Objetivou-se avaliar a morfologia, desenvolvimento e acúmulo de nitrogênio em cultivares de palma forrageira em resposta a inoculação com bactérias promotoras de crescimento de plantas (BPCPs) associadas à adubação nitrogenada em solo do semiárido piauiense. Foram realizados dois experimentos com duas cultivares de palma forrageira (baiana e doce miúda) em delineamento experimental em blocos casualizados, em esquema fatorial duplo (6x3), com quatro repetições. O primeiro fator foi constituído por seis tratamentos compostos por duas estirpes de Bacillus subtilis (IPACC29 e IPACC26), duas estirpes de Paenibacillus sp. (IPACC55 e IPACC38), um inoculante líquido contendo estirpes de Azospirillum brasilense e um controle sem inoculação, e o segundo por três doses de nitrogênio (N) (0, 50 e 100% da dose recomendada para a cultura). As cultivares responderam de forma diferenciada à inoculação com as BPCPs e às doses de N. A maioria dos parâmetros morfológicos foram influenciados apenas pelas doses de N. Para a cultivar baiana, quando cultivada sob a dose de 50%, todas as inoculações aumentaram a produção de massa fresca (MFR) e seca (MSR) de raiz e a estirpe IPACC29 foi eficiente em aumentar a massa fresca e seca de cladódios (MSC) .Já as estirpes IPACC26 e IPACC38 aumentaram a MSC na dose de 100%. Essas duas estirpes, juntamente com o inoculante comercial, também aumentaram o teor e acúmulo de N nos cladódios na dose de 0%. Para a doce miúda, na dose de 50%, todas as estirpes, com destaque para IPACC55 e IPACC38, foram superiores ao controle sem inoculação para MSC e a estirpe IPACC38 aumentou a MFR e MSR. Na dose de 100%, a estirpe IPACC26 foi eficiente em incrementar o acúmulo de N nos cladódios. Esses resultados sugerem que essas estirpes de BPCPs apresentam potencial de uso como inoculantes em palma forrageira.