NANOPARTÍCULAS DE ÓXIDO DE MAGNÉSIO MODIFICADAS COM ÁCIDO
ELÁGICO: SÍNTESE, CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE
CITOTÓXICA
óxido de magnésio; ácido elágico; Leishmaniose
As nanopartículas de óxido de magnésio (MgO NPs) foram estudadas por serem
biocompatíveis e estáveis sob condições adversas. Neste trabalho, MgO NPs foram
obtidas pela modificação com ácido elágico (AE), um composto orgânico polifenólico.
A síntese do nanomaterial foi realizada em diferentes proporções, todas sendo
devidamente identificadas (MgO-AE 1:2, MgO-AE 2:1, MgO-AE 4:1 e MgO-AE 8:1) e
caracterizadas pelas técnicas de difração de raios X (DRX) e espectroscopias eletrônica
e vibracional nas regiões do UV-Vis e Infravermelho com transformada de Fourier
(FTIR), respectivamente. Posteriormente, avaliou-se a atividade citotóxica dos
nanomateriais em questão sobre células de mamíferos Os gráficos de DRX permitiram
observar que a presença de MgO NPs alterou a cristalinidade do AE no nanomaterial e
que o aumento da proporção de MgO NPs provocou a precipitação de Mg(OH)2, devido
ao incremento na concentração de Mg2+. O espectro de UV-Vis exibiu o surgimento de
uma banda em 444 nm, proveniente da interação entre os dois materiais. O FTIR exibiu
os espectros vibracionais com mudanças significativas nos principais picos C=O, C-O e
O-H, dando indício de interação entre os dois materiais. Os valores de CC50 obtidos pelo
ensaio de citotoxicidade dos nanomateriais mostraram uma diminuição do efeito
citotóxico proporcional ao incremento na concentração de MgO NPs (425,85 μg.mL-1
para MgO NPs, 23,81 μg.mL-1 para o AE, 20,73 μg.mL-1 para MgO-AE 1:2, 38,15
μg.mL-1 para o MgO-AE 2:1, 47,66 μg.mL-1 para o MgO-AE 4:1 e 51, 67 μg.mL-1 para
MgO-AE 8:1). Tais resultados propiciam a avaliação da atividade dos referidos
nanomateriais frente a protozoários parasitos do gênero Leishmania, visando um
tratamento mais eficaz para a leishmaniose.