O gesso é um dos principais minerais em rochas sedimentares compostas principalmente de sulfato de cálcio dihidratado (CaSO4 2H2O), sendo encontrado em grandes quantidades na natureza na forma de gipsita. O gesso tem um papel de destaque na construção civil, mas na agricultura vem ganhando importância por ser considerado uma alternativa eficaz para aliviar a acidez do subsolo em virtude de sua maior solubilidade e de conter S, que se liga a cátions como Ca2+, Mg2+ e K+ para formar pares de íons. Os benefícios da aplicação do gesso no solo são inegáveis, no entanto, é preciso ter cuidado com o manejo na aplicação ou descarte deste produto, pois quantidades elevadas podem resultar na perda ao longo dos perfis dos solos de importantes nutrientes que são mais lixiviáveis, por exemplo o Mg2+ e K+, causando um desbalanço nutricional a ponto de gerar déficit destes nutrientes e consequente degradação do solo, sendo motivo de grande preocupação socioambiental Nossa hipótese é que a dispersão do pó liberado no processo de extração e processamento da gipsita afeta a fertilidade natural em perfis dos solos no entorno dos empreendimentos. No entanto, uma compreensão abrangente da variabilidade espacial da pluma deve primeiro ser estabelecida para obter uma imagem clara da dispersão do pó. Neste estudo, avaliamos o comportamento das características químicas nos perfis de solos distribuídos ao longo da pluma de dispersão e em áreas sem interferência, buscando obter informações que orientem os órgãos responsáveis, quanto ao controle da dispersão e, assim contribuir para uma atividade mais sustentável.