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Banca de DEFESA: RENATO OLIVEIRA DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RENATO OLIVEIRA DE SOUSA
DATA: 29/02/2024
HORA: 08:30
LOCAL: Auditório 1 e Sala remota: meet.google.com/gix-unfa-hvw
TÍTULO: RASTREAMENTO DE INDUTORES DE TOLERÂNCIA EM CULTIVARES DE ALGODÃO (Gossypium hirsitum L) SOB DÉFICIT HÍDRICO
PALAVRAS-CHAVES: Algodoeiro, desempenho fotossintético, restrição hídrica, semiárido, status hídrico, tolerância.
PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
SUBÁREA: Fitotecnia
ESPECIALIDADE: Fisiologia de Plantas Cultivadas
RESUMO:

A escassez de água representa um desafio alarmante para a agricultura, especialmente em regiões áridas e semiáridas. Portanto, o desenvolvimento de técnicas de manejo que fortaleçam os mecanismos de defesa contra o déficit hídrico é crucial para maximizar o potencial produtivo das culturas. O presente estudo foi desenvolvido para testar a hipótese de que a aplicação de compostos sinalizadores ativa respostas de defesa para melhor desempenho de cultivares contrastantes de Gossypium hirsutum L. sob déficit hídrico. A hipótese foi testada a partir do desenvolvimento de duas etapas experimentais em casa de vegetação. O primeiro experimento foi conduzido com seis cultivares de algodão herbáceo (FM 911 GLTP, FM 912 GLTP RM, FM 970 GLTP RM, FM 974 GL, FM 978 GLTP RM e FM 985 GLTP) expostas a quatro regimes hídricos (100, 80, 60 and 40% da capacidade de retenção de água no solo - CC). Essa etapa teve o objetivo de identificar três cultivares contrastantes ao déficit hídrico, bem como dois regimes hídricos caracterizados como controle e estresse. No segundo experimento, os ensaios foram instalados com as cultivares FM 911, FM 970 e FM 974, selecionadas na etapa 1, as quais foram pulverizadas com ácido salicílico (AS), melatonina (MT), peróxido de hidrogênio (PH) e água como controle negativo (CN), e expostas aos tratamentos hídricos controle e estresse. Em ambos os experimentos, parâmetros biométricos, fisiológicos, bioquímicos e de crescimento foram empregados como indicadores de resposta ao estresse. O capítulo 1 apresenta o estado da arte e abrange os principais temas discutidos ao longo da pesquisa. O capítulo 2, na forma de artigo, apresenta os resultados obtidos na etapa 1. Os dados revelaram que as cultivares de algodão apresentam respostas distintas diante da restrição hídrica, sendo altamente sensíveis a disponibilidade de água a 40% CC, que foi caracterizada como condição de estresse severo. A aplicação de uma lâmina de água equivalente a 80% CC mostrou-se uma estratégia viável para o cultivo das cultivares FM 970, FM 974 e FM 985, que mostraram desempenho similar ou superior às plantas cultivadas com 100% CC. Esses resultados sugerem estratégias para economia de água, alinhando-se aos objetivos do desenvolvimento sustentável. Já a lâmina de água correspondente a 60% CC foi considerada como estresse hídrico moderado, e as cultivares FM 970, FM 978 e FM 985 demonstraram maior tolerância a esse nível de estresse. O desempenho superior das cultivares FM 970, FM 978 e FM 985 sob restrição hídrica foi associada ao acúmulo de pigmentos e à eficiência fotossintética, resultado de menores danos oxidativos aos tecidos aéreos. Em contraste, a maior sensibilidade das cultivares FM 911 e FM 912 foi associada com a maior peroxidação lipídica e baixa eficiência da maquinaria fotossintética. O capítulo 3 contempla os achados dos estudos com os compostos sinalizadores para mitigação dos danos do estresse em plantas de algodão. Os dados corroboraram os resultados do capítulo 2, demonstrando que o déficit hídrico impõe restrições severas na fisiologia, bioquímica e crescimento do algodoeiro. As plantas apresentaram respostas distintas aos tratamentos com sinalizadores, a depender da interação entre o tipo de sinalizador e a cultivar estudada. O ácido salicílico exógeno se mostrou efetivo para minimizar os danos do estresse sobre o crescimento da cultivar FM 911, que é sensível ao déficit hídrico. O melhor desempenho das plantas FM 911 estressadas e tratadas com AS foi atribuído à maior eficiência fotossintética (evidenciada pelas taxas de fotossíntese líquida, condutância estomática, transpiração e eficiência de carboxilação da Rubisco), bem como pelo aumento do potencial antioxidante, com a ação da enzima G-POD e baixos teores de H2O2. Já a cultivar FM 970 (tolerante ao déficit hídrico) apresentou respostas fisiológicas relevantes quando tratadas com ácido salicílico, melatonina e peróxido de hidrogênio; incluindo alta eficiência fotossintética, acúmulo de pigmentos e redução do potencial osmótico. Entretanto, tais respostas não resultaram no maior crescimento das plantas sob estresse, pelo menos durante o período de estudo. Como conclusão, os dados fornecem informações sobre cultivares de algodão herbáceo (FM 970 e FM 974) com maior potencial para cultivo sob restrição hídrica. A aplicação do ácido salicílico pode constituir uma importante estratégia para cultivo de plantas FM 911 e FM 970 sob limitação hídrica, sendo capaz de aliviar os danos do estresse. Mais estudos são necessários para validar o potencial dos compostos sinalizadores no cultivo do algodoeiro sob restrição hídrica, especialmente visando avaliar o impacto dos tratamentos no potencial produtivo em condições de campo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1342777 - RAFAEL DE SOUZA MIRANDA
Externo ao Programa - 1553560 - FRANCISCO DE ALCANTARA NETO
Externo à Instituição - HUMBERTO HENRIQUE DE CARVALHO - UFC
Externo à Instituição - STELAMARIS DE OLIVEIRA PAULA MARINHO - UFC
Notícia cadastrada em: 19/02/2024 15:29
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