Investigamos os efeitos do manejo intensivo agrícola em comunidades arbóreas e arbustivas em regeneração e área sem manejo e, avaliamos as mudanças na estrutura (composição, riqueza, área basal e diversidade), bem como, os efeitos de interações ecológicas (intraespecíficas e interespecíficas) que atuam na montagem destas comunidades, por meio das análises dos padrões espaciais. Utilizamos dados da identidade das espécies, perímetro à altura do solo (PAS) ≥10 cm e altura, e posição geográfica dos indivíduos de seis comunidades arbóreo-arbustivas (parcelas de 2.500 m²). Estas parcelas foram igualmente distribuídas em áreas em regeneração há 10 e 25 anos e sem manejo. O manejo ocasiona o aumento do adensamento e rebrote e, diminuição da área basal, riqueza e mudança na composição de espécies. Encontramos um padrão aleatório consistente dos indivíduos em todas as comunidades e, que os padrões espaciais e coocorrência das espécies não diferem entre as comunidades. Descobrimos que o mecanismo de competição intraespecífico conduziu a formação do padrão aleatório nessas comunidades. Atribuímos a ausência de correlação do tamanho (diâmetro e altura) dos indivíduos ao desenvolvimento das classes de tamanho durante a regeneração. A diversidade pode ser explicada pela redução da agregação de espécies devido ao aumento da mortalidade de indivíduos coespecíficos.