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JOSÉ LOPES PEREIRA JÚNIOR
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Papel da cetamina/xilazina e óxido de rosa sobre variáveis autonômicas e hemodinâmicas de animais normotensos e hipertensos
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Orientador : JOAO PAULO JACOB SABINO
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Data: 01/11/2024
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O Sistema Nervoso Autônomo (SNA) pode ser avaliado de forma não invasiva por meio da análise da variabilidade da frequência cardíaca e da pressão arterial, além do comportamento dos reflexos cardiovasculares, seja diante do uso de determinadas substâncias, tais como anestésicos, produtos naturais e/ou patologias como a hipertensão arterial. Dentre tais produtos, pode-se citar o óxido de rosa (OR), o qual possui efeito agudo anti-hipertensivo, mas não existem relatos se os mecanismos para tal efeito seja por meio da modulação dos reflexos cardiovasculares. Além disso, para uma boa análise do SNA é necessário que seja minimizado o efeito da anestesia sobre tal sistema. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar os efeitos da anestesia com cetamina/xilazina (CX) e de OR sobre as variáveis autonômicas e hemodinâmicas em animais normotensos e hipertensos. Os animais foram anestesiados com cetamina (33,33 mg/kg) e xilazina (13,3 mg/kg), via i.m., e, submetidos ao procedimento cirúrgico de canulação da artéria e veia femorais para registro da pressão arterial pulsátil (PAP). Com o intuíto de avaliar a influência da CX sobre parâmetros hemodinâmicos e autonômicos, realizou-se a análise da variabilidade da pressão arterial sistólica (VPAS) e da frequência cardíaca (VFC) nos períodos de 24 e 48 hs após o procedimento cirúrgico. Em relação à análise dos efeitos do OR, após 48 horas do procedimento cirúrgico, os animais receberam o composto (i.v) nas doses de 0,625, 1,25 e 2,5 mg/kg ou veículo (Tween 20 2% em salina 0,9%). Avaliou-se os seguintes parâmetros: Variáveis hemodinâmicas no repouso (PAS, PAD, PAM e FC); sensibilidade do barorreflexo (estimulado por fenilefrina 4 µg/kg e nitroprussiato de sódio 8 µg/kg); sensibilidade do quimiorreflexo (estimulado por cianeto de potássio- KCN 40 µg/kg); reflexo Bezold-Jarisch (estimulado por serotonina nas doses de 2, 4, 6, 8 µg/kg). Os resultados deste estudo indicam que o anestésico CX altera de forma significativa o sistema nervoso autônomo e cardiovascular, após 24 horas da administração do anestésico, causando diminuição da pressão arterial média (PAM) e da atividade simpática avaliada por meio da potência da banda de LF da PAS quando comparado ao período de 48 h. Além disso, após 48h foi observado, apenas nos ratos Wistar, uma atenuação dos índices RMSSD e HF (nu), ou seja, redução da atividade parassimpática sobre a VFC, aliado ao aumento da atividade simpática devido à elevação do parâmetros LF (nu) e LF/HF. Em relação ao OR, os resultados mostram que o composto apresenta efeito anti-hipertensivo e bradicárdico em SHR. Quanto ao barorreflexo, o tratamento com OR melhorou a sensibilidade da resposta bradicárdica e taquicárdica. O quimiorreflexo foi atenuado com OR em relação ao grupo SHR + veículo, além de aumentar a sensibilidade do reflexo Bezold-Jarisch. Assim, pode-se concluir que para diminuir os efeitos colaterais do anestésico CX, recomenda-se a realização dos protocolos experimentais 48 horas após o procedimento cirúrgico, de modo a diminuir a interferência do anestésico sobre a análise do SNA. Ademais, os resultados sugerem que o efeito anti-hipertensivo do OR pode ser, pelo menos em parte, devido a uma melhora na sensibilidade dos reflexos cardiovasculares, uma vez que a presença de anormalidades na atividade destes mecanismos estão correlacionadas com a fisiopatologia da hipertensão arterial.
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ILUSKA MARTINS PINHEIRO
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Derivados híbridos nafto-hidrazônicos: atividade antimicrobiana, ações moduladoras de resistência bacteriana em Staphylococcus aureus e estudos in silico
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Orientador : MARCILIA PINHEIRO DA COSTA
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Data: 23/10/2024
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Embora consideráveis conquistas tenham sido alcançadas com o uso de agentes antimicrobianos, o surgimento e a disseminação da resistência bacteriana tornou-se um sério problema de saúde pública mundial. Assim, faz-se necessário a descoberta de novos protótipos antimicrobianos que sejam eficazes, do ponto de vista clínico para combater as infecções. A estratégia de modificação estrutural por hibridização molecular, combinando diferentes estruturas bioativas em uma única molécula tem sido um importante recurso para projetar compostos com atividade farmacológica sinérgica ou com menos efeitos adversos. Nesse contexto, esse trabalho teve como alvo de estudos, compostos híbridos obtidos de naftoquinonas e hidrazonas, compostos das classes químicas que apresentam reconhecida atividade antimicrobiana. Assim, nesse estudo os derivados nafto-hidrazônicos semissintéticos obtidos, αHDZ 1, αACIL 2, βHDZ 3 e βACIL 4 foram avaliados quanto a atividade antimicrobiana intrínseca, atividade moduladora contra a resistência de cepas de Staphylococcus aureus que superexpressam diferentes bombas de efluxo (NorA, TetK, MepA, MrsA, qacA/B e qacG), atividade antibiofilme, hemocompatibilidade e toxicidade aguda em modelo de Artemia salina. Foram conduzidos ainda predições in silico da absorção, distribuição, metabolismo, excreção e toxicidade (ADMET) e docagem molecular com proteínas específicas envolvidas com mecanismos de atividade antimicrobiana e inibição de bombas de efluxo. Os resultados evidenciaram que todos os compostos apresentaram atividade antimicrobiana para as cepas de Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Candida albicans.Os compostos não atuaram de forma satisfatória em todas as etapas de avaliação do teste de atividade antibiofilme. Os resultados de modulação mostraram que os derivados βHDZ 3 e βACIL 4 apresentam inibição da bomba de efluxo NorA. Todos os derivados apresentaram hemocompatibilidade e tiveram menor toxicidade aguda que os seus precursores. Na predição do perfil farmacocinético, os derivados nafto-hidrazônicos apresentaram parâmetros físico- químicos satisfatórios e elevada DL50. Os compostos αHDZ 1 e βACIL 4 foram os mais seguros para administração oral, sendo a βACIL 4 a molécula de menor toxicidade, comprovada pelo maior valor de DL50. O mecanismo de atuação dos compostos sobre a bomba de efluxo NorA foi reforçado pelo ensaio in silico que demonstrou o encaixe da enzima da bomba de efluxo NorA, em especial com os compostos αHDZ 1 e βHDZ 3. Conclui-se que os compostos nafto-hidrazônicos são protótipos promissores como antimicrobianos e inibidores de resistência, porém estudos complementares de mecanismos e em modelo animal serão necessários para comprovar a segurança e eficácia dessas moléculas.
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GLAUCIA LAIS NUNES LOPES
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FORMULAÇÔES TÓPICAS À BASE DE Eucalyptus globulus E METRONIDAZOL PARA O TRATAMENTO DE PERIODONTITE
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Orientador : ANDRE LUIS MENEZES CARVALHO
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Data: 18/10/2024
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O desenvolvimento de novas moléculas exige tempo e investimento financeiro. Assim, estratégias de veiculação e carreamento de moléculas já conhecidas são estratégias atrativas. O óleo essencial (OE) de Eucalyptus globulus Labill apresenta atividades biológicas bem definidas, incluindo atividade antimicrobiana. No entanto, os OEs têm dificuldade de solubilização e podem causar irritação na aplicação tópica. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi o desenvolvimento de plataformas de cristal líquido liotrópico (CLL) para carreamento de metronidazol (MTZ) à base de óleo essencial de E. globulus para serem utilizadas no tratamento tópico da periodontite. Para avaliar o potencial dessas novas formulações, foi realizado um estudo prospectivo de patentes com a construção de um roadmap tecnológico visando à aplicação desse sistema de liberação. Posterior a essa análise, foram construídos três Diagramas de Fases Pseudo-Ternários (DFPT), e três formulações foram selecionadas após teste de Microspcopia de Luz Polarizada (F1, F2 e F3), em seguida incorporou-se o MTZ a 0,5% e 1%. Foi realizado um estudo de estabilidade preliminar, bem como um estudo do perfil cinético de libertação in vitro, toxicidade aguda baseada na melanização em Zophobas morio e atividade em Candida albicans, Enterococcus faecalis, Staphylococcus aureus e Escherichia coli. As formulações de CLL lamelares, F2, F2 0,5% e F2 1%, apresentaram as melhores caraterísticas físico-químicas, boa estabilidade, liberação controlada seguindo o modelo cinético de liberação de Higuchi e ausência de toxicidade. Não mostraram atividade contra Candida albicans; em contraste, a formulação F2 1% mostrou atividade antimicrobiana a concentrações ≥ 256 µg.mL-1 para E. faecalis, S. aureus e E.coli. Em seguida, avaliou-se a atividade pré-clínica das formulações em um modelo de periodontite, analisando a mucoadesividade ex vivo e o potencial de irritação em membrana corioalantóide (HET-CAM). Os resultados mostraram que as formulações não eram irritantes e apresentaram propriedades mucoadesivas comparáveis a outros CLs descritos na literatura. Além disso, a avaliação pré-clínica revelou reduções significativas no Índice de Sangramento Gengival (ISG), profundidade de sondagem de bolsa (PSB) e preservação da altura do osso alveolar (AOA), indicando um efeito anti-inflamatório promissor da formulação F2 1% e a eficácia do metronidazol nesse sistema de liberação no combate à infecção. As análises histomorfométricas e clínicas demonstraram que a formulação F2 1% não apenas reduziu a PSB, mas também reduziu a perda óssea alveolar, evidenciando seu potencial na modulação da resposta inflamatória e na prevenção do dano tecidual. Todas as formulações foram classificadas como não irritantes no ensaio de HET-CAM, exceto o OE de E. globulus a 10% que apresentou irritação leve. Conclui-se que a formulação de CLL com OE de E. globulus e MTZ apresenta potencial para o tratamento local da periodontite, apresentando boa estabilidade, sem potencial de irritação e toxicidade, oferecendo uma abordagem inovadora que minimiza os efeitos colaterais sistêmicos e proporciona liberação controlada do metronidazol no local da infecção
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ANTONIELLY CAMPINHO DOS REIS
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AVALIAÇÃO DE UM PROTOCOLO DE SUPLEMENTAÇÃO COM VITAMINA E PARA PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA EM TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO: ANÁLISES CELULARES, NUTRICIONAIS E COMPUTACIONAIS.
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Orientador : JOAO MARCELO DE CASTRO E SOUSA
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Data: 02/10/2024
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O câncer é uma doença resultante de uma coleção de mecanismos patológicos complexos e por sua alta taxa de incidência e mortalidade tornou-se um problema de saúde pública. Entre os tratamentos possíveis, a quimioterapia ainda permanece como uma das principais linhas de terapia, mas geralmente é dificultada pela distribuição desfavorável do medicamento no organismo, o que resulta em efeitos secundários graves. Dessa forma o objetivo da presente pesquisa foi avaliar o impacto de um protocolo de suplementação com vitamina E para pacientes com câncer de mama em tratamento quimioterápico com ênfase para qualidade de vida e efeitos biológicos. No primeiro capítulo, produziu-se uma revisão sistemática com objetivo de realizar uma síntese das evidências dos efeitos biológicos da vitamina E no câncer de mama em estudos clínicos. Os 11 artigos incluídos apresentaram a vitamina E e seus vitâmeros com diversos efeitos biológicos, tais como: papel antioxidante, com capacidade de diminuir espécies reativas e aumentar a expressão de enzimas antioxidantes; Atividade anti-inflamatória; efeitos quimioprotetores para células sanguíneas e dérmicas saudáveis; e finalmente, atividade antitumoral, com capacidade de indução de apoptoses, inibição do ciclo celular e angiogênese tumoral. Em seguida o capítulo 02 do trabalho objetivou observar os compostos da VIT E associados ou não a quimioterápicos, como a doxorrubicina (DOX), por meio da análise da expressão dos genes NFE2L2, AKT1 e CYP1A1 para as linhagens de mama e as interações por docagem para os genes de NFE2 e ERBB1. Os resultados mostraram uma diminuição da expressão dos genes da AKT1 e NFE2L2 nas linhagens tumorais de MCF-7 e MDA-MB-231 tratadas com VIT E + DOX, enquanto a linhagem de MCF-10A conseguiu manter uma expressão padrão independente deste tratamento. Adicionado a isso, observou-se uma forte interação entre o α-tocoferol com a Keap1-NRF2 e domínio ErbB-2, o que nos leva a induzir que o co-tratamento de doxorrubicina com o vitâmero tem uma forte capacidade de indução de morte celular. Por fim o capítulo 03 baseou-se em um estudo experimental pareado, duplo-cego, controlado por placebo realizado em três serviços da rede de atenção especializada em oncologia do estado do Piauí, sendo eles: Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI), ONCOCENTER e ONCOCLINICA que constou de uma suplementação de 300 UI (447 mg) de Vitamina E acetato para as pacientes com câncer de mama em protocolo AC (ciclofosfamida e doxorrubicina). Ao avaliar o estado nutricional e sintomas clínicos por meio da diferença de média de escores do questionário ASG-PPP, foi observado que as pacientes suplementadas mantiveram o estado nutricional estável em detrimento do grupo placebo. De forma similar, os resultados encontrados entre as médias de escores do questionário EORTC apresentou uma melhora dos sintomas para o grupo suplementado/intervenção. Em relação ao perfil antioxidante, foi observado que o grupo tratado com Vit. E apresentou melhora (aumento) nas defesas antioxidantes. Ademais, os resultados das avaliações toxicogenéticas mostraram que o grupo placebo apresentou maiores valores de índice de dano (ID) e frequência de dano ao DNA quando comparados com o grupo tratado com vitamina E, com valores significantes a partir do 3° ciclo de quimioterapia. Finalmente, os resultados aqui demonstrados, indicam que a suplementação de vitamina E tem o potencial de melhorar o estado nutricional de pacientes por meio da redução de sintomas clínicos, culminando consequentemente na melhora da qualidade de vida geral do paciente, além de ser útil na proteção contra os efeitos colaterais relacionados ao tratamento quimioterápico. Contudo, mais estudos devem ser realizados, principalmente avaliando os efeitos desta suplementação frente a outros regimes terapêuticos.
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SUYANNE KÁSSIA SOARES PEREIRA
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Efeito da esterubina no déficit de memória induzido por estreptozotocina intracerebroventricular em camundongos
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Orientador : LUCIANO DA SILVA LOPES
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Data: 27/09/2024
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A Eriodictyon californicum (Boraginaceae), comumente conhecida como erva santa, é uma planta nativa da Califórnia que foi usada por tribos indígenas americanas para tratar uma série de doenças, algumas diretamente associadas ao envelhecimento. O composto 7-metoxi-5,3’,4’-trihidroxiflavanona denominada esterubina é um flavonoide que foi isolado das folhas dessa espécie. O uso de plantas medicinais, tem sido usada no tratamento de déficits de memória, como demência, amnésia e doença de Alzheimer (DA). Nesse contexto o estudo teve como objetivo avaliar o efeito da da atividade antioxidante da esterubina nos testes de ABTS, DPPH e íon férrico, a citotoxidade in vitro utilizando o método MTT e também buscou-se avaliar o efeito da esterubina no déficit cognitivo induzido por estreptozotocina intracerebroventricular (ICV) em modelos animais, através de testes comportamentais de memória. A alteração congnitiva foi induzida por estreptozotocina (3 mg/kg, icv) e depois tratados por via oral durante quinze dias, com solução salina (controle negativo), rivastigmia 2,0 mg/kg (controle positivo) e a esterubina nas doses de 10 e 20 mg/kg, para a realização dos testes comportamentais reconhecimento de objeto novo e labirinto aquático de morris. A esterubina apresentou atividade antioxidante nos ensaios de eliminação de radicais DPPH com 74% de inibição na maior concentração testada (0,25 mg/mL) e para eliminação de radicais ABTS a inibição foi de 94% na maior concentração (0,4 mg/mL) e na redução do íon férrico, a esterubina obtive uma CI50 32,38 µg/mL. No ensaio de citotoxidade a esterubina reduziu a viabilidade celular de forma significativa a partir da concentração de 1,56 µg/mL contra as células L929, enquanto para B16F10 reduziu a partir da concentração de 6,25 µg/mL ambos comparados ao controle negativo. A esterubina foi capaz de reverter déficits cognitivos, pois preservou a memória de reconhecimento e espacial dos animais, além de apresentar atividade locomotora exploratória. No ensaio in sílico foi realizado para avaliar os parâmetros físico-químicos, farmacocinéticos (absorção, distribuição, metabolismo, excreção e toxicidade) e a docagem molecular com os alvos selecionados AChE e BACE-1, por meio dos softwares Pre-ADMET, SwissADME e AutoDock Vina, onde observou-se que a esterubina se encaixou nas características das propriedades farmacocinéticas adequadas e na docagem molecular demonstrou que esterubina consiste em uma molécula possivelmente multialvo, sendo capaz de interagir de forma significativa com as enzimas AChE e BACE-1. Portanto, os resultados obtidos com a esterubina foram promissores e ela pode ser utilizada na terapia da doença de Alzheimer.
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JOEDNA CAVALCANTE PEREIRA
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BUTIONINA SULFOXIMINA POTENCIALIZA O EFEITO ANTITUMORAL DA DOXORRUBICINA: UMA ESTRATÉGIA SINÉRGICA CONTRA A QUIMIORRESISTÊNCIA E A TOXICIDADE SISTÊMICA
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Orientador : FELIPE CAVALCANTI CARNEIRO DA SILVA
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Data: 20/09/2024
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A Doxorrubicina (DOX), embora amplamente utilizada no tratamento de tumores, tem seu uso limitado por efeitos adversos, como cardiotoxicidade, resistência adquirida das células tumorais. A Butionina Sulfoximina (BSO), um inibidor da síntese de glutationa (GSH), surge como uma solução promissora para potencializar os efeitos da DOX, tornando as células tumorais mais sensíveis à quimioterapia. Essa combinação pode superar a resistência e reduzir os efeitos adversos da DOX. Com isso, o trabalho aborda a eficácia da combinação de Butionina Sulfoximina (BSO) com Doxorrubicina (DOX) como estratégia terapêutica para superar a resistência à quimioterapia em diferentes tipos de câncer. A presente tese foi dividida em 3 capítulos. O primeiro capítulo se iniciou com uma revisão sistemática e meta- análise de estudos pré-clínicos sobre o uso da BSO em tratamentos contra o câncer, destacando a capacidade do BSO em potencializar os efeitos de outros tratamentos antineoplásicos, como a quimioterapia. O BSO mostrou-se eficaz na redução da quimiorresistência e na potencialização da citotoxicidade em vários tipos de câncer, o que sugere seu papel como um adjuvante promissor na terapia antitumoral. O segundo capítulo explora os efeitos sinérgicos de BSO combinado com DOX em diferentes linhagens celulares de câncer, incluindo B16F10 (melanoma murino), SNB-19 (glioblastoma humano), S180 (sarcoma murino), e SVEC4-10 (endotelial murina). Os estudos in vitro demonstraram que a combinação de BSO e DOX reduziu significativamente os valores de IC 50 para a maioria das linhagens celulares, indicando um efeito sinérgico. Além disso, a combinação foi mais eficaz do que DOX isoladamente na inibição da migração celular e na redução da clonogenicidade nas linhagens B16F10 e SVEC4-10. A atividade antioxidante endógena também foi modulada pela combinação, com uma redução significativa da atividade de GSH, enquanto CAT e SOD sofreram pouca alteração com o uso combinado. No terceiro capítulo, o trabalho focou na avaliação da segurança e eficácia antitumoral da combinação de BSO e DOX em um modelo animal de camundongos Swiss com tumor Sarcoma 180. Os resultados indicaram que BSO não induziu efeitos adversos significativos, demonstrando um perfil de segurança adequado para estudos pré-clínicos. A combinação inibiu significativamente o crescimento tumoral sem exacerbar os efeitos colaterais típicos da DOX, como a supressão hematológica e os danos hepáticos e cardíacos. Estes achados sugerem que a combinação de BSO com DOX é uma abordagem promissora para o tratamento do câncer, potencializando a eficácia antitumoral sem aumentar a toxicidade sistêmica. Tomando em conclusão que a combinação de BSO com DOX não só melhora a eficácia do tratamento antitumoral como também preserva a segurança sistêmica, oferecendo uma estratégia promissora para superar a resistência à quimioterapia em diferentes tipos de câncer tratados com doxorrubicina.
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LUDIMILA DE AZEVEDO COSTA HOLANDA
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Desenvolvimento tecnológico de bebida energética a base de cajuína
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Data: 20/08/2024
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Bebidas energéticas são produtos não alcoólicos que tradicionalmente contêm cafeína, taurina e vitaminas, mas há uma tendência crescente para versões com ingredientes naturais. A cajuína, uma fonte natural de energia, rica em nutrientes, sua utilização no desenvolvimento de bebidas energéticas é destacada como uma opção mais saudável em comparação com bebidas convencionais, devido à sua ausência de aditivos artificiais e açúcares refinados, além de proporcionar um sabor característico. Este estudo procurou investigar as propriedades das bebidas energéticas naturais através de uma prospecção cientifica, bem como das bebidas energéticas desenvolvidas e depositadas em bases de patentes nos últimos 20 anos, além de desenvolver uma à base de cajuína. Inicialmente foi realizada uma busca avançada nas bases de dados científicas SciElo, PudMed, Web of Science, utilizando o termo de busca “Energy Drink AND Natural”, e nas bases de patentes EPO, WIPO, USPTO e INPI, utilizando a palavra-chave “Energy Drink”. Para a obtenção das preparações foi realizado um planejamento fatorial 32 para a obtenção das 9 preparações. Em seguida, elas foram submetidas a análises de pH, ºBrix, Acidez Titulável e de Textura. As preparações selecionadas foram então submetidas ao controle de qualidade microbiológico e, posteriormente, a análise sensorial de intenção de compra. Utilizando métodos de prospecção científica e tecnológica, foram identificadas 122 patentes recentes nesse campo, com o Brasil liderando os depósitos. Análises de planejamento fatorial revelaram que a cajuína, água gaseificada e a combinação dos dois afetaram significativamente as propriedades das preparações (ATT, o ºBrix, ratio, firmeza, viscosidade e coesividade). Das nove formulações desenvolvidas, duas (ECaj 6 e ECaj 7) se destacaram pelos melhores parâmetros de pH (2,83 e 3,7) e acidez titulável (11,35 ± 0,2 e 12,84 ± 0,4). Microbiologicamente, os resultados mostraram que ECaj 6 e ECaj 7 são seguros. Esses resultados permitem que o foco seja feito em qualidades adicionais, como sabor e aceitação do consumidor. A análise sensorial revelou que não há diferenças estatisticamente significativas na intenção de compra dos produtos com base no sexo ou idade dos participantes. Esse estudo também destaca o aumento global de patentes relacionadas a bebidas energéticas e demonstra a viabilidade de preparações energéticas à base de cajuína, mantendo valores de pH e acidez dentro dos padrões desejados. As análises microbiológicas demonstraram a segurança das amostras. Por fim, a análise sensorial revelou que quanto a intenção de compra, não houve diferenças significativas tendo como parâmetro o sexo e a faixa etária dos participantes.
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DIEGO PEREIRA DE MENEZES
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EFEITO ANTITUMORAL DE EXTRATOS HIDROALCOÓLICOS DE Libidibia ferrea (Max. ex Tul) EM CARCINOMA DE MAMA MURINO
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Orientador : DALTON DITTZ JUNIOR
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Data: 15/08/2024
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O câncer de mama é o tipo de tumor mais prevalente em mulheres no mundo todo e, apesar da evolução no seu tratamento, ainda carece de fármacos mais eficazes e seguros, principalmente para os subtipos que apresentam clínica severa e resistência a terapêutica. A Libidibia ferrea, planta da caatinga e do cerrado brasileiro, possui atividades anti- inflamatória, antimicrobiana, antioxidante e antitumoral, esta última, pela sua capacidade de induzir a apoptose. Este trabalho buscou caracterizar os constituintes fitoquímicos e avaliar o efeito antitumoral de extratos hidroalcóolicos da folha (HAFL) ou fruto (HAFR) da L. ferrea em carcinoma de mama murino. Os ensaios da caracterização dos extratos foram realizados por meio da Espectrometria de Massas, Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC) e reação colorimétrica do Folin Ciocateu. A determinação da atividade antioxidante dos extratos foi avaliada pelo sequestro do radical DPPH. A metabolização do sal de tetrazólio (MTT) pelas células MDA-MB-231, expostas aos extratos foi utilizada para determinar a citotoxicidade e o dano no DNA avaliado pelo ensaio cometa. A morte celular foi determinada por microscopia de fluorescência pela marcação com Calceina-AM e iodeto de propídeo (PI). O efeito antitumoral foi avaliado em modelo murino de carcinoma de mama 4T1 no qual também se avaliou o peso total do animal, do fígado e níveis hepáticos de malondialdeido. A caracterização fitoquímica qualitativa indicou a presença de compostos fenólicos, dentre eles o ácido gálico e elágico, tanto no HAFR quanto no HAFL. A quantidade de fenóis totais presentes no HAFR foi três vezes maior do que a encontrada no HAFL. O efeito antioxidante do HAFR, em todas as concentrações, foi significativamente maior do que HAFL tendo o primeiro alcançado atividade antioxidante superior aos controles positivos. A concentração inibitória de 50% viabilidade da linhagem MDA foi de 209 μg/mL para HAFR e 237,4 μg/mL para HAFL ao passo que o HAFR demonstrou ser mais potente que o HAFL quanto a marcação para Calcein-AM e PI. A frequência de indução de dano no DNA de células do carcinoma mamário foi semelhante para os extratos, embora o grau do dano foi maior em células tratadas com HAFR (danos nível 4) do que com HAFL (danos níveis 2 e 3). A atividade antitumoral foi observada nas doses 0,3 e 3 g/kg com redução média de 94% quando comparado com o controle negativo. Não houve alteração significativa no peso total ou do fígado dos camundongos após o tratamento com HAFR enquanto que este extrato reduziu os níveis hepáticos de malondialdeído em 68% nas doses de 0,3 e 3 g/kg. Em conjunto, os resultados indicam que os extratos hidroalcóolicos de L. ferrea são ricos em compostos fenólicos como o ácido férrico e elágico. O HAFR possui maior efeito antioxidante do que o HAFL e, em células de carcinoma mamário, apresenta efeitos citotóxicos e genotóxicos. Além disso, o HAFR possui atividade antitumoral em carcinoma de mama murino, sem alterar significativamente os parâmetros de toxicidade avaliados.
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EDUARDO LIMA PEREIRA
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FÁRMACOS QUE ATUAM NA VIA DE SÍNTESE DO ERGOSTEROL E SUA ATIVIDADE CONTRA Leishmania major
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Orientador : FERNANDO AECIO DE AMORIM CARVALHO
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Data: 11/06/2024
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Uma das doenças tropicais negligenciadas mais comuns são as leishmanioses, um importante grupo de doenças transmitidas por vetor e causadas por protozoários parasitos do gênero Leishmania. Em humanos são generalizadas e causam morbidade e mortalidade significativas em 98 nações diferentes. Exceto na Índia, os antimoniais pentavalentes são a primeira linha de defesa contra esse complexo de doença. Miltefosina, Anfotericina B e Pentamidina são usadas em casos resistentes. A toxicidade, a baixa eficácia, o alto custo e a administração desafiadora desses medicamentos os tornam insatisfatórios. Portanto, há necessidade de medicamentos mais eficazes, seguros e facilidade de uso pelos pacientes. O ergosterol e outros alquilesteróis são necessários para os tripanossomatídeos, mas não estão presentes nas células humanas. O desenvolvimento de novos medicamentos tem um foco crescente na inibição da produção de ergosterol como um alvo viável. Este estudo teve como objetivo avaliar a citotoxicidade em macrófagos, atividade hemolítica e a atividade sobre Leishmania major de Rosuvastatina (Ros), Nistatina (Nis) e Tioconazol (Tio), fármacos que atuam na via de síntese do ergosterol. Nossos resultados mostram que Tio e Ros foram eficazes na inibição do crescimento de promastigotas do parasito (CI50 = 2,91 µg/mL-1 e 5,11 µg/mL-1, respectivamente), enquanto as CI50 referentes a amastigotas intracelulares foram de 2,0 µg/mL-1 e 1,98 µg/mL-1, respectivamente. Quando associados Tio + Ros, na proporção selecionada de 3:2, nossos resultados mostram baixa citotoxicidade (CC50 = 22,01) e redução no valor de CI50 para promastigotas (22,01 µg/mL-1) e para amastigotas internalizadas (0,41 µg/mL-1), quando comparados com o índice de seletividade (IS) para amastigotas de 53,68 obtido para a Anfoterina B. Essa associação também estimulou a atividade lisossomal e fagocítica dos macrófagos. No entanto, não incrementou a indução da síntese de óxido nítrico. Os fármacos avaliados apresentaram atividade antileishmania significativas e baixa citotoxicidade sobre células de mamíferos. Quando associados em várias proporções, a combinação Tio + Ros 3:2 apresentou o melhor índice de associação, induzindo a ativação de macrófagos. Baseado nisso, essa associação é uma candidata promissora para a continuidade dos estudos, incluindo testes in vivo com modelo do tratamento murino da leishmaniose cutânea.
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JORDANNA DI PAULA DOS SANTOS SOUSA
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FORMULAÇÃO TÓPICA DE PIROXICAM E LIPIDEOS VEGETAIS: CONTROLE DE QUALIDADE, EFEITO PROMOTOR E IRRITAÇÃO CUTÂNEA
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Orientador : ANDRE LUIS MENEZES CARVALHO
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Data: 25/04/2024
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Piroxicam é um fármaco pertencente aos anti-inflamatórios não esteroides (AINES) utilizados clinicamente para tratamento de processos inflamatórios com ação analgésica, anti-inflamatória e antipirética, indicado para doenças como osteoartrite, distúrbios pós-traumáticos ou musculoesqueléticos, dentre outros. Os AINEs têm sido administrados topicamente a muitos anos como forma de atenuar a dor em tecidos musculoesqueléticos. Muitas plantas são vias importante para a obtenção de novos agentes terapêuticos para várias doenças inflamatórias e alguns óleos e manteigas possuem propriedades farmacológicas com ação analgésica, espasmolítica e anti-inflamatória, tal como a manteiga da semente de bacuri. A via de administração tópica possibilita a diminuição de efeitos colaterais por permitir maior efeito no sítio local e diminuir a toxicidade a nível sistêmico, onde como consequência traz o questionamento sobre a penetração no tecido alvo e, consequentemente, a eficácia clínica. Vários promotores químicos de permeação têm sido utilizados no intuito de aumentar o coeficiente de difusão, como por exemplo óleos vegetais, dentre eles óleo da amêndoa da castanha do caju. O objetivo do trabalho foi desenvolver e analisar formulação a base do óleo da amêndoa da castanha do caju, avaliar o seu potencial promotor de absorção e o potencial de irritação cutânea. Na etapa de caracterização físico-química foram realizadas análises do índice de acidez, peróxidos, iodo e estresse oxidativo. As formulações desenvolvidas foram avaliadas quanto ao pH, teste de centrifugação, estresse térmico, ciclo gelo degelo, espalhabilidade, analise de textura. Foi realizada a validação do método de quantificação. A avaliação do
potencial do OACC como promotor de permeação foi realizada através da quantidade de piroxicam liberado e permeada a partir de formulações com e sem OACC. O potencial de irritação foi analisado pelo método do HET-CAM. As análises de caracterização do óleo apresentaram-se dentro das especificações com características que o classifica como óleo de qualidade e de direta aplicação na indústria. A formulação com OACC se apresentou estável diante dos parâmetros analisados. Nos parâmetros da liberação e permeação in vitro utilizando a membrana de acetato de celulose e pele de cobra, a viscosidade e o pH de solubilidade do fármaco foram fatores determinante na difusão do fármaco, a formulação com OACC foi a que proporcionou maior aumento da liberação do fármaco. O OACC contribuiu significativamente para o aumento da quantidade de piroxicam permeado. As formulações avaliadas geraram alterações qualitativas e quantitativas nos sinais correspondentes ao componente lipídico da pele de cobra, sendo o emulgel com OACC a que gerou mais sinais diferentes ou distintos, indicando haver mudança de conformação dos lipídios da camada média da pele de cobra. A formulação com piroxicam na presença do OACC apresentou com não irritante. Conclui-se, que o óleo da amêndoa da castanha do caju, pode ser considerado um adjuvante lipofílico com potencial de promotor cutâneo com aplicabilidade na cadeia de produção de novas alternativas para tratamento com produtos de uso tópico.
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THALYNE GONÇALVES BARBOSA
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Efeito da temperatura ambiental na automedicação no manejo da fadiga em pacientes com esclerose múltipla
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Orientador : KELSON JAMES ALMEIDA
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Data: 27/03/2024
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A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune e desmielinizante, crônica- degenerativa que afeta o Sistema Nervoso Central. Ela pode evoluir de quatro formas distintas. Uma das principais e mais frequentes manifestações clínicas da EM é a fadiga, sendo esse um sintoma inespecífico definido como sensação de cansaço físico profundo, perda de energia ou mesmo sensação de fadiga, que sofre mudanças ao longo do tempo e pode ser influenciado por de fatores ambientais, desencadeando o uso de medicamentos sem prescrição. Dessa forma o objetivo da pesquisa é descrever a automedicação, a severidade da fadiga, o impacto da fadiga nas atividades, o grau de incapacidade e a qualidade de vida dos portadores com esclerose múltipla nas temperaturas elevadas e amenas do ano. Trata-se de um estudo comparativo do tipo pré e pós em que foi utilizado um instrumento estruturado que permitiu a coleta de variáveis sociodemográficas, epidemiológicas e automedicação, além de outros instrumentos de coletas de dados validados como Fatigue Severity Scale (FSS), Fatigue Impact Modified (MFIS), Expanded Disability Status Scale (EDSS), Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey versão 2 (SF-36 v.2) em pacientes da Associação Piauiense dos Portadores de Esclerose Múltipla (APPEM) em Teresina-PI, durante os meses de setembro a novembro de 2022 e fevereiro a abril de 2023. O estudo constatou que a prática de automedicação teve aumento estatisticamente significativo na temperatura elevada, assim como a severidade da fadiga classificada em severa no periodo quente e ausente a moderada no periodo ameno, o maior impacto de fadiga nas atividades, o escore de incapacidade e a qualidade de vida foi estatisticamente significativo demostrando piora nos meses de setembro a novembro, uma vez correspondentes às temperaturas mais elevadas do que os meses do primeiro semestre do ano. As descobertas do estudo sugerem que a temperatura pode ser um fator que contribui para o aumento da fadiga em pacientes com EM, afetando radicalmente a qualidade de vida e o estilo de vida quanto ao uso elevado de analgesicos, corticóides, vitaminas e anti-inflamátorios.
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ANA VICTÓRIA DA SILVA MENDES
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BPP-BrachyNH2, um oligopeptídeo rico em prolina de Brachycephalus ephippium e seus efeitos sobre o perfil glicêmico e de estresse oxidativo vascular em um modelo experimental de diabetes tipo 2 em ratos
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Orientador : DANIEL DIAS RUFINO ARCANJO
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Data: 26/03/2024
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O estudo teve como objetivo investigar os efeitos farmacológicos e potenciais aplicações do BPP-BrachyNH2, um oligopeptídeo rico em prolina obtido da secreção cutânea de Brachycephalus ephippium, sobre parâmetros de controle metabólico, marcadores de atividade antioxidante, estresse oxidativo e reatividade vascular em modelo experimental de diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Utilizou-se 72 ratos machos da linhagem Wistar para a indução de DM2 através de dieta hiperlipídica durante 35 dias, sendo administrada estreptozotocina (STZ) (30 mg/kg) no 36° dia, via intraperitoneal. Os animais foram alocados em seis diferentes grupos de tratamento: controle normal, controle diabético, diabetes tratado com hipoglicemiante (metformina) 150 mg/kg/peso por via oral, diabéticos tratados com diferentes doses de BPP-BrachyNH2 (0,25, 0,50, 1,00 mg/kg/peso, por aplicação subcutânea, e submetidos a 28 dias de protocolo experimental. Como resultados, verificou-se que em relação ao peso dos órgãos, o grupo tratado com a dose de 1,00 mg, apresentou valores significativamente maiores no peso relativo do fígado (3,95±0,16 g/100 PC), comparado ao controle diabético (3,35±0,14 g/100 PC), sem diferenças no ganho de peso corporal. Ao avaliar-se os parâmetros de controle glicêmico, não houve diferença significativa sobre os níveis séricos de glicemia de jejum, em relação ao percentual de hemoglobina glicada, o tratamento com BPP-BrachyNH2 na dose de 0,25 mg/kg provocou uma redução significativa (6,63±0,18) quando comparado ao diabético sem tratamento (7,98±0,21), assim como nos níveis de frutosamina (1,15±0,08 μmol/L) em relação ao grupo metformina (1,70±0,18 μmol/L). Quanto ao perfil lipídico, o grupo tratado com BPP-BrachyNH2 na dose de 1,00 mg/kg apresentou valores significativamente maiores no conteúdo de colesterol total (91,74±7,30 mg/dL) quando comparado ao controle diabético (72,10±9,07 mg/dL), sem diferenças em relação a TG e HDL-c. Na avaliação dos marcadores de atividade antioxidante e estresse oxidativo em tecido aórtico, verificou-se diferença significativa em relação a atividade da catalase, em que o grupo tratado com 0,25 mg/kg apresentou valores significativamente menores(0,11±0,02mM/min.mg) em relação ao grupo metformina (0,31±0,08mM/min.mg), sem diferenças em relação a concentração de nitrito e atividade das enzimas mieloperoxidase e superóxido dismutase. Por fim, quanto aos efeitos sobre a reatividade vascular, observou-se que a resposta vasoconstritora induzida por fenilefrina dos segmentos aórticos de animais tratados com BPP-BrachyNH2, nas três doses, foi significativamente menor comparada aos animais do controle diabético (p<0,05). Ao se avaliar a reposta de vasorrelaxamento mediada pela acetilcolina e também na presença de indometacina verificou-se que as doses de 0,25 e 1,00 mg/kg promoveram uma maior porcentagem de relaxamento, em relação aos animais diabéticos não tratados e o grupo metformina (p<0,05), em relação aos anéis pré-incubados com pirogalol esse aumento foi observado nos grupos tratados com as doses de 0,25 e 0,50 mg/kg (p<0,05). Assim, pode-se concluir que o modelo experimental utilizado foi efetivo para a indução de DM2 e o tratamento com BPP conseguiu promover redução nos parâmetros de controle glicêmico, além de preservar a função endotelial vascular, como evidenciado pela melhoria nas curvas de vasoconstricção e vasorrelaxamento.
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ANA MARIETA FERNANDES MOREIRA
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AVALIAÇÃO DO EFEITO DE ÓXIDO DE ROSAS EM MODELOS ANIMAIS DE DOR NEUROPÁTICA INDUZIDA POR ANTINEOPLÁSICO EM RATOS
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Orientador : LUCIANO DA SILVA LOPES
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Data: 26/03/2024
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A neuropatia causada por quimioterapia, um efeito colateral neurotóxico limitante de dose, frequentemente leva à interrupção do tratamento. Cerca de 30 a 70% dos pacientes tratados com paclitaxel experimentam neuropatia periférica devido à combinação de medicamentos e à posologia. Diante da prevalência significativa de neuropatia em indivíduos que passaram por tratamentos de quimioterapia e da crescente necessidade de novas abordagens terapêuticas, incluindo aquelas fundamentadas em recursos naturais, torna-se imperativo investigar substâncias capazes de mitigar esse efeito adverso. Compostos naturais de plantas são frequentemente utilizados para tratar várias condições patológicas devido às opções de tratamento superiores e efeitos colaterais mínimos. O óxido de rosa, monoterpeno presente em vários óleos essenciais, demonstrou atividade anti-inflamatória ao inibir a produção de IL-1β e a migração de leucócitos. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo investigar o efeito do óxido de rosa em modelos animais de dor neuropática induzida por antineoplásicos em ratos. A dor neuropática foi induzida por paclitaxel na dose de 20 mg/kg via i.p. durante quatro dias consecutivos e tratada com e óxido de rosa nas doses de 12,5; 25 e 50 mg/kg e após esse período foram realizadas análises comportamentais (alodinia mecânica de Von Frey, teste da acetona e campo aberto), bioquímicas, hematológicas e avaliação do estresse oxidativo (níveis de malondialdeído). Os resultados obtidos sugerem que o óxido de rosa apresenta atividade antinociceptiva em modelos animais de dor neuropática induzida por antineoplásico em ratos, onde o óxido de rosa mostrou-se eficaz em diferentes doses, sendo a dose de 50 mg/Kg a mais eficaz, sugerindo que seus efeitos são dose-dependentes. Além disso, o tratamento com óxido de rosa não apresentou efeitos adversos significativos em parâmetros bioquímicos e hematológicos, com exceção da dose de 12,5 mg/Kg de OR afetou os níveis de creatinina e todas as doses as de TGP, enquanto a dose mais alta (50 mg/Kg) causou alterações nas proteínas totais e na albumina, sugerindo uma ligação mais forte com proteínas plasmáticas. Por fim, O tratamento com OR 25 mg/Kg alterou significativamente os níveis de malondialdeído (MDA). Esses resultados sugerem que o uso de óxido de rosa pode ser uma opção promissora para o tratamento da dor neuropática induzida por antineoplásico em seres humanos, embora sejam necessários mais estudos para confirmar esses achados e avaliar a segurança e eficácia.
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ANDRESSA AMORIM DOS SANTOS
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NANOFORMULAÇÃO DERIVADA DE Platonia insignis Mart. E SEUS EFEITOS NO ESTRESSE OXIDATIVO E REATIVIDADE ARTERIAL Ex vivo EM RATOS DIABÉTICOS COM INFLAMAÇÃO PULMONAR AGUDA
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Orientador : DANIEL DIAS RUFINO ARCANJO
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Data: 25/03/2024
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O Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença metabólica que causa ativação anormal de vias de sinalização no organismo; é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares e infecto-inflamatórias, como a hipertensão e a Inflamação Pulmonar Aguda (IPA). O Brasil apresenta alto potencial na busca por fármacos, em plantas medicinais, como alternativa ou coadjuvante terapêutico para diversas doenças, dentre elas, da-se destaque a Platonia insignis Mart., muito estudada por seus efeitos anti-hipertensivo, antidiabético, anti- inflamatório e antioxidante. Assim, o estudo objetivou desenvolver, caracterizar e avaliar os efeitos de nanoformulações obtidas da Manteiga das Sementes do Bacuri (MSB) no estresse oxidativo e na reatividade ex vivo em artéria aorta de ratos com DM1 e IPA associada. Foram desenvolvidas 04 formulações, submetidas a ultraprocessamento a 15000 rpm em Ultra-Turrax, havendo variação no tempo de cisalhamento de 0 (PLS), 5 (NLS-5), 10 (NLS-10) e 20 (NLS-20) minutos. Em estudo de caracterização, as formulações apresentaram- se como emulsões, a 50°C, de caráter óleo em água e E.H.L de 13,98, tornando-se Partículas ou Nanopartículas Sólidas a temperatura ambiente (25°C). A estabilidade das amostras, avaliada por 90 dias, apresentou-se diretamente proporcional ao tempo de cisalhamento, sendo a PLS-20 a de maior estabilidade, não apresentando alterações macroscópicas e mantendo-se em escala nanométrica (130±8,35 nm), monodispersa (PdI de 0,439±0,023), alto potencial zeta (63,6±2,66) e com ínfima alteração no pH. Posto isso, realizou-se estudo in vivo para avaliar e correlacionar o potencial antioxidante em arco aórtico das formulações PLS e NLS-20. A indução de DM1 foi realizada por Estreptozotocina 45 mg/Kg i.p, com posterior tratamento por 28 dias e indução de IPA no 29° dia utilizando Lipopolissacarídeo de E.coli O55:B5 (LPS) i.t 4 mg/Kg/mL. Os animais foram divididos em 9 grupos: CN (Controle Normal); CD (Controle Diabético); CD-IP (Controle Diabetico com IPA); e os grupos com DM1 e IPA que receberam os seguintes tratamentos: PLS 25 e PLS 50 (Partículas Lipídicas Sólidas de MSB 25 e 50 mg/Kg v.o); NLS-20 25 e NLS-20 50 (Nanopartículas Lipídicas Sólidas de MSB 25 e 50 mg/Kg v.o); MET (Metformina 150mg/Kg v.o) e INS (Insulina NPH 6 UI/animal/dia, s.c). Ao final do tratamento, foram determinados os marcadores de estresse oxidativo em tecido aórtico: mieloperoxidase e nitrito (NO2-t e MPOt), além de superóxido dismutase e Catalase (SODt e CATt). O efeito antioxidante da MSB foi identificado através da redução de MPOt dos grupos tratados com as formulações derivadas da MSB: PLS 25 (5,51±0,82 U/g), PLS 50 (6,59±0,78 U/g), NLS-20 25 (8,48±0,84 U/g) e NLS-20 (8,43±1,61 U/g) comparados ao CD-IP (13,65±1,86 U/g). Bem como observou-se redução nos níveis de NOt nos grupos PLS 25 (13,94±1,46 mM/g), PLS 50 (14,74±1,32 mM/g), NLS-20 25 (15,28±0,87 mM/g) e NLS-20 50 (15,43±0,96 mM/g) comparados ao CD-IP (21,62±1,34 mM/g). Por fim, os grupos PLS 25, NLS- 20 25 e 50 também apresentaram aumento considerável nos níveis de CATt comparados ao CD-IP. Os tratamentos não apresentaram efeito restaurador sobre os níveis de SODt. Ainda, ao avaliar a reatividade vascular de artéria aorta ex vivo, os animais que receberam tratamento com a formulação PLS ou NLS-20 não apresentaram aumento na vasocronstrição induzida pela fenilefrina. Em contrapartida, as formulações apresentaram capacidade vasorrelaxante, sobretudo a NLS-20, efeito atribuído às nanopartículas presentes na formulação. Quanto a resposta observada frente ao L-Name, tem-se que o vasorrelaxamento apresentado nos grupos foi majoritariamente dependente da produção de óxido nítrico derivado do endotélio. Dessa forma, conclui-se que foi possível desenvolver nanopartículas lipídicas sólidas a partir da MSB, sendo a NLS-20 a de maior estabilidade físico-química, com potencial para aplicação em múltiplos sistemas farmacêuticos, como para carreamento de fármacos. Ainda, frente ao período de 30 dias de tratamento dos animais, ambas as apresentações da MSB, nanoformulada (NLS-20) e particulada (PLS), apresentaram igualmente potencial antioxidante vascular. Além disso, foi possível identificar efeito vasorrelaxante das formulações (PLS e NLS- 20) em artéria aorta, havendo tênue destaque para a NLS-20, o que pode estar relacionado as propriedades associadas a nanoformulações.
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RENANDRO DE CARVALHO REIS
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ASPECTOS SOCIAIS ECOMPORTAMENTOS SEXUAIS ABERRANTES NO TRANSTORNO DO ESPETRO DO AUTISMO (TEA)
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Orientador : KELSON JAMES ALMEIDA
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Data: 22/03/2024
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Introdução: O transtorno do espectro do autismo (TEA) é um transtorno grave do neurodesenvolvimento definido por déficits sociais e de comunicação e comportamentos repetitivos ritualísticos que são tipicamente detectáveis na primeira infância. Objetivo: Investigar aspectos sociais e de comportamento sexual aberrante em pessoas com TEA. Métodos: Foram realizados dois estudos acerca dos aspectos comportamentais de crianças com TEA O primeiro foi um estudo observacional sobre apatia e interação social entre crianças com TEA. O estudo ocorreu em um centro de reabilitação em uma cidade do nordeste brasileiro utilizando questionário de apatia e questionário Social Communication Questionnaire (SQC), além de um sociodemográfico. O segundo estudo foi uma intervenção com crianças e adolescentes que tinham sintomas de comportamentos sexuais aberrantes de hipermasturbação. Foi realizada intervenção em ensaio clínico aberto não controlado de 4 semanas com uso de fluoxetina na dose de 20 mg/dia para verificar eficácia na redução dos sintomas. Para tanto, foi utilizado o Inventário de Comportamentos Sexuais da Criança (CSBI) e o questionário de ansiedade de Beck. Em ambos os estudos, um teste-t independente foi aplicado com intervalo de confiança de 95% e p<0,05. Resultados: No primeiro estudo, foram entrevistados 51 pais/responsáveis de crianças autistas com idade média de 8,8 anos (±2,95). As crianças que usavam risperidona apresentavam uma pontuação maior na escala SCQ (p=0,049) e no domínio de comportamentos estereotipados (p=0,033). Já as crianças que não possuíam a presença dos pais em união estável apresentavam uma maior média de comportamentos estereotipados quando comparadas àquelas que possuíam pais em união estável (p=0,019). No segundo estudo identificamos que a intervenção com fluoxetina foi eficaz na redução da pontuação média antes e após a intervenção nos comportamentos sexuais aberrantes de p=0,0002. Conclusão: Em nossa pesqusia pudemos observar que crianças que conviviam com os pais em união estável possuíam um menor escore de comportamentos estereotipados. Outro aspecto comportamental nesse estudo foi o comportamento sexual aberrante reduzido após intervenção com a fluoxetina.
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LUBNA KARINE BESERRA SANTOS
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AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DA CONVERSÃO ORAL DE ANTIMICROBIANOS EM UM HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE NO NORDESTE DO BRASIL
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Orientador : CARLA SOLANGE DE MELO ESCORCIO DOURADO
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Data: 22/03/2024
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O estabelecimento de programas de gestão de antimicrobianos tem sido alternativa contra seu uso irracional, e consequentemente da resistência antimicrobiana. Uma das estratégias desses programas é a alteração da via de administração de agentes antimicrobianos de endovenosa para oral, uma intervenção simples e bem reconhecida, quando aplicável. Avaliar a efetividade da conversão antimicrobiana da via endovenosa para oral em pacientes internados em enfermarias de um hospital de alta complexidade no Brasil. Trata-se de um estudo prospectivo não controlado, intervencionista, realizado entre abril e dezembro de 2023, comparado historicamente ao grupo sem intervenção, analisado no mesmo período do ano anterior. A intervenção consistiu na aplicação de um fluxograma com pacientes em uso de antimicrobianos, no terceiro dia de tratamento endovenoso, selecionados a partir de critérios clínicos/laboratoriais e disponibilidade oral, e posterior feedback aos prescritores. Foram incluídos no estudo 148 pacientes que realizaram a conversão EV-VO: 58 do grupo controle e 90 do grupo intervenção. A idade, as especialidades médicas, os focos de infecção e as classes de antimicrobianos endovenosos apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos. Houve uma diminuição do tempo de hospitalização (24 vs 14 dias, p<0,01) e da duração da terapia antimicrobiana endovenosa ( 8 vs 5 dias, p<0,01) do grupo intervenção em relação ao grupo controle, respectivamente. No grupo intervenção, houve um aumento significativo de pacientes que tiveram a conversão EV-VO realizada antes de 8 dias de tratamento (diferença de 35,2%, p<0,01). A regressão logística mostrou que as subespecialidades clínicas médicas e o foco de infecção óssea apresentaram efeitos negativos sobre a conversão precoce. Não houve diferença estatística na avaliação da mortalidade, reinício da terapia endovenosa e reinternação após 30 dias. O custo evitado com a conversão precoce foi substancialmente notável, aumentando de 1.779,51 reais (25% de todas as conversões realizadas) no grupo controle para 3.667,01 reais (83,6%) no grupo intervenção. Assim, a conversão da via endovenosa para oral pode ser considerada efetiva, trazendo desfechos favoráveis aos pacientes, principalmente em relação à desospitalização e potenciais benefícios farmacoeconômicos para as instituições hospitalares.
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VERÔNICA LORRÂNNY LIMA ARAÚJO
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Avaliação da atividade antidiabética da diosgenina lipossomal em modelo animal
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Orientador : HERCILIA MARIA LINS ROLIM
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Data: 22/03/2024
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A pesquisa da Diosgenina no tratamento do diabetes e suas complicações têm sido amplamente divulgado. Por conseguinte, a presente dissertação apresentou como finalidade o preparo de uma formulação farmacêutica lipossomal contendo Diosgenina, assim como, investigar a atividade farmacológica antidiabética em modelos animais de diabetes induzido. O primeiro capítulo tem por objetivo realizar uma revisão sistemática e tecnológica sobre a Diosgenina, suas propriedades e aplicações farmacêuticas, as conjunturas atuais e perspectivas da sua utilização no diabetes mellitus e complicações. Bases periódicas como ScienceDirect, EBSCOhost, PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde, foram utilizados, bem como as bases tecnológicas do Escritório Europeu de Patentes, Organização Mundial de Propriedade Intelectual, no Escritório Americano de Patentes e Marcas Registradas e no banco de dados Brasileiro Instituto Nacional de Propriedade Industrial. Os descritores Diosgenina, Diabetes, Hiperglicemia, Nanossistemas, Nanocarreadores, Nanopartículas, Lipossomas nas línguas inglesa e Portuguesa foram pesquisados no período de janeiro de 2012 a março de 2023 e patentes do período de abrangência de cada base a julho de 2023.A partir dos estudos analisados a Diosgenina apresenta-se como uma molécula promissora para aplicação no tratamento e prevenção do diabetes. O segundo capítulo apresentou como objetivo de avaliar sua atividade antidiabética em modelo experimental de diabetes induzido. Fui preparado e caracterizado a diosgenina nanoestruturada em lipossomas em que obteve-se vesiculas lipossomais do tipo SUV contendo Diosgenina 5mg/ml com diametro de partícula de 272,4 nm, índice de polidispersão 0,46, potencial zeta +37,1 mV e pH 7,7. Deste modo, a DL é adequada para a realização de testes in vivo. A Diosgenina lipossomal reverteu a hiperglicemia em zebrafish adulto em todas as dosagens testadas, sendo que a concentração de 40 mg/Kg apresentou melhor resultado do que o controle com metformina. Esses resultados ressaltam a ação farmacológica da Diosgenina encapsulada como agente hipoglicemiante.
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MIRIAN LIMA DOS SANTOS
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Estudo de fotoestabilidade de formulações de Cannabis sp. para fins medicinais.
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Orientador : LIVIO CESAR CUNHA NUNES
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Data: 18/03/2024
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Assegurar a estabilidade de produtos farmacêuticos é crucial para garantir que eles mantenham sua qualidade ao longo do tempo. Isso envolve a realização de testes para avaliar como a eficácia de um medicamento pode ser afetada por fatores internos e externos. No caso da Cannabis, os canabinoides, os principais compostos ativos, são suscetíveis à degradação, o que pode resultar na redução de sua concentração na amostra, comprometendo o potencial terapêutico da planta. Essa degradação está diretamente relacionada à estabilidade do produto. Portanto, os testes de estabilidade são de fundamental importância no desenvolvimento de qualquer formulação, especialmente no caso de medicamentos à base de Cannabis. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar a fotoestabilidade de um extrato full spectrum de Cannabis, que é utilizado para fins medicinais, quantificando os canabinoides por meio de Cromatografia de Camada Delgada. Foram analisadas amostras em diferentes condições de exposição à luz, mostrando variações significativas nos níveis de CBD e THC. Observou-se que a exposição à luz aumentou inicialmente os níveis de canabinóides, porém, após um período de exposição, houve uma redução significativa desses compostos. Além disso, o estudo também abordou a influência da luz sobre os terpenos, destacando sua instabilidade e a importância de condições adequadas de armazenamento para preservar a qualidade dos produtos à base de Cannabis. Os resultados destacam a sensibilidade dos canabinóides à fotoestabilidade e ressaltam a importância do controle rigoroso das condições ambientais durante o processamento e armazenamento de produtos de Cannabis. Medidas de proteção, como embalagens fotoprotetoras, são fundamentais para garantir a estabilidade e a
eficácia terapêutica desses produtos. Essas descobertas têm implicações significativas para a produção e o uso seguro de medicamentos à base de Cannabis, enfatizando a necessidade de uma abordagem cuidadosa e baseada em evidências para maximizar os benefícios terapêuticos desses compostos.
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CAMILA FORTES CASTELO BRANCO MAGALHÃES
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DESENVOLVIMENTO DE NANOEMULGEL Á BASE ÁCIDO GÁLICO E ÁCIDO ELÁGICO COMO NOVA ESTRATÉGIA PARA O TRATAMENTO DE HIPERCROMIAS
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Orientador : ANDRE LUIS MENEZES CARVALHO
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Data: 14/03/2024
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O melasma é uma condição de hiperpigmentação crônica que afeta a pele, principalmente em regiões expostas ao sol. O tratamento eficaz para melasma ainda representa um desafio devido às limitações das terapias convencionais. Neste contexto, esta pesquisa teve como objetivo desenvolver um nanoemulgel contendo ácido gálico (AG) e ácido elágico (AE), veiculados em óleo de pracaxi, para o tratamento do melasma. Inicialmente, um planejamento fatorial de dois níveis foi realizado para o desenvolvimento da emulsão submicron (ES) otimizada, a base para veicular os ativos, seguido da adição do agente gelificante para formar o nanoemulgel. A formulação otimizada foi submetida a testes de caracterização onde foram avaliados parâmetros como tamanho das partículas, o índice de polidispersão (IPD), potencial zeta (PZ), potencial hidrogeniônico (pH), condutividade, espalhabilidade e teor de ativos. Esses mesmos parâmetros também foram avaliados após ser submetido a estudos de estabilidade. A validação do método para quantificação dos ativos na formulação final foi conduzida. Além disso, foram realizados testes para avaliar o potencial irritante pelo método HET-CAM, estudos para avaliar a atividade antioxidante e perfil de liberação da formulação. O desenvolvimento da ES otimizada foi bem-sucedido, seguido da formação do nanoemulgel. A formulação final submetida aos testes de caracterização apresentou o tamanho de partícula de aproximadamente 200nm, IPD mínimo de 0,2, pH, condutividade, espalhabilidade, teor e características organolépticas dentro dos parâmetros adequados. Além de ter apresentado boa estabilidade após ser submetido ao estresse térmico. AG e AE puderam ser quantificados com precisão na formulação, e o método de quantificação foi validado para esta formulação. Apresentou também boa atividade antioxidante e baixo potencial irritante. O perfil de liberação para o nanoemulgel também foi avaliado, apresentando um padrão de liberação sustentada. Em suma, formulação desenvolvida demonstrou grande potencial para aplicações e testes futuros, com um poder antioxidante significativo, baixa potencial irritante e boa estabilidade demonstrando ser uma formulação segura e estável para administração tópica.
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GIOVANNA CARVALHO SOUSA SILVA
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ANÁLISE COMPARATIVA DAS PROPRIDADES FISICO-QUÍMICAS, REOLÓGICAS E BIOLÓGICAS DE SPIRULINAS COMERCIALIZADAS EM TERESINA, PI
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Orientador : LIVIO CESAR CUNHA NUNES
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Data: 13/03/2024
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A Spirulina (Arthrospira platensis) é amplamente reconhecida por seu potencial nutricional devido à notável riqueza em proteínas, vitaminas, minerais e antioxidantes. Ela desempenha um papel fundamental na nutrição humana, fornecendo uma variedade de nutrientes essenciais e compostos bioativos. Nesse contexto, o objetivo deste estudo é caracterizar de forma comparativa amostras de Spirulina disponíveis comercialmente em Teresina, Piauí, visando investigar os parâmetros de qualidade, composição nutricional e potenciais benefícios para a saúde. Inicialmente, foi realizada uma prospecção científico-tecnológica em bancos de dados para analisar as aplicações e propriedades funcionais da Spirulina. Em seguida, foi realizado o mapeamento e a seleção de amostras de Spirulina comerciais existentes no mercado Teresinense. Análises laboratoriais foram realizadas para determinar os teores de proteínas, minerais, teor de umidade e potencial hidrogeniônico, bem como a análise fitoquímica preliminar (alcaloides, ácidos orgânicos, açúcar redutor, saponinas, proteínas, aminoácidos, fenóis, taninos e flavonoides), avaliação microscópica do pó, análise das propriedades reológicas (granulometria, densidade compactada e aparente e propriedade de fluxo), análise termogravimétrica (DTG, DSC e TG), análise de metais pesados (chumbo, estanho e mercúrio) e atividade antimicrobiana. A Spirulina é reconhecida por sua alta concentração proteica, superando fontes animais. Na prospecção científica, evidenciou-se o potencial antioxidante, anti-inflamatório, imunomodulador e benéfico para a saúde cardiovascular. Em relação às patentes e prospecção tecnológica, a Spirulina vem sendo amplamente associada à indústria alimentícia e de produtos naturais, enriquecendo desde balas e bolachas até massas frescas e produtos cosméticos, oferecendo benefícios nutricionais e potencializando suas propriedades. Os resultados das análises laboratoriais revelaram variações significativas nas propriedades nutricionais entre as diferentes marcas de Spirulina selecionadas, bem como diferenças nos teores de proteínas, vitaminas e minerais. A análise organoléptica mostrou que a Spirulina é um pó verde-azulado com odor característico de algas marinhas. A análise microscópica revelou uma estrutura multicelular filamentosa, enquanto a granulometria indicou partículas muito finas. As propriedades de fluxo foram excelentes para a maioria das amostras. A triagem fitoquímica mostrou a presença de ácidos orgânicos, açúcares redutores, saponinas, proteínas, aminoácidos e taninos. A atividade antimicrobiana não foi observada. Este estudo destaca a promissora versatilidade da Spirulina como recurso alimentar e tecnológico. A análise abrangente ressalta seu potencial para alimentos saudáveis. A Spirulina, reconhecida por sua coloração verde e odor característico, apresenta propriedades antioxidantes e bioativas, sugerindo benefícios significativos para a saúde.
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TALISSA BRENDA DE CASTRO LOPES
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OBTENÇÃO, CARACTERIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE FORMULAÇÕES FARMACÊUTICAS A PARTIR DE BIOPOLÍMERO VEGETAL OBTIDO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS
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Orientador : MARCILIA PINHEIRO DA COSTA
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Data: 12/03/2024
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Biopolímeros são macromoléculas que apresentam ampla aplicabilidade devido à sua biocompatibilidade, biodegradabilidade, potenciais atividades biológicas e propriedades tecnológicas. O presente trabalho buscou-se extrair e caracterizar o biopolímero obtido de resíduos industriais do maracujá (PolRMar) e direcioná-lo para aplicações no desenvolvimento de formulações farmacêuticas nanoestruturadas e cosméticas no tratamento da rosácea, utilizando o fármaco metronidazol. O PolRMar foi caracterizado quanto aos aspectos visuais, pH, condutividade, composição de monossacarídeos, propriedades tecnológicas, propriedades físico-químicas, citocompatibilidade, hemocompatibilidade, atividade antioxidante e antibacteriana. Em seguida, foram desenvolvidas seis formulações, com proporções diferentes de concentração para o PolRMar, e avaliadas quanto aos aspectos visuais, pH, potencial zeta, tamanho de partícula e índice de polidispersão. Após as análises escolheu-se uma formulação para prosseguir com os testes. Em seguida, foi realizada a validação de método analítico para o fármaco metronidazol e posteriormente realizou-se o teste de eficiência de encapsulação. Os resultados obtidos demonstraram que o PolRMar é um heteropolissacarídeo aniônico, rico em ácidos urônicos, resíduos de Xilose e Manose, que apresenta adequada termoestabilidade, excelentes propriedades tecnológicas e atividade antioxidante. Ainda foi possível verificar que o biopolímero apresenta citocompatibilidade, hemocompatibilidade e atividade antibacteriana frente a cepas de Staphylococcus aureus e Escherichia Coli. Para as formulações obtidas, os resultados apontaram que foi possível desenvolver nanossistemas com o PolRMar, que apresentaram características favoráveis. Reitera-se ainda a necessidade de outras avaliações e ajustes, para complementar os resultados já obtidos. A respeito do2 biopolímero, suas características únicas, somadas ao apelo atual da abordagem ecofriendly na obtenção de novos materiais, tornam este biomaterial uma alternativa promissora para o desenvolvimento de sistemas especiais para liberação controlada de substâncias ativas.
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LEANDRO DE SOUSA DIAS
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MODULAÇÃO DA RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS EM LINHAGENS DE Staphylococcus aureus PRODUTORAS DE BOMBAS DE EFLUXO POR UMA HIDROXI-CHALCONA SINTÉTICA
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Orientador : HUMBERTO MEDEIROS BARRETO
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Data: 11/03/2024
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O aumento na prevalência de infecções causadas por bactérias resistentes tem motivado o desenvolvimento de pesquisas visando a identificação de novos compostos capazes de inibir os mecanismos de resistência bacteriana e proporcionar o resgate do potencial terapêutico dos antibacterianos existentes. As chalconas são compostos fenólicos com grande potencial farmacológico, com diversas atividades biológicas já demonstradas, tais como: anti-inflamatória, antimicrobiana, antioxidante, anticâncer e citotóxica. Este trabalho teve como objetivos avaliar a atividade antimicrobiana da hidroxi-chalcona (E)-3-(4-(dimetilamino)fenil)-1-(2-hidroxifenil) prop-2-en-1-ona (HC-DMAF) contra diferentes linhagens microbianas, bem como investigar o seu efeito modulador da resistência aos antimicrobianos frente a linhagens de Staphylococcus aureus produtoras de bombas de efluxo. Também foram realizadas análises in silico de ancoragem molecular visando investigar possíveis interações da HC- DMAF com os sistemas de efluxo de S. aureus. As análises microbiológicas in vitro foram feitas por meio da técnica em microdiluição em caldo. A HC-DMAF foi testada isoladamente e em combinação com diferentes agentes antibacterianos de uso convencional. A HC-DMAF não apresentou atividade antimicrobiana intrínseca relevante contra as linhagens Staphylococcus aureus ATCC 25923, Escherichia coli ATCC 25922 e Candida albicans ATCC 10231. No entanto, concentrações subinibitórias da HC-DMAF potencializaram a ação da eritromicina contra S. aureus RN-4220 (msrA), reduzindo os valores de CIM de 32 para 2 μg/mL. No caso da linhagem S. aureus IS-58 (tetK), os valores de CIM obtidos para a tetraciclina foram reduzidos de 128 para 32 μg/mL. A HC-DMAF também foi capaz potencializar a ação do brometo de etídio contra as linhagens S. aureus K4414 (qacA/B) e S. aureus K4100 (qacC), reduzindo os valores de CIM deste antimicrobiano de 256 para 2 μg/mL e de 128 para 0,5 μg/mL, respectivamente. No caso da linhagem S. aureus K2068 (mepA), o valor de CIM obtidos para a norfloxacina foi reduzido de 8 para 1 μg/mL. As análises de ancoragem molecular evidenciaram a ocorrência de interações moleculares entre a HC-DMAF e diferentes resíduos de aminoácidos presentes nas bombas de efluxo estudadas, corroborando a hipótese de que a HC-DMAF poderia ser um inibidor de diferentes bombas de efluxo de S. aureus. Os resultados deste estudo poderão contribuir para o desenvolvimento de um adjuvante estratégico capaz de potencializar a ação dos antibacterianos eritromicina, tetraciclina e norfloxacina, no tratamento de infecções causadas por linhagens de S. aureus produtoras de MsrA, TetK e MepA, respectivamente. Este composto também poderia ser utilizado em combinação com agentes biocidas, tais como os compostos quaternários de amônio e clorexidina, potencializando a sua contra linhagens de S. aureus produtoras de QacA/B e QacC, prevenindo a disseminação destes patógenos resistentes no ambiente hospitalar.
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BRENDA LOIS BARROS DOS SANTOS
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EXERCÍCIO FÍSICO MODULA A MOTILIDADE GASTRINTESTINAL E O EQUILÍBRIO AUTONÔMICO EM RATOS COM ILEÍTE PÓS-INFLAMATÓRIA
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Orientador : MOISES TOLENTINO BENTO DA SILVA
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Data: 11/03/2024
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A doença de Crohn (DC) é uma doença inflamatório intestinal (DII) que acomete grande parcela da população mundial e que, dentre as causas estão o desbalanço neuroimune, inflamatório, hormonal bem como autonômicos. O exercício físico tem sido considerado uma estratégia benéfica no controle da sintomatologia das DII. Entretanto, ainda não se sabe como o exercício físico pode modular as alterações autonômicas em situações de doenças gastrintestinais. Esse estudo visou investigar os efeitos do exercício físico, sobre as alterações gastrintestinais, parâmetros alimentares e autonômicos em ratos com ileíte. Ratos machos Wistar, (260-300g), foram divididos em controle; ileíte e exercício+ileíte. O grupo controle recebeu 1mL de solução salina 9% intraileal, grupo ileíte foi administrado ácido 2,4,6- trinitrobenzenosulfónico (TNBS) (40mM, 1mL) intraileal, grupo exercício+ileíte realizou natação (1h/dia/4 semanas, 5% do peso corporal) após as 4 semanas foi induzida a ileíte. No delta peso o grupo controle apresentou maior ganho (P<0.05) quando comparado ao grupo ileíte, assim como o grupo exercício+ileíte quando comparado a ileíte. Na composição corporal foi possível observar um aumento significativo na água total no grupo ileíte o que foi prevenido pelo exercício. Nos parâmetros gastrintestinais a ileíte causou uma maior retenção no duodeno e jejuno (P<0.05) e diminuição significativa na retenção intestinal no íleo(P<0.05) quando comparado ao grupo controle. No grupo treinando houve uma diminuição (P<0.05) na retenção gástrica, retenção intestinal no duodeno no jejuno e aumento de retenção no íleo. No eletrocardiograma (ECG) o exercício+ileíte diminuiu (P<0.05) a frequência cardíaca (FC) quando comprado ao grupo ileíte. Nos parâmetros de variabilidade da frequência cardíaca (VFC) o componente LF diminuiu significativamente (P<0.05) no grupo exercício+ileíte quando comparado ao grupo ileíte. A relação LF/HF mostrou que os grupos ileíte e exercício+ileíte apresentaram uma redução significativa (P<0.05) em comparação ao controle. Em termos de correlação linear, observamos uma inter-relação mais forte entre o componente LF e a retenção intestinal no íleo. Este estudo sugere que a ileíte pós-inflamatória altera a motilidade gastrintestinal e o equilíbrio autonômico, e o exercício pode representar uma importante abordagem não farmacológica em situações de DII.
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