Pacientes com doença de Alzheimer possuem vários fatores de risco, dentre eles a alteração da memória, da funcionalidade, dentre outros, que influenciam e compremetem, consequentemente, a adesão medicamentosa. O perfil farmacológico do tratamento das síndromes demenciais é responsável pela maior susceptibilidade às interações medicamentosas, uma vez que esse pode afetar sensivelmente tanto a farmacocinética como a farmacodinâmica da maioria dos fármacos. Objetivo: Avaliar a adesão e as interações medicamentosas com a terapia de pacientes com doença de Alzheimer. Metodologia: lPacientes portadores da doença de Alzheimer possuem vários fatores de risco, dentre eles a alteraçao da memória, da funcionalidade, dentre outros, que influenciam Deliineamento transversal analítico, desenvolvido na Farmácia de Medicamentos Excepcionais localizada na cidade de Teresina, no período de maio a agosto de 2017. A amostragem foi não probabilística, do tipo por conveniência e incluiu 305 representantes ou cuidadores dos pacientes que compareceram ao serviço da farmácia para recebimento de medicamentos e que tinham conhecimento sobre a rotina do paciente com doença de Alzheimer. Os dados foram analisados pelo IBM® SPSS® e foram calculadas estatísticas uni e bivariadas. Resultados: Os pacientes com doença de Alzheimer apresentaram média de idade de 80,7 anos. O tempo médio de diagnóstico de Alzheimer dos pacientes foi de 5,3 anos. O principal medicamento prescrito foi a Donepezila e problemas de saúde foram apresentados por 74,4% dos pacientes. A maioria dos pacientes apresentou capacidade menos funcional (38,4%) para as atividades básicas e era dependente total (32,5%) para as atividades instrumentais. A presença de sintomas depressivos foi verificada em 37,4% dos pacientes. A baixa adesão medicamentosa foi de 13,1% conforme Teste de Morisky-Green e foi de 92,5% na avaliação do Brief Medication Questionnaire, para a qual foram identificadas barreiras de crenças (93,1%), de recordação (90,8%) e de regime (57,4%). A prevalência global de interações medicamentosas foi alta (51,1%), sendo identificadas principalmente em pacientes com Alzheimer em uso de rivastigmina (58,6%), seguido da galantamina (50,9%) e donepezila (49,0%). Interações com a terapia utilizada para o Alzheimer foram verificadas, principalmente, com medicamentos que atuam no sistema nervoso (43,9%). No que se refere à adesão medicamentosa, houve associações com escolaridade, capacidade funcional para atividades instrumentais da vida diária e nível de demência (p<0,05). No que concerne às interações medicamentosas, foram identificadas associações com o tipo de atendimento à saúde e presença de outros problemas de saúde (p<0,05). Conclusões: A avaliação da adesão e das interações medicamentosas com a terapia de pacientes com doença de Alzheimer permitiu melhor compreensão sobre o problema, uma vez que o desenho do estudo propiciou medidas válidas de avaliação e verificação de associações entre essas variáveis e outras pertinentes ao estudo. Os dados obtidos nesta pesquisa servirão de base para reforçar a necessidade de acompanhamento farmacêutico e de outros profissionais da saúde aos pacientes ambulatoriais com doença de Alzheimer, para fornecer orientações específicas sobre o tratamento medicamentoso, dentre outras e consequentemente melhorar a qualidade de vida desse público-alvo.