No estudo de 209 artigos pesquisados sobre a “Extração de pectina via Metodologia de Superfície de Resposta (RSM)”, coletados da Web of Science© e Scopus© e analisados usando o Bibliometrix, um pacote do RStudio, apontou tendências nos métodos de otimização e extração de pectina via RSM. Os resultados mostraram que as publicações sobre “Extração de pectina via RSM” começaram há mais de 20 anos, com uma tendência crescente, mais do que triplicando nos últimos 10 anos. Com base nesse conjunto de artigos, a China tem sido o país mais ativo nas produções locais, enquanto o Irã, o Brasil, a Índia e o Reino Unido contribuíram com publicações colaborativas de âmbito internacional na otimização da extração de pectina através do RSM. Os resultados se direcionaram na busca por outros gêneros de vegetais e frutos, como Spondias, para extração de pectina e estudos tem investigado a bioatividade e o rendimento, bem como as propriedades físico-químicas para viabilidade funcional e econômica. Pectina das cascas de Spondias purpurea L. foram extraídas por ultrassom (EAU) e a otimização realizada por um delineamento Box-Behnken (BBD), que resultou em rendimento máximo de 24,2% em condições ideais de temperatura a 70°C, potência no nível 4 e pH 1,9, após 35 minutos de sonicação, conforme validado pelos resultados experimentais (25,09 ± 0,12%). Tanto a pectina comercial (PC) quanto a pectina dos Emirados Árabes Unidos exibiram alta esterificação, com grau de esterificação de 51,10 ± 0,24% e 53,19 ± 0,71% (p = 0,072), respectivamente. Além disso, a pectina EAU demonstrou alta capacidade antioxidante (p = 0,059), bem como capacidade de retenção de água/óleo (p = 0,058; p = 0,051) e propriedades de emulsificação semelhantes às da PC. Os padrões de difração de raios X (DRX) indicaram maior cristalinidade na pectina obtida por ultrassom em comparação à pectina comercial. A microscopia eletrônica de varredura (MEV) revelou uma superfície mais lisa na pectina obtida por ultrassom do que na pectina comercial. A espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier (FT-IR) confirmou a presença de unidades de ácido galacturônico em ambas as amostras. A análise térmica por calorimetria exploratória diferencial (DSC) e análise termogravimétrica (TGA) revelou maior estabilidade térmica na pectina obtida por ultrassom em comparação à pectina comercial. Um estudo comparativo detalhado das propriedades da pectina extraída por ultrassom das cascas de Spondias purpurea L. e da pectina comercial confirmou a qualidade da pectina extraída, indicando seu potencial uso como ingrediente alimentício na indústria alimentícia.