O presente trabalho realiza um diagnóstico dos instrumentos de promoção da inovação nas Universidades Federais do Nordeste, justificando-se pela necessidade de delinear propostas de intervenção ao contexto do Nordeste brasileiro. No atual estágio de desenvolvimento econômico tecnológico, a estrutura das Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) Nordestinas ainda não conseguiu implementar em sua totalidade os objetivos estratégicos de propriedade intelectual, transferência de tecnologia e fomento à inovação. Esta pesquisa é qualitativa, com características exploratórias, abrange estudos de casos realizados em Universidade Federais Nordestinas, intituladas nessa pesquisa como “A”, “B”, “C” e “D”. Quanto aos instrumentos de coleta de dados, foram realizadas entrevistas semiestruturadas, com representantes dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT) das instituições pesquisadas, na qual foram analisados os seguintes pontos: a) Política de Inovação; b) Propriedade Intelectual; c) Estratégias de atuação/promoção de tecnologias e conhecimentos da Universidade; d) Interação com o setor produtivo; e) Transferência de Tecnologia; f) Dificuldades Encontradas. Os resultados indicam que no Nordeste ainda existe uma disparidade no quesito de inovação entre suas instituições de ensino superior federal e que, embora existam normativos legais que estimulem a articulação entre universidades e o setor produtivo, o grande gargalo que dificulta essa interação é falta de conhecimento sobre o processo de Transferência de Tecnologia. Diante do exposto, essa pesquisa teve como produto final um Manual intitulado como: “A Transferência Tecnológica: O caminho da Inovação para as Universidades”, que objetiva informar e demonstrar as formas de transferências de conhecimento da universidade para o setor produtivo, através de um passo a passo sobre os benefícios e os instrumentos legais que deverão ser seguidos pelas ICTs. O manual foi dividido em três seções onde tratou-se de demonstrar a importância das atividades inovativas dentro das universidades, com foco na inovação aberta; a Interação Universidade – Empresa, evidenciando os benefícios e os instrumentos necessários para se obter essa parceria, e, por último, a operacionalização da transferência de tecnologia e os parâmetros legais que regulamentam a interação entre as academias e o mercado.