedimento. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa e para análise estatística utilizou-se o Programa Stata/SE 16. RESULTADOS: Dos 20 pacientes, a maioria eram homens (75%), com média de idade 67,76±9,61e 75% realizou revascularização do miocárdio. Não foram observados efeitos adversos significativos durante a sedestação. Após a realização do teste T de student, mas houve aumento da frequência cardíaca (p=0,0099), respiratória (<0,0001), PaO2 (p=0,0007) e da quantidade de liquido drenado (p=0,0066) CONCLUSÃO: A retirada precoce não gerou instabilidade hemodinâmica tampouco respiratória, mostrando ser uma estratégia de reabilitação funcional segura e viável ao paciente pós-cirúrgico.