DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE MÉTODO PARA DETERMINAÇÃO DE ÁCIDO FÓLICO EM FORMULAÇÕES FARMACÊUTICAS POR ESPECTROFOTOMETRIA DERIVATIVA
Ácido fólico, validação, espectrofotometria derivativa
O ácido fólico é uma vitamina hidrossolúvel muito importante nas fases de crescimento e desenvolvimento do corpo humano, já que sua deficiência possa acarretar até malformações congênitas. O método descrito na Farmacopeia Brasileira para a determinação e quantificação de ácido fólico emprega a cromatografia liquida de alta eficiência. Neste trabalho, foram desenvolvidos métodos analíticos utilizando a espectrofotometria de ordem zero e derivativa, os quais foram validados segundo o guia da ANVISA (RE nº 899, 29/05/2003) e comparados com métodos citados na literatura. Foram testados alguns solventes e os resultados mostram que o hidróxido sódio foi o mais adequado. A robustez do método foi avaliada quanto à estabilidade, variação da marca e concentração do solvente. Em solução de NaOH, o ácido fólico é estável à temperatura ambiente (27,0±4,0ºC) e sob refrigeração.(3,0±2,0ºC). O espectro de ácido fólico se mostrou sensível frente à mudança da marca do reagente, devido à diferença de pureza dos mesmos. Optou-se por utilizar o hidróxido de sódio a 0,1 mol L-1, pois nessa concentração a solução de ácido fólico se mostrou estável e houve menor consumo de reagente. O estudo da seletividade mostrou que a maior parte dos excipientes utilizados no preparo de cápsulas e comprimidos de ácido fólico não interferiram nas análises, e processos com a centrifugação e filtração retiraram materiais que ficavam em suspensão. A técnica derivativa zero crossing em 1D (393,0 nm) foi utiliza para a retirada das interferências causadas pelos excipientes utilizados no preparo de medicamento tipo solução de ácido fólico. A linearidade dos métodos foi observada até 50 mg L-1 e com coeficientes de correção linear maiores que 0,9988. Os limites de detecção e quantificação variaram entre 0,64 - 0,85 e 1,89 - 2,85 mg L-1, respectivamente. Os ensaios de exatidão mostraram que os métodos apresentaram boas recuperações, variando entre 98 a 105%. A precisão foi avaliada em termos de repetibilidade e precisão intermediária, sendo que os valores de DPR variaram entre 0,2 a 4,8%. Não foi possível fazer a determinação de ácido fólico na presença de ferro quelato glicinato.