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VALDELÂNIA GOMES DA SILVA
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ATIVIDADE ANTIDIARREICA DO EXTRATO ETANÓLICO E DA FORMULAÇÃO DE REHIDRATAÇÃO ORAL DAS FOLHAS DE Terminalia fagifolia MART. & ZUCC EM CAMUNDONGO
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Advisor : JAND VENES ROLIM MEDEIROS
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Data: Dec 17, 2019
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Considerada um grave problema de saúde pública, a diarreia, é avaliada como a segunda causa de óbitos em crianças, representando em torno de 1,5 milhões de mortes/ano em menores de cinco anos. Diante disso e com base na ampla utilização da casca de Terminalia fagifolia Mart. & Zucc. (Combretaceae) na medicina popular do Piauí para o alívio e tratamento de distúrbios do sistema gastrintestinal, como diarreias, gastrites e úlceras gástricas. O objetivo do presente estudo foi avaliar a toxicidade e atividade antidiarreica in vivo do extrato etanólico (Tf-EtOHf) e Tf-Chá obtido das folhas de Terminalia fagifolia em camundongos bem como os possíveis mecanismos envolvidos. Inicialmente, avaliou-se a toxicidade aguda (dose única de 2000 mg/kg) e a caracterização química do extrato. Em seguida, a atividade antidiarreica do Tf-EtOHf no modelo de diarreia aguda e enteropooling induzido por óleo de rícino em camundongos Swiss, que foram pré-tratados com Tf-EtOHf (31,25, 62,5, 125 e 250 mg/kg, v.o ) e depois de 1 h receberam óleo de rícino (10 mL/kg, v.o.). Para avaliar o trânsito gastrintestinal, os camundongos receberam óleo de rícino e 1 h depois foram tratados com Tf-EtOHf (62,5mg/kg, v.o.) melhor resposta obtida no teste de enteropooling. Após 1 h, os animais receberam 0,20 mL de carvão ativado por via oral, e 20 min depois foram eutanasiados e a distância percorrida pelo carvão ativado no intestino foi mensurada. A participação opióide, muscarínica e/ou adrenérgica no trânsito gastrintestinal foi também investigada usando naloxona (2 mg/kg, s.c.; antagonista opióide), betanecol (3 mg/kg, i.p.; agonista muscarínico) e clonidina (0.1 mg/kg, i.p.; agonista adrenérgico, respectivamente). Na diarreia inflamatória, os animais foram pré-tratados com Tf-EtOHf (62,5 mg/kg, v.o.) e a diarreia foi induzida por PGE2 (100 μg/kg, v.o.). Após 30 minutos os animais foram eutanasiados e o volume do conteúdo intestinal foi mensurado. Além disso, o efeito do Tf-EtOHf (62,5 mg/kg, v.o.) na diarreia secretora foi investigado utilizando o modelo de secreção de fluido em alças intestinais isoladas de camundongos vivos tratados com toxina da cólera. O Tf-EtOHf foi avaliado quanto à sua capacidade na absorção de fluidos em alças intestinais isoladas e interação com receptores GM1. As doses testadas (31,25, 62,5, 125 e 250 mg/kg) apresentaram efeito antidiarreico significativo (p<0,05) no protocolo de enteropooling (57,75%; 66,26%; 52,58%; 96,96%; 96,65%, respectivamente). Sendo que a dose de 62,5 mg/kg do extrato etanólico exibiu o melhor resultado, sendo adotada como dose padrão para os testes seguintes. O Tf-EtOHf apresentou baixa toxicidade, pois não provocou a morte de 50% dos animais de ambos os sexos e não houve alterações significativas em relação ao peso corporal e análise dos órgãos de ambos os sexos quando comparado ao grupo controle. Tendo tido apenas alterações no consumo de alimentos e água quando comparado ao grupo controle. Em se tratando do trânsito gastrintestinal não houve redução a partir de mecanismos opióides e anticolinérgicos, mas sim por mecanismo adrenérgico e exerceu ação no modelo de diarreia induzida por PGE2. Também foi capaz de reduzir a geração de fluidos e perdas de íons Cl- , ao interagir diretamente com os receptores GM1. Assim, comprova-se a atividade antidiarreica do extrato etanólico por meio da redução da motilidade gastrintestinal na diarreia aguda através da ação adrenérgica, na diarreia induzida por PGE2 e na diarreia induzida pela toxina da cólera, tornando-o um forte candidato a constituinte de uma formulação para tratamento de doenças diarreicas.
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CRISTIANY MARINHO ARAÚJO
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Síntese Verde de Nanocompósitos de Palygorskita/Nanopartículas de Prata/Goma de Cajueiro (Pal/AgNPs/GC) para uso como agente antibacteriano com vistas a aplicações biotecnológicas
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Advisor : CARLA EIRAS
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Data: Dec 10, 2019
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A busca por novos materiais nanoestruturados com atividade antimicrobiana e, que surjam como alternativa em aplicações biotecnológicas tem sido destaque na atualidade. Tal fato deve-se ao aumento nos últimos anos de cepas bacterianas cada vez mais resistentes a agentes antibacterianos e antibióticos convencionais. Dentro deste contexto, o emprego de recursos naturais no desenvolvimento destes materiais nanoestruturados torna-se interessante por se tratar de uma oportunidade para agregar valor a um produto regional, abundante, de baixo custo e ainda pouco explorado comercialmente, como é o caso da argila Palygorskita (Pal). Dessa forma, o objetivo dessa pesquisa foi o desenvolvimento de um nanocompósito utilizando a palygorskita (Pal) e nanopartículas de prata (AgNPs) para aplicações como agente antibacteriano. As AgNPs foram sintetizadas via síntese verde, utilizando o sal precursor nitrato de prata (AgNO3) e polissacarídeos naturais exsudados da goma de cajueiro (Anacardium ocidentalle L.). E foram caracterizadas pelas técnicas de Espectroscopia na Região do Ultravioleta-visível (UV-vis), Espalhamento Dinâmico de Luz (DLS), Potencial zeta e Microscopia Eletrônica de Transmissão (TEM), confirmando a formação com sucesso das AgNPs de formato esférico e seu revestimento com a goma de cajueiro (GC). A Pal passou por tratamentos físicos e químicos para a remoção de impurezas e matéria orgânica. A Pal e o nanocompósito de Pal/AgNPs/GC foram caracterizados por Difração de Raios – X (DRX), Área superficial (SBET), Análises Térmicas, Espectroscopia de Absorção no Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Espectroscopia de Energia Dispersiva (EDS) e Microscopia Eletrônica de Transmissão (TEM). Tais técnicas comprovaram a redução de impurezas na palygorskita, como também a formação do nanocompósito de Pal/AgNPs/GC. Foi avaliada também a atividade antibacteriana da Pal, das AgNPs e do nanocompósito de Pal/AgNPs/GC pelo método de contato direto contra cepas de Staphylococcus aureus (Gram-positiva) e Escherichia coli (Gram-negativa). Tais resultados mostraram que o nanocompósito obtido apresentou os maiores efeitos de inibição tanto para as bactérias de S. aureus (85,3%), quanto para as bactérias de E. coli (70,2%). O nanocompósito de Pal/AgNPs/GC também não apresentou toxicidade frente à Artemia salina. Desse modo, os nanocompósitos de Pal/AgNPs/GC são considerados promissores com grande potencial de aplicação como agente antibacteriano. No sentido de analisar a originalidade do trabalho, também foi realizada uma pesquisa de prospecção científica e tecnológica nas bases científicas da Web of Science, Scopus e Scielo, bem como, nos bancos de patentes do Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI, Escritório Europeu de Patentes – Espacenet e Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos – USPTO, demonstrando que o nanocompósito de Pal/AgNPs/GC obtidos via síntese verde, utilizando a goma do cajueiro para aplicação como agente antibacteriano é algo inovador, visto que não foi encontrado nenhum relato na literatura com abordagem semelhante.
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CONSTANTINO AUGUSTO DIAS NETO
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DISPOSITIVO MÓVEL E SOFTWARE PARA AUTOMAÇÃO DE MEDIDAS CORPORAIS EM OVINOS E CAPRINOS
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Advisor : MARIA ACELINA MARTINS DE CARVALHO
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Data: Dec 10, 2019
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A ovino e a caprinocultura representam atividades de extrema relevância na agropecuária nacional, uma alternativa, para as regiões áridas e semiáridas, pela adaptação às condições adversas. Apresentam grande importância cultural, social e econômica, permitindo o desenvolvimento regional, como fonte de renda para a população. Os criadores necessitam que seus rebanhos tenham um bom crescimento, desempenho de produção para atender, a médio e longo prazo, as demandas do mercado, ampliando a produtividade. Com isso, é de fundamental importância o processo de medição, visto que são caracterísicas herdáveis, sendo relevante a análise desses aspectos, os quais refletem na produção de carne e desenvolvimento corporal. Entretanto, os criadores ainda realizam essas medidas corporais nos animais, principalmente, por métodos manuais. Dessa forma, existe uma demanda crescente para o uso de inovações tecnológicas que proporcionem o monitoramento do crescimento de ovinos e caprinos. Os dispositivos e softwares aplicados à pecuária são fundamentais e necessários, pois permitem um processo automatizado, eficiente e rápido. Este trabalho tem por objetivo, desenvolver um dispositivo computacional para automação de medidas corporais em ovinos e caprinos, por meio do software, obtendo-se as mensurações e armazenando-as em banco de dados, possibilitando o acompanhamento do histórico das medidas do animal. Para o desenvolvimento da solução proposta foi utilizado hardware e software, com a finalidade de automatizar a realização de atividade humana, por meio da captura, processamento e armazenamento de informações. Para a construção do dispositivo foi usada a tecnologia Arduino e sensores, e o software em RubyOnRails utilizando-se o banco de dados SQLite. A coleta dos dados, fase importante no processo de automatização das medidas corporais altura de cernelha, altura da garupa, perímetro torácico, comprimento do animal, profundidade e peso foi realizada, ao mesmo tempo, por meio do dispositivo computacional e dos equipamentos manuais, de forma comparada. Desse modo, foram verificados os erros relativos médios de 7,4 % para altura de cernelha, 7,6 % para altura de garupa, 7,2 % para perímetro torácico, 6,4 % para comprimento de corpo, 13,4 % para o peso e 10,7 % para a profundidade apresentando-se, a média e o desvio padrão das medições automáticas próximas à medições manuais. Conclui-se que as medições corporais realizadas de forma automatizada, permitem maior agilidade nas mensurações, em relação às medidas tradicionis, que exigem muito trabalho com o animal em postura correta de medição e demanda tempo. O dispositivo e o software desenvolvido são de fácil manuseio, e se constituem uma ferramenta computacional de alta aplicabilidade social, por facilitar o acesso dos produtores.
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LUIZ GONZAGA ALVES DOS SANTOS FILHO
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Produtos naturais com potencial uso na carcinicultura e seus efeitos na imunoestimulação de Litopenaeus vannamei (BOONE, 1931)
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Data: Dec 5, 2019
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Diante do atual quadro sanitário vivenciado na cadeia produtiva do camarão Litopenaeus vannamei a estimulação da imunidade e melhoria da resistência a doenças tornou-se primordial para o crescimento sustentável da indústria carcinícola. Portanto, objetivou-se com o presente estudo indicar um imunoestimulante natural derivado de plantas com capacidade de melhorar a resistência de L. vannamei contra infecção do vírus da síndrome da mancha branca (WSSV). Foram realizados estudos prévios de caracterização química, atividade antibacteriana, atividade antioxidante, e toxicidade aguda em náuplios de Artemia salina, foram realizados com os óleos essenciais (OEs) de Achyrocline satureioides, Alpinia zerumbet, Cymbopogon citratus, C. winterianus, Lippia alba, L. origanoides, Mesosphaerum suaveolens, Ocimum gratissimum, O. basilicum, Pilocarpus microphyllus, Psidium guajava, Varronia curassavica, Allium sativum, Citrus limon, Salvia officinalis e Thymus vulgaris. Também foram utilizados os extratos etanólicos (EEs) das plantas Spondias mombin, Myracrodruon urundeuva e Punica granatum. Com base nos resultados preliminares, avaliou-se o efeito da suplementação dietética dos extratos etanólicos de Myracrodruon urundeuva e Punica granatum (EEMP) na modulação de genes imunorelacionados e na sobrevivência de L. vannamei contra infecção causada por WSSV. Todos os OEs e EEs apresentaram importante atividade antibacteriana contra Vibrio parahaemolyticus. Na mistura dos EEs de Punica granatum e Myracrodruon urundeuva (1:3) foi observado o melhor resultado de concentração bactericida mínima (0,078 mg.mL-1 ). Os EEs apresentaram os maiores valores de atividade antioxidante, destacando-se a aroeira (IC50 = 18,22 ± 0,39 µg.mL-1 ). Os EEs não apresentaram atividade tóxica (CL50 > 1000 µg.mL-1 ) em náuplios de A. salina, enquanto os OEs foram considerados tóxicos. A suplementação dietética de EEMP na dose de 1g.kg-1 promoveu aumento da atividade antibacteriana da hemolinfa dos camarões e da contagem total de hemócitos, além de modular importantes genes relacionados ao sistema imune de L. vannamei (Litvan ALF-A, Litvan ALF-C, LvIMD, LvDcr1, LvAgo1, LvproPO2, LvPPAE2, Lvα2M-2 e LvCAT). O aumento da concentração de EEMP não ocasionou efeito dose-resposta. A sobrevivência dos animais alimentados com EEMP 1g.kg-1 foi significativamente maior que a dos animais do grupo controle após cinco dias de infecção. Em conclusão, sugere-se que o EEMP promove estimulação da imunidade inata e melhoria da resistência contra infecção causada por WSSV em L. vannamei.
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MÁRCIO EDIVANDRO PEREIRA DOS SANTOS
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AVALIAÇÃO CITOTÓXICA EM CÉLULAS A7r5 E ANTI-HIPERTENSIVA EM RATOS SHR INDUZIDO PELA 6-METIL-5-HEPTEN-2-ONA (SULCATONA)
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Advisor : ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
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Data: Nov 26, 2019
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A pressão arterial elevada (PA), comumente chamada de hipertensão, é um importante problema de saúde mundial. Hipertensão tem sido definida como pressão arterial sistólica (PAS) de pelo menos 140 mmHg ou pressão arterial diastólica (PAD) de pelo menos 90 mmHg. O uso de drogas anti-hipertensivas busca reduzir derrames, infartos do miocárdio e insuficiência cardíaca. Dessa forma, o objetivo deste estudo é avaliar a biomolécula Sulcatona (6-metil-5-hepten-2-ona) caracterizando seu potencial citotóxico em células A7r5 e ação anti-hipertensiva em animais SHR e WKY. A Sulcatona é encontrada em frutas cítricas, está presente no óleo de citronela e é um ingrediente aromatizante pertence à classe dos hemiterpenos e também é considerada um ferormônio de insetos. Os testes de citotoxicidade foram realizados em células A7r5 (BCRJ 0034), utilizando o teste de viabilidade celular MTT nos tempos de 24, 48 e 72 horas de incubação. Os resultados demonstram que nos testes de citotoxicidade a Sulcatona não promoveu morte celular nas concentrações de 10- 10 a 10-3 M, somente na maior concentração de 10-2 M demostrou caráter citotóxico, podendo ressaltar que nas outras concentrações analisadas a Sulcatona aumentou a viabilidade celular, podendo sugerir que ela possui ação citoprotetora sobre as células dos músculo liso vascular. Nos experimentos da atividade anti-hipertensiva utilizaramse ratos Wistar kyoto (WKY) e espontaneamente hipertensos (SHR) (CEUA/UFPI - 275/16 e CEUA/USP – 338/2018) Os valores basais de pressão arterial média (PAM) de frequência cardíaca (FC) dos animais foram (WKY: PAM: 104,5±2,26; FC:302,6±11,89: e SHR: PAM: 161,9±4,0; FC:332,4±11,09 respectivamente). A administração venosa de Sulcatona induziu uma acentuada hipotensão; -14,72±0,89; mmHg seguida de uma resposta taquicardica nas doses (12,5 e 25 mg/kg) e uma bradicardia na dose (50mg/kg) em ambos os modelos (WKY: 18,55±1,62; - 29,68±1,18; -52,45±1,18 mmHg e SHR: (-14,72±0,89; -20,44±1,09; -39,59±2,31 mmHg), efeitos estes que duraram cerca de 10–15 s. Após os bloqueios farmacológicos esses efeitos foram mais acentuados como o bloqueio com atropina que atenuou a queda da PAM e praticamente aboliu a queda da FC de animais WKY e SHR em todas as doses. A Sulcatona na dose de 50 mg/kg atenuou a hipotensão e reverteu a bradicardia após bloqueio com ioimbina. E após o bloqueio com L-Name os animais WKY tiveram uma redução na PAM nas doses de 25 e 50 mg/kg e a FC foi revertida na maior dose. A Sulcatona na forma livre (100 mg/kg, v.o.) não foi capaz de diminuir a pressão arterial de animais SHR porém o complexo Sulcatona/b-CD na dose de (200 mg/kg, v.o) reduziu a pressão arterial a partir de 2 horas após administração com tempo de ação de 3 horas quando comparado com o controle. . Dessa forma podemos concluir que, a Sulcatona possui ação anti-hipertensiva envolvendo a participação dos receptores muscarínicos, a2-adrenérgicos e na produção de NO em modelos de animais WKY e SHR levando a queda da pressão arterial e o complexo Sulcatona/β-CD melhorou de forma significativa o efeito antihipertensivo em modelos de animais SHR, demonstrado assim a eficácia da β-CD em melhorar a solubilidade da substância testada. Com relação a atividade da Sulcatona sobre os receptores de adenosina A2A em células A7r5 verificamos a presença deste receptor nessas células através da técnica de rt-qPCR. Para averiguar a ação da Sulcatona sobre os receptores A2A e a enzima CYP1B1, utilizamos o In-Cell Western Blotting na qual verificamos que a sulcatona aumentou a expressão desse receptor de forma dependente de concentração (10-6 a 10-3 M), porém a Sulcatona não foi capaz de alterar a expressão da enzima CYP1B1 no estado basal. Assim os resultados obtidos demonstram que verificamos a presença dos receptores de adenosina A2A em células de músculo liso vascular (A7r5), bem como, a sulcatona age diretamente ou modulando os receptores de adenosina A2A em células de músculo liso vascular (A7r5) em todas concentrações que foram utilizadas (10-6 a 10-3 M) e no estado a basal a sulcatona foi capaz de atenuar a expressão da enzima CYP1B1 na concentração de 10-5 M.
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ALESSANDRA MARIA BRAGA RIBEIRO
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PERFIL QUÍMICO, TOXICIDADE, EFEITO ANTI-HIPERTENSIVO E ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DAS PARTES AÉREAS DE Phyllanthus amarus Schumach. & Thonn. (QUEBRA-PEDRA) ASSOCIADAS AO CLORETO DE MAGNÉSIO
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Advisor : ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
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Data: Nov 20, 2019
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Show resume
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A espécie Phyllanthus amarus, popularmente conhecida como quebra-pedra, tem sido pesquisada devido aos benefícios encontrados em substâncias bioativas presentes nesta espécie, como atividade antioxidante, anti-hiperglicêmica, hepatoprotetora, cardioprotetora e antimicrobiana. O magnésio desempenha importantes funções intracelulares, além de regular o tônus vascular e a função endotelial. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o perfil químico, citotoxicidade, toxicidade aguda, atividade hipotensora, anti-hipertensiva e antimicrobiana do extrato etanólico obtido das partes aéreas de Phyllanthus amarus (PAE), cloreto de magnésio (MgCl2) ou de um composto formado a partir de PAE e MgCl2, na forma de extrato (PAE+MgCl2) ou Chá (PAE+MgCl2 3%). O perfil químico do PAE foi analisado por cromatografia gasosa com espectrometria de massas. No estudo de toxicidade aguda os ratos foram tratados com dose oral única de 2000 mg/kg/animal e a citotoxicidade foi avaliada pelo teste do brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-zil)-2-5-difeniltetrazolio (MTT). Para avaliar os parâmetros cardiovasculares, foram utilizados modelos de ratos normotensos e hipertensos L-NAME (NG-nitro-L-arginina-metil éster) a partir da técnica da medida direta da pressão arterial e frequência cardíaca em ratos acordados. Além disso, investigou-se os possíveis mecanismos de ação envolvidos na resposta anti-hipertensiva do extrato etanólico de P. amaus associado ao cloreto de magnésio (PAE+MgCl2). Testes de microdiluição foram realizados para determinar a concentração inibitória mínima (CIM) do PAE ou Filantina para diferentes espécies de microrganismos (Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Salmonella Typhimurium, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Candida albicans). Para avaliar se o PAE ou Filantina foram capazes de agir como moduladores da resistência às fluoroquinolonas, a CIM para Norfloxacina e brometo de etídio foram determinados na presença ou ausência de PAE ou Filantina contra S. aureus SA1199-B, em concentrações subinibitórias. A análise química do PAE apresentou em sua composição as lignanas: Nirantina, Hipofilantina, Nirtetralina, Filantina, Filtetralina, Lignana D e Lignana 370. Nos estudos de viabilidade celular a porcentagem de células viáveis diminuiu a partir de 400 e 100 μg/mL para o PAE e PAE+MgCl2, respectivamente, apresentando CC50 iguais 196 e 50 μg/mL, para as respectivas substâncias. Os testes farmacológicos com dose única de 2000 mg/kg de PAE, MgCl2 ou PAE+MgCl2 não causou morte nos animais e não produziu alterações bioquímicas em parâmetros hepáticos ou renais. Em relação à resposta sobre o sistema cardiovascular, o PAE+MgCl2 administrado por via endovenosa nas doses de 25, 50 e 100 mg/kg, promoveu efeito hipotensor dose-dependente em ratos normotensos (ΔPAM= -15,57 ± 2,84*; -40,03 ± 5,97* e -85,49 ± 4,26* mmHg, respectivamente) e efeito anti-hipertensivo dose-dependente, em animais hipertensos (ΔPAM= -31,65 ± 4,57*; -68,19 ± 7,12* e -97,26 ± 8,42* mmHg, respectivamente), ambos associados à bradicardia. Após tratamento agudo com atropina, hexametônio, ioimbina e propranolol, os efeitos anti-hipertensivo e bradicárdico de PAE+MgCl2 foram significativamente atenuados, sugerindo o envolvimento de receptores muscarínicos, α2 e β-adrenérgicos na resposta anti-hipertensiva. O tratamento por via oral com PAE+MgCl2, por 7 dias na dose de 300 mg/kg/dia em animais L-NAME, promoveu diminuição significativa na pressão arterial média (PAM), a partir de 180 minutos após a administração da dose (ΔPAM= -21,40 ± 4,89* mmHg), permanecendo reduzida até 270 minutos (ΔPAM= -24,17 ± 5,36* mmHg). O Chá PAE+MgCl2 (3%) promoveu efeito anti-hipertensivo, quando administrado por via oral durante 7 dias (ΔPAM= -32,28 ± 7,52* mmHg) ou quando administrado agudamente (ΔPAM= -29,81 ± 5,35* mmHg), apresentando uma diminuição na PAM 240 ou 180 minutos após a gavagem do Chá PAE+MgCl2 (3%), respectivamente, sem alterações na frequência cardíaca. O PAE mostrou atividade antimicrobiana contra cepas Gram-negativas, enquanto a Filantina foi inativa contra todas as cepas testadas. O PAE ou a Filantina, em concentrações subinibitórias, aumentou a atividade da norfloxacina contra linhagem de S. aureus que superexpressa o gene NorA, sugerindo que os produtos naturais testados podem potencializar a ação deste antibiótico. Este estudo sugere que o PAE associado ao cloreto de magnésio induz efeito hipotensor e anti-hipertensivo, provavelmente por atuação em receptores muscarínicos inespecíficos, receptores nicotínicos ganglionares e receptores α2-adrenérgicos. Além disso, a filantina e o PAE podem ser utilizados como um agente potencializador da atividade da norfloxacina no tratamento de infecções causadas por S. aureus resistente a fluoroquinolonas.
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KALYNCA KAYLA VIANA ARAGÃO
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ATIVIDADE ANTICOAGULANTE E ANTIAGREGANTE DO ÓLEO ESSENCIAL DE Rosmarinus officinalis L. E AÇÃO VASORRELAXANTE DO MONOTERPENO γ-TERPINENO EM ARTÉRIA MESENTÉRICA DE RATOS
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Advisor : ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
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Data: Nov 19, 2019
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Show resume
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Rosmarinus officinalis L. (alecrim) é uma planta medicinal, da família Lamiaceae, também utilizada como condimento e conservante de alimentos. O óleo essencial extraído de suas folhas é um líquido aromático conhecido por diversas propriedades medicinais, inclusive por seu poder anti-inflamatório e antioxidante. Entre seus constituintes estão os monoterpenos 1-8 cienol, borneol, limoneno, canfeno, cânfora e γ-terpineno, aos quais são atribuídas suas principais atividades biológicas. O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial anticoagulante e antiagregante do óleo essencial de Rosmarinus officinalis L. (OERO) livre e complexado em β-ciclodextrina (β-CD) e do seu constituinte γterpineno, além de analisar o efeito do γ-terpineno sobre a reatividade vascular em artéria mesentérica superior isolada de rato. Para verificar a segurança na utilização do OERO foram realizados os testes de: citotoxicidade, in vitro, pelo ensaio de redução dos sais de brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-yl) 2,5- difeniltetrazólio (MTT) em macrófagos murinos; e testes bioquímicos e análise histológica (coloração com hematoxilina-eosina) de ratos fêmeas tratadas uma vez ao dia, por gavagem, durante 7 dias com OERO livre (grupo OERO) ou complexado em β-CD (grupo OERO+βCD). Um grupo controle recebeu somente o veículo (Tween 80) e água destilada. No teste de MTT, concentrações de 200, 400 e 800 μg/mL apresentaram somente pequena redução da viabilidade celular e avaliando a CC50 do OERO livre e complexado com β-CD as amostras foram consideradas não tóxicas. Na investigação de parâmetros bioquímicos houve uma redução estatisticamente significativa de colesterol e glicose no grupo OERO+βCD quando comparado aos grupos OERO e controle. Redução de ALT também ocorreu nos animais do grupo OERO+βCD em relação ao grupo controle. Estudo histopatológico apresentou padrões de normalidade, sem lesão significativa tanto no tecido hepático quanto no renal. Avaliação do efeito anticoagulante foi realizada pelos testes coagulométricos, Tempo de Protrombina (TAP) e Tempo de Tromboplastina Parcialmente Ativada (TTPA), após tratamento, por via oral, durante 7 dias com OERO livre (grupo OERO), OERO complexado em β-CD (grupo OERO+βCD) ou γ-terpineno (grupo γterpineno). Resultados demostram um aumento significativo do TAP nos grupos OERO (21,96 ± 0,45), OERO+βCD (20,46 ± 1,66), e γ-terpineno (19,34 ± 0,55) quando comparados ao grupo controle (9,22 ± 0,23). Não houve diferença nos valores de TTPA. Pesquisa sobre o efeito do OERO na agregação plaquetária foi realizada por dois protocolos diferentes. No primeiro, o OERO foi adicionado diretamente, no agregômetro (100µM), ao plasma de animais não tratados. O resultado demonstrou uma redução significativa da agregação plaquetária induzida por ADP. No segundo protocolo, os animais foram tratados por via oral, durante 7 dias, com OERO ou OERO+βCD. Neste teste não houve diferença estatística entre os grupos sobre a agregação induzida por ADP. Reatividade vascular foi avaliada na artéria mesentérica superior e os resultados demonstraram que o γ-terpineno promoveu efeito vasorrelaxante na presença (pD2=5,58 ± 0,02) e na ausência do endotélio vascular (pD2=5,34 ± 0,03) sobre contrações induzidas por fenilefrina. A pré-incubação com diferentes concentrações de γ-terpineno não atenuou as contrações induzidas por adição cumulativa de fenilefrina. Para avaliar a participação dos canais de potássio no efeito vasorrelaxante, incubou-se os anéis de artéria mesentérica com tetraetilamônio (TEA) e verificou-se uma atenuação do vasorrelaxamento induzido pelo γ-terpineno (pD2=3,75 ± 0,09). Conclui-se que o OERO e OERO+βCD não apresentaram toxicidade e reduziram os valores de glicose, colesterol e ALT. OERO, OERO+βCD e γ-terpineno demonstraram efeito anticoagulante, quando utilizados por via oral e OERO apresentou efeito antiagregante na concentração de 100µM. Conclui-se ainda que o γ-terpineno apresentou efeito vasorrelaxante provavelmente por mecanismos envolvendo a participação dos canais de potássio.
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KEYLLA DA CONCEIÇÃO MACHADO
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ESTUDOS FARMACOLÓGICOS DO BETA-CARIOFILENO EM MODELOS ANIMAIS PARA EPILEPSIA E ANSIEDADE
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Advisor : MARIANA HELENA CHAVES
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Data: Oct 31, 2019
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O beta-cariofileno é um sesquiterpeno bicíclico natural encontrado nos óleos essenciais de plantas medicinais, com atividades farmacológicas como anticâncer, hepatoprotetora, gastroprotetora, nefroprotetora, antimicrobiana, imunomoduladora, anti-inflamatória e antioxidante. As duas últimas atividades farmacológicas despertam interesses em estudos sobre suas ações em distúrbios neurológicos. Assim, o objetivo do estudo foi de avaliar os efeitos do beta-cariofileno, em modelos animais (camundongos Swiss machos) para epilepsia e ansiedade. Doses de 30, 100 e 300 mg/kg, via intraperiotoneal foram aplicadas nos estudos anticonvulsivos, e de 25, 50 e 75 mg/kg i.p. para avaliação ansiolíticas. Os testes com pentilenotetrazol (85 mg/kg i.p), eletrochoque máximo, ácido caínico (30 mg/kg i.p.), Rota Rod e do labirinto aquático de Morris foram usados na avaliação anticonvulsivante, e os testes de Labirinto em Cruz Elevado, Claro ou Escuro e de Esconder Esfera, Rota Rod para atividade ansiolítica. O ensaio de peroxidação lipídica foi usado na avaliação de danos oxidativos no modelo de epilepsia. Os efeitos toxicológicos e antioxidantes, em 0,3; 0,7; 1,5 e 3 mM, foram avaliados em Artemia salina e em Saccharomyces cerevisiae, como também frente aos radicais ácido 2,2-difenil-1- picrilhidrazílico,2,20-azinobis-3-etilbenzotiazolino-6-sulfônico e hidroxila. O betacariofileno apresentou efeitos anticonvulsivantes na dose de 30 mg/kg no modelo com eletrochoque máximo, sem neurotoxicidade, como observado no Rota Rod, como também no modelo com ácido caínico, e de forma correlacionada ao baixo nível de peroxidação lipídica, como também diminuição de latência dependente da dose, no teste do Labirinto Aquático de Morris. Entretanto, no modelo com pentilenotretazol não foi observado efeito anticonvulsivante. Atividades ansiolíticas foram observadas pelo aumento do número de entradas nos braços abertos e o tempo de permanência no compartimento claro e por diminuição no número de esferas escondidas sem interferir no desempenho de camundongos no Rota Rod. Não apresentou toxicidade em A. salina. Efeitos antioxidantes foram observados em S. cerevisiae frente ao peróxido de hidrogênio (10 mM) e nos testes in vitro. Correlações estatísticas foram observadas entre os efeitos ansiolíticos com as atividades antioxidantes. O beta-cariofileno é um composto promissor para formulações neurofarmacológicas, por suas atividades anticonvulsivantes, como agonista do receptor carninóide, e ansiolíticas possivelmente, por mecanismos associados ao seus efeitos antioxidantes.
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WILSON ROSAS DE VASCONCELOS NETO
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DETECÇÃO COLORIMÉTRICA DE HERBICIDA ORGANOFOSFORADO, UTILIZANDO NANOPARTÍCULAS BASEADAS EM POLÍMEROS NATURAIS
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Advisor : DURCILENE ALVES DA SILVA
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Data: Oct 31, 2019
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A presente pesquisa resultou em uma solicitação de registro de patente de sensor colorimétrico na região da luz visível e ultravioleta a base de nanopartículas de prata estabilizada com goma de cajueiro para detecção de herbicidas organofosforados – HOf. O sensor é de fácil construção elevadas robustez, precisão e sensibilidade, quando utilizado em conjunto com o equipamento, conhecido como UV-Vis na detecção em laboratório. O sensor também pode ser utilizado in loco para detecção de HOf, onde indicará qualitativamente a presença ou não do herbicida. O biopolimero, goma de cajueiro, pode ser obtido a partir do exsudato da espécie Anacardium occidentale. As nanopartículas de prata estabilizadas com a goma do cajueiro purificada – AgNP-GC apresentam resposta visual de tonalidade castanho acobreado, a cor inicial expressa uma absorção de radiação eletromagnética máxima nos comprimentos de onda próximos a 400 nanômetros (nm) e encontra-se na amplitude de 0,8UA. O procedimento de detecção se dá pela reação de dispersão ou agregação dos sistemas coloidais de AgNP-GC pelos agentes presentes em ambos os sistemas de análise. O primeiro sistema consiste na utilização de uma agente catalisador onde a amostra contaminada com HOf,provoca a agregação das AgNP-CG de modo a mudar a resposta visual. O segundosistema não apresenta o agente catalisador gerando uma contra prova através de uma resposta visual inversa ao sistema anterior. A reação com AgNP-GC pode ser calculada em termos percentuais, pela modificação da amplitude no comprimento de 400nm, ou na modificação na cor do sensor nanoparticulado (para analises qualitativas), gerada durante a reação com o organofosforado. A reação é proporcional à concentração do herbicida, e pode ser efetuada em amostras líquidas (água, sangue, urina), como também líquidos extraídos de compostos pastosos (alimentos, vegetais, etc.), onde o sensor pode ser mergulhado.
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GILMARA PÉRES RODRIGUES
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Expressão gênica do LIV-1 (SLC39A6), polimorfismo 3129 G>A no gene IGF-1R e sua interação com fatores dietéticos e antropométricos em mulheres com câncer de mama.
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Advisor : NADIR DO NASCIMENTO NOGUEIRA
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Data: Oct 4, 2019
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Carcinomas são tumores malignos constituídos por células de crescimento desordenado e capacidade invasiva que requerem elevadas concentrações intracelulares de zinco (Zn) para manutenção do índice mitótico. O LIV-1 (Zip-6) é uma das principais proteínas transportadoras de influxo de Zn2+, com superexpressão associada à agressividade tumoral e invasão para gânglios linfáticos na neoplasia mamária. O gene codificador do LIV-1 (SLC39A6) é induzido por estrógenos, com mecanismos de ativação que incluem a fosforilação de proteínas quinases, entre as quais o receptor do fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1R). Polimorfismos no gene IGF-1R estão associados à superexpressão do receptor, mas sua influência no câncer de mama permanece controvertida. Este estudo objetivou avaliar a expressão gênica do LIV-1 (SLC39A6), o polimorfismo 3129 G>A no gene IGF-1R e sua interação com fatores dietéticos e antropométricos em mulheres com câncer de mama. Realizou-se uma revisão sistemática sobre o potencial funcional de polimorfismos no gene IGF-1R na neoplasia mamária, selecionando-se estudos originais, sem limite de ano ou idioma de publicação. Em adição, estudo caso-controle foi desenvolvido em 136 mulheres com (n = 66) e sem câncer de mama (n = 70). Os dados referentes aos fatores de risco para neoplasia mamária, estadiamentos anatômico e de prognóstico clínico foram obtidos, respectivamente, por entrevista estruturada e consulta aos exames. Determinantes dietéticos e antropométricos foram avaliados conforme parâmetros vigentes. A genotipagem do SNP rs2229765 e a expressão gênica do LIV-1 foram determinadas por PCR em tempo real. Testes estatísticos específicos às variáveis estudadas foram aplicados, considerando-se significativos valores de p<0,05. A revisão sistemática mostrou que polimorfismos no gene IGF-1R têm potencial funcional no câncer de mama, com resultados inconclusivos sobre sua influência nos diferentes tipos moleculares da doença e estado menopausal. Referente às mulheres avaliadas, verificou-se que o carcinoma ductal invasivo, luminal B, foi o principal tipo de tumor encontrado, com estadiamento 0 a IIb da classificação TNM (tumor-nódulo-metástase). Mulheres com câncer de mama apresentaram maior ingestão dietética e adiposidade abdominal em comparação àquelas sem a doença. A distribuição alélica do SNP rs2229765 não foi associada com o câncer de mama e expressão gênica do LIV-1, independentemente do estado menopausal. Porém, risco aumentado para o desenvolvimento da doença foi identificado em mulheres com excesso de adiposidade abdominal e genótipo AA. Verificou-se maior abundância do mRNA do LIV-1 em mulheres com câncer de mama, associada inversamente à metástase de gânglios linfáticos. Também foi encontrada associação positiva entre a expressão gênica do LIV-1, adiposidade abdominal e idade ao diagnóstico da doença. Conclui-se que o potencial funcional do SNP rs2229765 no câncer de mama pode se modificar na presença do excesso de tecido adiposo abdominal. A expressão gênica do LIV-1 também pode ser influenciada pela adiposidade abdominal, estando associada a tumores menos agressivos e de melhor prognóstico clínico nas mulheres com câncer de mama.
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RENATA PATRÍCIA SOUSA
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SISTEMA DE CO-CULTIVO DE FOLÍCULOS OVARIANOS PRÉ-ANTRAIS CAPRINOS COM CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS
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Advisor : MARIA ACELINA MARTINS DE CARVALHO
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Data: Sep 4, 2019
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Os folículos ovarianos pré-antrais (FOPA) se constituem uma fonte potencial de oócitos para utilização in vitro na produção de embriões. No entanto, os fatores que estabelecem o microambiente essencial ao desenvolvimento folicular ainda são pouco compreendidos. Assim, o aprimoramento de sistemas de cultivo de FOPA tem sido objeto de investigação em diferentes espécies. As células-tronco mesenquimais (MSC) surgem como uma importante ferramenta para a realização de técnicas de cultivo associadas aos FOPA, devido ao seu potencial de induzir a proliferação e a sobrevivência de vários tipos de células bem como a facilidade de obtenção e sua expansibilidade in vitro. Esta pesquisa tem por objetivo avaliar o uso de MSC no desenvolvimento de folículos ovarianos pré-antrais caprinos, por meio de dois sistemas de cultivo, in situ, folículos inclusos em fragmentos de ovário e o isolado. Na primeira etapa, fragmentos do córtex ovariano foram fixados, imediatamente, (controle não-cultivado) ou distribuídos em quatro tratamentos: tecido ovariano cultivado em meio controle (α-MEM+); tecido ovariano cultivado em α-MEM+ suplementado com FBS (α-MEM+ + FBS); tecido ovariano co-cultivado com células-tronco em α-MEM+ (α-MEM+ + SC); e finalmente tecido ovariano co-cultivado com célula-tronco em α-MEM+ + FBS (α-MEM+ + SC + FBS). Foram analisadas as taxas de sobrevivência, a ativação e o diâmetro folicular e a taxa de proliferação celular. Já, na segunda etapa, os folículos secundários foram isolados e distribuídos em dois tratamentos: folículos ovarianos cultivados na ausência (controle) ou presença de células-tronco. Os folículos foram cultivados em placas de 24 poços com insert durante 18 dias, sendo 2 folículos por poço, com troca parcial do meio a cada dois dias e nos dias 6, 12 e 18 coletados para dosagem hormonal. Após cultivo, foram avaliadas a morfologia e taxas de crescimento folicular, formação de antro, produção de estradiol (E2), progesterona (P4) e Glutationa reduzida (GSH), bem como as taxas de viabilidade e de maturação oocitária. Foi observado, na primeira etapa, que após 7 dias, o tratamento co-cultivo com células-tronco apresentou um percentual de folículos pré-antrais morfologicamente normais superior (P<0,05) quando comparado aos demais tratamentos bem como uma maior (P<0,05) taxa de ativação em relação ao controle cultivado. Ademais, o diâmetro folicular foi maior no tratamento co-cultivo com células-tronco em relação ao co-cultivo com células-tronco acrescido de FBS. Na segunda etapa, o tratamento com células-tronco foi o único que apresentou um aumento significativo e progressivo no diâmetro folicular ao longo do cultivo bem como mostrou maior (P< 0,05) taxa de crescimento folicular diário. Além disso, embora o diâmetro oocitário tenha sido inferior no tratamento com células-tronco, as taxas de retomada da meiose e maturação oocitária foram semelhantes entre os tratamentos. Neste estudo, observou-se pela primeira vez que as células-tronco mesenquimais da geléia de Wharton têm potencial para serem usadas como suporte para o crescimento dos folículos pré-antrais. O sistema in situ contribuiu para melhorar a taxa de ativação, manteve a sobrevivência folicular e desenvolvimento folicular in vitro e o isolado influenciou no crescimento folicular, embora a taxa de recuperação oocitária não tenha sido expressiva.
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ERYKA OLIVEIRA DE ANDRADES
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Extrato rico em licopeno obtido da goiaba vermelha (Psidium guajava L.) nanoestruturado com polissacarídeos naturais
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Advisor : DURCILENE ALVES DA SILVA
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Data: Aug 22, 2019
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A goiaba vermelha, fruto de Psidium guajava L. é fonte natural do licopeno, um carotenoide com uma gama de atividades biológicas, sendo a atividade antioxidante bastante evidenciada, no entanto, sua aplicabilidade na indústria acaba sendo limitada em decorrência de sua alta instabilidade química quando exposto a temperatura, luz e oxigênio. Portanto o objetivo desse trabalho é avaliar o potencial biotecnológico e caracterização físico-química de um sistema nanoestruturado com polissacarídeos naturais para encapsulação do extrato rico em licopeno da goiaba vermelha. O extrato rico em licopeno da goiaba vermelha foi obtido com uso de solvente orgânico e caracterizado através de espectrofotometria Uv-vis e Espectroscopia de Infravermelho (FTIR). A goma do cajueiro foi obtida do exsudato de Anacardium occidentale e posteriormente modificada por acetilação. Para a obtenção do polissacarídeo fucana, a macroalga marinha do gênero Padina gymnospora foi empregada. Para caracterização de ambos os polissacarídeos foram analisados por FTIR. As nanopartículas poliméricas (NPs) carreadas com extrato foram preparadas empregando-se o método de nanopreciptação. Os valores de tamanho e índice de polidispersão foram obtidos através do espalhamento dinâmico de luz (DLS) e o potencial Zeta (ζ) através do espalhamento de luz eletroforético (ELS), a concentração de partículas na suspensão coloidal, foi obtida através análise de rastreamento de nanopartículas (NTA). A eficiência de encapsulação foi realizada através do rompimento da matriz polimérica e o ERL quantificado por espectrofotometria Uv-vis. A morfologia foi avaliada por AFM e TEM. A atividade antioxidante foi avaliada frente ao radical ABTS•+ e ao ORAC e os resultados expressos em equivalência ao Trolox. A atividade hemolítica foi avaliada frente a eritrócitos humano a 5 % com as concentrações do ERL livre e encapsulado variando de 6,25 a 200 µg.mL-1 . A citotoxicidade in vitro foi avaliada pelo método colorimétrico MTT, por 24 e 72 h, contra linhagem de adenocarcinoma mamário humano - linhagem MCF7 e células normais de queratinócitos humano- HaCat com concentrações de extrato livre e encapsulado variando de 6,25 a 200 μg.mL-1. As NPs apresentaram tamanho de 162,1±3,208 nm, índice de polidispersão de 0,348±0,019 e potencial Zeta (ζ) de -30,2±0,526 mV. A concentração de partículas obtida pela técnica de NTA foi de 6,4x109 partículas/mL de solução com encapsulação de extrato com cerca de 60%. As análises morfológicas revelaram o formato esférico das NPs, cujo o tamanho foi similar aos dados de tamanho obtidos por DLS. Os resultados de atividade antioxidante frente ao ABTS•+ foi 93,7 ± 1,15 µM de Trolox/ mL de nanopartículas. Os resultados de ORAC foram de 2267 ± 70,8 de µM trolox/mL de nanoparticulas. As NPs apresentaram nenhuma ou baixa atividade hemolítica, onde 99% dos eritrócitos humanos se mantiveram viáveis. Os resultados frente ao ensaio de citotoxicidade foram promissores, pois mesmo na menor concentração de 6,25 µg. mL-1 para o tempo de 24 h, as NPs apresentaram uma significativa citotoxicidade frente as linhagem de MCF-7 com viabilidade celular de apenas 50 % em comparação com o extrato livre com viabilidade celular de 76 %. Nessa concentração em células normais HaCat tanto o extrato como as NPS não apresentaram citotoxicidade. Os resultados das análises das características físicos- química das NPs, adequam-se aos prérequisitos que norteiam os princípios da nanotecnologia. Esses resultados sugerem aplicações promissoras das NPs incorporadas com extrato para atividade antitumoral, visto que as mesmas apresentaram uma eficácia significativa sob a viabilidade celular das células tumorais em relação ao extrato livre.
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JOSYANNE ARAÚJO NEVES
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Caracterização e investigação das atividades antioxidante, gastroprotetora e cicatrizante do pólen de pote da abelha sem ferrão Melipona compressipes fasciculata (Smith, 1854)
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Advisor : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
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Data: Aug 19, 2019
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Objetivou-se efetuar: o levantamento científico e tecnológico sobre atividades e aplicações biológicas e/ou terapêuticas; a caracterização palinológica, toxicogenética e fenólica; bem como a investigação das atividades antioxidante, gastroprotetora e cicatrizante; e a aplicação biotecnológica do pólen de pote de Melipona compressipes fasciculata (Smith, 1854). Os achados (entre 2010-2018), nas bases científicas, apontaram 13 artigos, que revelaram atividades antioxidante, antibacteriana, antiproliferativa e antitumoral; não foram recuperadas patentes com a temática, nos bancos averiguados. Foram realizadas coletas, em colmeias, de amostras de pólen de pote na estação chuvosa (PPMF1) e seca (PPMF2). A caracterização palinológica mostrou que as amostras são monoflorais, com predomínio de tipos polínicos de Mimosa pudica L. e Mimosa caesalpiniifolia Benth., respectivamente. Pelo bioensaio toxicológico de Artemia salina L., as CL50 foram: PPMF1 - 1159 e PPMF2 - 1134 µg/mL, sendo atóxicas. No bioensaio Allium cepa L. (8, 24, 80 e 240 µg/mL) não provocaram efeitos tóxicos, citotóxicos, genotóxicos e mutagênicos significativos. O conteúdo fenólico total foi de PPMF1 - 9,32 e PPMF2 - 6,59 mg de equivalente de ácido gálico/g. O perfil fenólico, por CLAE e CLAE-MS/MS, revelou, em ambas amostras, compostos com atividades antioxidante e gastroprotetora reportadas, como ácido cafeico, quercetina, miricetina e naringenina, sendo que o PPMF2 exibiu maior presença desses. A atividade antioxidante, in vitro, foi de PPMF1 - 62,93% e PPMF2 - 58,86% de eliminação de DPPH, sem diferença significativa (test t de Student). Na investigação da atividade gastroprotetora em modelos agudos de lesões gástricas induzidas por etanol, etanol acidificado e isquemia/reperfusão em ratos, o prétratamento, via oral, com PPMF2 promoveu redução significativa da área de lesão (p < 0,05, ANOVA, pós-teste Tukey) com proteção de: etanol (24 e 80 mg/kg - 52 e 54%), etanol acidificado (8, 24 e 80 mg/kg - 33, 35, 39%) e isquemia/reperfusão (8, 24, 80 mg/kg - 72, 77, 92%), indicando ação citoprotetora e contra radicais livres. PPMF2 (24 mg/kg), aumentou significativamente os níveis de muco (em 122%), grupos sulfidrílicos não-proteicos (SH-NP) (em 92%) e diminuiu malondialdeído (MDA) (em 36%), sugerindo efeito potencializador do sistema antioxidante. No modelo crônico de úlcera gástrica por ácido acético, em ratos, o tratamento por 7 dias, via oral, com PPMF2 em todas as doses (3, 8 e 24 mg/kg) reduziu significativamente o volume da úlcera, com índices de cicatrização de 36, 85 e 97%, respectivamente. Esse tratamento com PPMF2 não causou alterações no ganho ponderal, peso de órgãos e parâmetros bioquímicos, reduziu marcadores de danos hepáticos, glicemia e elevou o HDL. PPMF2 (24 mg/kg) promoveu regeneração tecidual gástrica, elevação dos grupos SH-NP (103%), diminuição de MDA (84%) e elevação de fibras colágenas. Com isso, conclui-se que o pólen de pote de M. compressipes fasciculata é monofloral, atóxico, não provoca riscos de instabilidades genéticas (nas concentrações testadas), apresenta fenólicos, atividades antioxidante, gastroprotetora e cicatrizante, potencializa defesas mucosais, melhora o perfil bioquímico e não causa sinais de toxicidade em ratos, sendo um potencial agente para uso na prevenção e/ou tratamento da úlcera gástrica, com viável aplicação em produtos biotecnológicos, alimentícios e/ou farmacêuticos.
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FRANCISCO ALBERTO ALENCAR MIRANDA
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Desenvolvimento e avaliação de filtro solar a base de caroá (Neoglaziovia variegata) e titânia mesoporosa
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Advisor : EDSON CAVALCANTI DA SILVA FILHO
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Data: Aug 9, 2019
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O protetor solar é uma tendência no mercado de cosmético. No entanto, a radiação ultravioleta (UV) pode acelerar o estresse oxidativo, gerando envelhecimento precoce e câncer de pele. O presente trabalho tem como objetivo sintetizar materiais híbridos inorgânico-orgânicos com propriedades antioxidantes e de fotoprotetora a base de titânia mesoporosa/Neoglaziovia variegata. Primeiro, foi sintetizada a titânia mesoporosa utilizando-se o método de soft-templates com a combinação de isopropóxido de titânio IV (TIP) como fonte de titânio e o brometo de hexacetiltrimetilamônio (CTAB) como direcionador de estrutura. A segunda parte constitui-se do preparo de extratos de caroá (Neoglaziovia variegata) com solventes orgânicos (etanol, hexano clorofórmio e acetato de etila), para obtenção das fases, respectivamente, Nv-EtOH, Nv-Hex, Nv-CHCl3 e Nv-AcOEt. Após a obtenção dos extratos foi realizada a incorporação das fases desses materiais na titânia mesoporosa pelo método de adsorção. Testes de toxicidade, atividade antioxidante e antibacteriana e fator de proteção solar (FPS) foram realizados nos extratos e nos materiais associados. Os resultados de atividade antioxidante, toxicidade e FPS mostraram que a fração Nv-AcOEt apresenta-se mais promissora, com melhor performance na ação antioxidante, por ser atóxica e por apresentar ótimo potencial para proteção contra radiação solar. Na avaliação da atividade antimicrobiana as frações etanólica e clorofórmica apresentaram maior nível de inibição contra microorganismos testados. Ainda foram feitos fenóis totais e espectro de massa. A titânia mesoporosa sintetizada foi caracterizada pelas técnicas de DRX, FTIR, MEV, EDS e TG. O difratograma mostrou a presença da fase cristalina anatase com picos bem definidos. A microscopia eletrônica de varredura foi fundamental para mostrar a presença do extrato bioativo de caroá na estrutura mesoporosa da titânia. Os resultados do FTIR mostraram bandas bem definidas da estrutura inorgânica da titânia e também revelaram a presença do caroá incorporado na titânia com estiramentos simétrico e assimétrico do grupo (C-H). Outra evidência da incorporação é o deslocamento da banda larga e intensa na região de 908-500 cm-1 dos extratos. Os valores de pH, espalhabilidade e condutividade das formulações estão dentro dos padrões aceitáveis para filtro solares a base de titânio como recomenda a Guia de Estabilidade de Produtos Cosméticos. Conclui-se que a titânia mesoporosa obtida apresenta uma mesoestrutura bem ordenada de poros com partículas no formato esférico. A fase predominante na titânia mesoporosa sintetizada é a anatase. O extrato bioativo de caroá que possui maior quantidade de compostos fenólicos é a fase etanólica. Porém, dentre as fracções de caroá obtidas, a que servirá para uso cosmético é a fração a base de acetato (Nv-AcOEt) foi a que apresentou como atóxica e com boa ação fotoprotetora.
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LUANA MOTA MARTINS
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EXPRESSÃO DAS METALOPROTEINASES 2 E 9 NO CÂNCER DE MAMA DE MULHERES PRÉ-MENOPÁUSICAS
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Advisor : BENEDITO BORGES DA SILVA
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Data: Jul 15, 2019
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O câncer de mama é a neoplasia que mais acomete mulheres em todo o mundo. No Brasil, a sua incidência vem aumentando significativamente, tendo sido estimado para o ano de 2018-2019 cerca de 59.700 novos casos e 14.206 mortes pela doença. O estudo de biomarcadores no carcinoma mamário vêm se destacando como uma ferramenta importante na avaliação de estratégias prognósticas e principalmente terapêuticas, pois os biomarcadores, tais como os relacionados à proliferação e metástases, apresentam a vantagem de sofrerem alterações em seus níveis antes de qualquer resposta clinica ao tratamento, e assim poderiam selecionar melhor as pacientes que se beneficiariam do tratamento adjuvante. A propósito, as metaloproteinase de matriz (MMP) têm sido sugeridas como potencial biomarcador no câncer de mama, em particular as metaloproteinase de matriz 2 (MMP-2) e metaloproteinase de matriz 9 (MMP-9), cujo papel é degradar o colágeno IV que reveste a matriz extracelular dos tecidos neoplásicos, favorecendo o crescimento e disseminação de células tumorais. A literatura sobre a matéria é escassa e controvertida. Todavia, a maioria dos estudos sobre a expressão das MMP-2 e MMP-9 no carcinoma mamário e fibroadenoma são comumente em níveis séricos, com escassez de comparação imunoistoquímica entre os dois tumores, o que nos levou à concepção do presente estudo. Esta tese foi estruturada em dois capítulos. O capítulo I que teve como objetivo detalhar na literatura estudos disponíveis em várias bases de dados que investigam o impacto dos níveis de expressão de MMP-2 e MMP-9 em mulheres com câncer de mama. As evidências científicas reunidas nesta revisão sugerem que o aumento da expressão de metaloproteinases pode levar a uma maior agressividade do tumor e, conseqüentemente, a um pior prognóstico do câncer de mama. O capítulo II teve como objetivo comparar a expressão das MMP-2 e MMP-9 em mulheres com câncer de mama e com fibroadenoma, que mostrou uma expressão positiva de MMP-2 em 41,67% e 86,11% em fibroadenoma e carcinoma mamário, respectivamente (p<0,0009), enquanto que a MMP-9 mostrou 66,67% e 93,33%, nos grupos controle e estudo, respectivamente (p <0,0138). O presente estudo mostra que a expressão da MMP-2 e MMP-9 foi significativamente maior no câncer de mama do que no fibroadenoma.
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GEORGE LAYLSON DA SILVA OLIVEIRA
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Estudos toxicológicos e neurofarmacológicos não clínicos do β-cariofileno e do seu complexo de inclusão - β-cariofileno/metil-β-ciclodextrina
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Advisor : FERNANDA REGINA DE CASTRO ALMEIDA
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Data: Jul 10, 2019
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O β-cariofileno é um sesquiterpeno usado como aditivo alimentar que apresenta várias atividades farmacológicas in vivo. No entanto, poucas informações toxicológicas têm sido relatadas e seu uso é baseado no fato de que esse sesquiterpeno bicíclico é diariamente consumido como alimento vegetal em quantidades muito maiores do que como um aditivo alimentar. Dessa forma, estudos contínuos que visam avaliar possíveis efeitos adversos é de suma importância. Adicionalmente, estudos além do toxicológico destacam a necessidade de avaliações experimentais contínuas para determinar os mecanismos moleculares subjacentes aos efeitos farmacológicos do β-cariofileno em relação à doenças do sistema nervoso central como ansiedade, depressão e epilepsia. Assim, o presente estudo avaliou a toxicidade aguda (dose única) e em doses repetidas (28 dias) do β-cariofileno administrado por via oral em camundongos Swiss fêmeas analisando alterações no peso corporal, consumo de alimento, ingestão de água, parâmetros hematológicos e bioquímicos, peso de órgãos após necropsia, biomarcadores de estresse oxidativo e histopatologia de vários tecidos vitais. O estudo de toxicidade aguda (300 e 2000 mg/kg) e em doses repetidas (300 e 2000 mg/kg) foram realizados de acordo com a diretriz 423 e 407 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), respectivamente. Já o potencial neurofarmacológico do β-cariofileno (100, 200 e 400 mg/kg) foi avaliado por modelo animal no teste do campo aberto, rota rod, labirinto em cruz elevado, suspensão pela cauda e nado forçado, bem como os modelos de crises epiléticas induzido por pilocarpina, pentilenotetrazol e isoniazida. Adicionalmente, o modelo animal de depressão induzido por dor neuropática foi utilizado para determinar o potencial antidepressivo do β-cariofileno livre e β-cariofileno complexado. É importante destacar que o β-cariofileno apresenta algumas características como volatilidade e baixa solubilidade em água, sendo que técnicas como complexações com ciclodextrinas pode melhorar a solubilidade, estabilidade e liberação controlada desse sesquiterpeno. Os resultados obtidos destacaram ausência de sinais clínicos adversos e mortalidade em qualquer animal submetido ao estudo de toxicidade em dose única e em doses repetidas. Além disso, não foram observadas alterações significativas no peso corporal, biomarcadores oxidativos (catalase, superóxido dismutase e peroxidação lipídica), parâmetros hematológicos (eritrócitos, leucócitos, plaquetas, hemoglobina) e bioquímicos (glicose, ureia, creatinina e ácido úrico) quando comparado com o grupo controle do estudo de toxicidade em dose única e em doses repetidas. As observações dos efeitos neurofarmacológicos resultaram na possível compreensão dos mecanismos neuromoleculares subjacentes às propriedades ansiolíticas, antidepressivas e anticonvulsivantes que podem envolver os receptores benzodiazepínicos/GABAérgicos ou via L-arginina-óxido nítrico. Além dos resultados descritos anteriormente, foi demonstrado que o β-cariofileno complexado (100 mg/kg) foi mais efetivo no efeito antidepressivo com uma dose inferior ao βCNF não complexado ou livre (200 mg/kg). Dessa forma, os resultados obtidos no presente estudo destacam uma premissa interessante no uso do complexo de inclusão βcariofileno/metil-β-ciclodextrina para o desenvolvimento de formulações farmacêuticas de dosagem oral com biodisponibilidade aumentada
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LUANA DE OLIVEIRA LOPES
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IDENTIFICAÇÃO DE PAINEL E PERFIL DE EXPRESSÃO DE GENES REGULADOS PELO ONCOGENE MYC EM CÂNCER GÁSTRICO
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Advisor : GIOVANNY REBOUCAS PINTO
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Data: Jun 28, 2019
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O câncer gástrico é a quarta neoplasia mais frequente no mundo, causando mais de 13.000 mortes por ano somente no Brasil. A maior parte das pesquisas voltadas para o estudo do câncer gástrico concentra-se em países com altas taxas de incidência, como o Japão. Estudos e políticas públicas são cada vez mais necessários para estabelecer um melhor manejo do câncer gástrico no Brasil uma vez que esta neoplasia é caracterizada por diversos fatores. A sobrevida relativa de indivíduos acometidos pela neoplasia gástrica é de cinco anos, sendo considerada baixa tanto para países desenvolvidos como em países em desenvolvimento. Este mal prognóstico deve-se principalmente pelo diagnóstico tardio que leva a poucas possibilidades de tratamento. Este trabalho tem o objetivo de investigar os genes regulados pelo oncogene MYC, de forma a estabelecer padrões de expressão gênica que guiem ferramentas para diagnóstico e prognóstico da neoplasia gástrica. Em uma primeira abordagem foi utilizada uma cultura de células estabelecidas a partir de pacientes com câncer gástrico do tipo metastático, para, por meio de silenciamento do gene MYC, Sequenciamento de Nova Geração e arranjos de PCR quantitativo em tempo real (qRTPCR), triar um painel de genes importantes regulados por MYC e seus perfis de expressão gênica. Do painel de 150 genes foram selecionados três genes regulados pelo oncogene MYC significativamente correlacionados ao estágio de metástase à distância do câncer gástrica, foram eles: UXT, MTA2 e CIAPIN1. Os três genes foram fortemente associados aos estágios mais avançados dessa neoplasia (P<0.0001). No entanto, apenas UXT e CIAPIN1 puderam detectar metástases à distância em pacientes em estágios iniciais da doença (P<0.0001) com alta sensibilidade (92.3% para UXT e 93.3% para CIAPIN1) e especificidade (90.7% para UXT e 96.2% para CIAPIN1). Além disso, a alta expressão de UXT e CIAPIN1 foi associada significativamente a uma baixa sobrevida global dos pacientes diagnosticados com câncer gástrico (P<0.0001). O estudo conclui que o oncogene MYC atua regulando milhares de genes na carcinogênese gástrica e alguns desses genes estão associados à estágios avançados do câncer, tal como em indivíduos que possuem metástases à distância. Dessa forma, tais genes marcadores podem ser utilizados para guiar o prognóstico e tratamento de pacientes acometidos com o câncer gástrico.
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ANA SIQUEIRA DO NASCIMENTO MARREIRO TEIXEIRA
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Uso da Enzima Polifenol Oxidase e das Nanopartículas de Mesocarpo de Babaçu (Orbignya phalerata Mart) para Construção de um Biossensor para Detecção de Sulfito
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Advisor : CARLA EIRAS
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Data: Jun 24, 2019
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Atualmente, tem se constatado que as alergias alimentares se tornaram mais frequentes devido as altas demandas no uso de produtos industriais, tais como os aditivos alimentares. Dentre os aditivos utilizados na indústria de alimentos podemos destacar os agentes sulfitantes, que apesar de sua eficácia na conservação de alimentos, tem apresentado inúmeras reações adversas em pessoas sensíveis a esses aditivos. Diante do que foi relatado, percebe-se a necessidade de métodos confiáveis, sensíveis e seletivos, tais como os biossensores, para avaliar, com segurança, a presença destes aditivos em um determinado produto alimentício. A partir desta problemática, o presente trabalho objetivou a construção de um biossensor eletroquímico para determinação de sulfito em alimentos, utilizando a enzima polifenol oxidase (PFO), e os polímeros naturais quitosana e o mesocarpo de babaçu (Orbignya phalerata Mart), sendo este último utilizado na forma de nanopartículas poliméricas (MBNPs). As MBNPs foram sintetizadas pelo método de diálise e caracterizadas pelas técnicas de Espalhamento Dinâmico da Luz- DLS, Potencial Zeta e Microscopia Eletrônica de Varredura-MEV, confirmando o sucesso na síntese das nanopartículas poliméricas. O biossensor ECP/MBNPs/QUIT/GA/PFO foi construído pela técnica “casting”, sendo o filme multicamadas adsorvidos sobre o eletrodo de carbono grafite pirolítico, e caracterizado eletroquimicamente pela técnica de Voltametria Cíclica (VC) e Voltametria de Onda Quadrada (VOQ), se mostrando eficiente para detecção do sulfito em sucos industrializados. O biossensor apresentou limite de detecção de 0,151 µmol L-1 e limite de quantificação de 0,452 µmol L-1 . No sentido de analisar a originalidade do trabalho, também foi apresentando um estudo de prospecção científica e tecnológica realizado nas bases científicas Web of Science, Scopus e Scielo, e nos bancos de patentes do Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI, Escritório Europeu de Patentes - Espacenet e Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos – USPTO, demonstrando que o biossensor para determinação de sulfito, utilizando nanopartículas poliméricas obtidas a partir do mesocarpo de babaçu (MBNPs) e a enzima polifenol oxidase, é algo inovador, visto que não foi encontrado nenhum relato na literatura com abordagem semelhante.
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KÁTIA DA CONCEIÇÃO MACHADO
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CARACTERIZAÇÃO FISIOFARMACOLÓGICA IN VITRO E IN VIVO DE NOVOS DERIVADOS DA CLASSE DAS 2-CLORO-N-ARILACETAMIDAS: POTENCIAL ANTINEOPLÁSICO E ASPECTOS TOXICOLÓGICOS
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Advisor : PAULO MICHEL PINHEIRO FERREIRA
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Data: May 29, 2019
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Os cânceres podem ser considerados como um tecido anormal que são caracterizados pelo crescimento de células desordenadas incapazes de formar estruturas funcionais estáveis. Infelizmente, na maior parte dos casos, o tratamento por medicamentos quimioterápicos leva a efeitos colaterais severos. Os derivados da 2-cloro-Narilacetamida pertencem a uma classe química amplamente utilizada como intermediários sintéticos para a obtenção de substâncias bioativas para fins medicinais e químicos. Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito citotóxico de moléculas sintéticas da classe 2-cloro-n-arilacetamida, sendo dividida em 2 capítulos. No capítulo 1 foi abordado as atividades antiproliferativas de dez substâncias derivadas de 2-cloro-Narilacetamidas (1-10), frente a 5 linhagens tumorais e em culturas primárias de células mononucleares do sangue periférico (PBMC) com o ensaio de Alamar blue, bem como sua atividade hemolítica frente a eritrócitos humanos. Com exceção dos compostos 6 (R = OCH3) e 9 (R = COOH), todos os compostos revelaram valores de CI50 variando de 4,9 μM (HL-60) a 50,1 μM (OVCAR-8). O composto 2 (CCL) foi o mais ativo contra três das cinco linhagens tumorais estudadas neste trabalho (HL-60, SF295 e HCT-116). Os compostos não causaram ação citolítica in vitro significativa em eritrócitos humanos. A maioria das moléculas também não foram citotóxicas na proliferação de CMSP humanas, e os valores de CI50 variaram de 11,8 a 44,6 μM. Um estudo toxicológico em duas doses (150 e 300 mg/kg) foi realizado observando parâmetros gerais de comportamento por screening hipocrático, assim como avaliação da atividade exploratória, coordenação motora e ansiedade por meio dos testes de campo aberto, rota rod e labirinto em cruz elevada. Foram observadas mortes somente na maior dose (300 mg/kg) nas três substâncias e não apresentaram alterações exploratórias e motoras. Para a avaliação do potencial antitumoral in vivo, as três moléculas foram administradas via intraperitoneal na dose de 25 mg/kg/dia, durante 15 dias consecutivos em camundongos imunodeficientes transplantados com células de carcinoma de cólon humano (HCT-116). Apenas os compostos CCL e CBR reduziram significativamente o crescimento tumoral em 21,2% (0,57 ± 0,02 g) e 27,5% (0,53 ± 0,04 g) quando comparados ao controle negativo. Mortes ou alterações no peso relativo de órgãos e em parâmetros hematológicos não foram detectados. No capítulo 2 foram avaliados a toxicidade dos compostos CCL, CBR e CNT frente a náuplios de Artemia salina, seguida teste de toxicidade aguda com embriões de peixe-zebra (FET) bem como em células normais humanas de fibroblasto de pulmões (MRC-5). Os três compostos apresentaram valores de CE50 frente a A. salina tóxicos quando comparados ao controle, sendo a CCL a que apresentou menor valor (0,0075 µg/mL). No FET observou-se severa mortalidade nos organismos dos tratamentos com a CCL mais elevados, 1,93 e 7,2 mg/L, com 90% e 100% de morte, respectivamente. Na avaliação da atividade citotóxica de MRC-5 todas as 3 substâncias foram atóxicas às células. A toxicidade por meio do modelo vegetal Allium cepa, os três compostos inibiram o crescimento das raízes, revelando toxicidade macroscópica. Foi realizado, por último, a avaliação oxidante/antioxidante em linhagens de S. cerevisiae, onde a CCL não modulou os danos oxidativos causados pelo peróxido de hidrogênio, já a CBR e CNT conseguiram modular esses danos, nas menores concentrações testadas (1 e 5 μg/mL). Dessa forma, os compostos CCL, CBR e CNT mostraram potencial antitumoral in vitro e in vivo contra células tumorais humanas e fraca atividade contra células normais humanas, com indício de toxicidade branda e ausência de comprometimento funcional severo nos animais tratados com o composto, não demonstrando também efeitos oxidativos ou antioxidantes frente a S. cerevisiae.
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CLAUCENIRA BANDEIRA DA SILVA
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Potencial biotecnológico e farmacológico de Annona coriacea Mart. (Annonaceae)
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Advisor : JOSE RIBEIRO DOS SANTOS JUNIOR
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Data: May 17, 2019
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A espécie Annona coriacea Mart. (Annonaceae) distribui-se por todo Brasil e apresenta importância significativa na descoberta de novos fármacos e cosméticos. O presente trabalho teve como objetivo analisar as características biológicas, químicas e farmacológicas da espécie Annona coriacea Mart., frente a diversos ensaios. O material vegetal foi coletado no Piauí (Cerrado Setentrional), município de Campo Maior. As folhas foram desidratadas à temperatura ambiente e moídas para a posterior extração dos extratos hexânico de Annona coriacea (EHAC 15,96g; 7,98%) e extrato etanólico de Annona coriacea (EEAC 19,43g; 9,71%). A investigação fitoquímica mostrou, para ambos os extratos, a presença de taninos, flavonoides, alcalóide, triterpenos /esteroides e cumarinas, característicos do gênero Annona. O conteúdo de fitoquímicos, obtido por curvas de calibração, revelou um conteúdo aproximado de 52,16 mg de fenóis; 99,6 mg de flavonóides; 17,78 de taninos hidrolisados e 18,17 mg de protocianidinas por grama do EEAC. O EHAC apresentou 13,8 mg de fenóis; 15,2 mg de flavonóides; 5,64 de taninos hidrolisados por grama do extrato. Nos ensaios de eliminação de radicais livres o EEAC reduziu metade dos radicais DPPH com uma concentração de 771,0 µg/mL e apresentou uma capacidade antioxidante equivalente ao Trolox de 144,8 mM por grama de amostra. O EHAC foi menos efetivo nesses ensaios e reduziu em apenas 1058 µg/mL o DPPH e o efeito antioxidante sobre o ABTS foi de apenas 27,8 mM/g de amostra. Os extratos apresentaram excelente atividade larvicida, as concentrações de 20 µg/mL do EEAC e 40 µg/mL do EHAC causaram uma letalidade de 100% das larvas de A. aegypti, após 48h de exposição com uma CL50 de 0,84µg/mL e 0,90 µg/mL, respectivamente. Os EEAC e EHAC também demostraram elevada toxicidade sobre Artemia salina não sendo possível calcular a DL 50. O EEAC mostrou-se um potente inibidor da enzima acetilcolinesterase(AChE) com inibição >50% e CI50 = 6,966 mg/mL. A atividade de inibição do EHAC foi menor que 50%, e sua CI50 não foi determinada. Os extratos foram inativos contra bactérias gram-positiva (Staphylococcus aureus ATCC 25923; S. epidermides newprow0128), gram-negativas (Escherichia coli ATCC 25922, Pseudomonas aeruginosa HUT001) e fungos (Candida albicans ATCC 10231 e C. krusei ATCC 34135) com MIC ≥1024. Contra a cepa resistente a múltiplas drogas de S. aureus (SA1199-B) que superexpressa a bomba de efluxo NorA, o EEAC em concentrações subinibitórias foi capaz de reduzir em até 4 vezes a CIM da norfloxacina, enquanto a HEAC em apenas 2 vezes. Quando os extratos foram associados ao brometo de etídio, um substrato da bomba de efluxo NorA, observou-se uma queda da CIM do corante em 8 e 2 vezes com o EEAC e com o EHAC, respectivamente. Esses resultados são promissores e sugerem que os extratos possuem fitoquímicos que inibem a bomba de efluxo NorA, e tornam a cepa mais sensível ao antibiótico, possuem potencial inseticida biodegradável contra A. aegypti, boa inibição da AChE e também toxicidade contra A. salina subsídios para futuros ensaios de atividade antiproliferativa.
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TARCISIO VIEIRA DE BRITO
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GABAPENTINA ATUA NO MODELO DE DOENÇA DE CROHN COMO ANTIINFLAMATÓRIO INTESTINAL ATRAVÉS DO RECEPTOR ATIVADO POR PROLIFERADOR DE PEROXISSOMA GAMA (PPAR-γ)
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Advisor : ANDRE LUIZ DOS REIS BARBOSA
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Data: May 17, 2019
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A gabapentina (GBP), análoga do ácido gama-aminobutírico (GABA), é um fármaco anticonvulsivante, com indicações também para neuralgia pós-herpética e dor neuropática. E recentemente foi comprovada a ação da GBP revertendo o processo inflamatório geral. Sendo este efeito baseado na antagonização de eventos e vias pró-inflamatórias específica como, a migração de células do sistema imunológico para o sítio da lesão, a redução da atividade da enzima Ciclooxigenase2 e de citocinas pró-inflamatórias como, TNF-α e IL-1β. Com isto a gabapentina tem um forte indício de estar atuando na inibição do Fator Nuclear КB (NF-КB), um ativador do cluster de genes do processo inflamatório, que incluem os genes para TNF-α e IL1β. E sabendo que o receptor ativado por proliferador de peroxissoma gama (PPARγ) é um importante receptor envolvido na ativação do NF-КB, o presente trabalho teve como objetivo estudar a participação da via do PPAR-γ durante o possível efeito antiinflamatório promovido pela GBP na colite induzida pelo ácido trinitrobenzenosulfônico (TNBS) em ratos. Os resultados aqui apresentados sustentam de forma muito sólida a tese de que a GBP atua diminuindo os parâmetros do processo inflamatório na colite induzida por TNBS, principalmente através da sinalização em mastócitos, e além disto, este efeito atribuído à GBP certamente está relacionado à inter-relação com o receptor PPAR-γ que por sua vez inibe a ativação do NF-kB e tendo como consequência a diminuição da ativação da cadeia gênica relacionada ao processo inflamatório intestinal que por sua vez promove uma melhora significativa do quadro inflamatório apresentado pela colite induzida por TNBS.
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FABIANE ARAUJO SAMPAIO
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EXPRESSÃO DA PROTEÍNA METALOTIONEÍNA-1 EM MULHERES COM CARCINOMA MAMÁRIO
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Advisor : BENEDITO BORGES DA SILVA
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Data: May 9, 2019
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O câncer de mama é a neoplasia mais comum que acomete as mulheres nos países ocidentais, sendo a principal causa de morte por câncer entre as mulheres em todo o mundo. No Brasil, foram estimados 59.700 casos novos de câncer de mama para 2018-2019, com um risco de 56,33 casos a cada 100 mil mulheres. Investigar biomarcadores no câncer de mama é importante para a identificação de marcadores mais precisos, visando melhores estratégias prognósticas e terapêuticas possíveis, pois os biomarcadores, tais como os relacionados à proliferação celular e apoptose, apresentam a vantagem de poderem sofrer alterações em seus níveis antes de qualquer resposta clinica ao tratamento, e assim poderiam selecionar melhor as pacientes que se beneficiariam do tratamento adjuvante. A propósito, a metalotioneína (MT), em particular a sua isoforma MT-1, tem sido associada a maior proliferação e redução da apoptose de células malignas e pior prognóstico. Estudos sugerem que a hiperexpressão da MT apresenta, entre outros mecanismos, efeito anti-apoptótico por comprometer a função da p53 no núcleo celular, proteína responsável por estabilizar a manutenção da integridade do genoma. A literatura sobre este tema ainda é escassa e controversa. Todavia, até onde investigamos, não encontramos estudos que avaliassem a expressão imunoistoquímica da MT em carcinoma mamário e fibroadenoma em mulheres na idade reprodutiva. Esta tese foi estruturada em dois capítulos: O capítulo I teve como objetivo avaliar a interação da atividade da metalotioneína, zinco e p53 ou expressão gênica em linhagens de células de câncer de mama ou estudos com animais. Esta revisão sistemática não revelou relação entre metalotioneína, zinco e p53, quando avaliados em conjunto, mas demonstrou interações entre esses biomarcadores quando avaliados em pares. No entanto, novos estudos, principalmente in vivo, são necessários para elucidar os mecanismos moleculares da ação da metalotioneína na prevenção do câncer de mama ou seu papel na progressão da doença. O capítulo II teve como objetivo comparar a expressão da metalotioneína-1 entre o câncer de mama (estudo, n=30) e o fibroadenoma (controle, n=36) de mulheres na idade reprodutiva, que mostrou uma porcentagem média de núcleos corados com anti-MT-1 de 26,93% e 9,10% nos grupos estudo e controle, respectivamente (p<0,001). Além disso, os tumores histológicos de grau 3 mostraram uma expressão de MT-1 significativamente maior do que o grau histológico 1 (p <0,05), sendo que os tumores negativos para receptores de estrogênio, progesterona e HER2 apresentaram uma expressão de MT-1 significativamente maior do que os tumores de mama com estes parâmetros positivos (p<0,05). O presente estudo mostrou que a expressão imunohistoquímica da proteína MT-1 foi significativamente maior no câncer de mama quando comparada ao fibroadenoma e ainda foi possível observar maior imunorreatividade da metalotioneína-1 em tumores mais agressivos.
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SÁVIA FRANCISCA LOPES DIAS
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EFEITO RELAXANTE DA GOMA DO CAJUEIRO (Anacardium Occcidentale L) PURIFICADA E EM SISTEMA DE NANOPARTÍCULAS SOBRE ÚTERO DE RATA.
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Advisor : LIVIO CESAR CUNHA NUNES
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Data: May 3, 2019
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O termo “dismenorreia” é utilizado para denominar as cólicas menstruais dolorosas. O aumento da contratilidade uterina foi proposto como uma das principais causas da dismenorreia primária (DP). Esse estudo propôs o efeito relaxante da goma do cajueiro purificada (GCP) e em sistema de nanopartículas na contratilidade uterina de roedores. A Goma do Cajueiro foi extraída por incisões no tronco da árvore Anacardium Ocidentale e purificada em laboratório. A originalidade do material foi comprovada por Espectroscopia no Infravermelho e Análise Elementar. Para investigação do efeito relaxante em útero isolado de rata (in vitro) foram utilizadas ratas Wistar virgens (Rattus norvegicus). Para o estudo in vivo foram utilizados camundongos fêmeas virgens (Swiss). Todos os animais foram pré-tratados com estradiol antes dos experimentos. As contrações uterinas em órgão isolado foram monitoradas por um transdutor de deslocamento de força conectado a um amplificador de sinal. Os estudos foram realizados em útero pré-contraído com ocitocina (10-2 UI/mL) ou KCl (60mM) em diferentes concentrações da GCP (10-3–103μg/mL). Foi investigado o efeito da GCP sob uma curva concentração-resposta à ocitocina. O mecanismo de ação foi estudado através da participação dos canais de potássio na presença de TEA+ 1mM e 5 mM. O teste de contorção induzida por ocitocina foi utilizado como modelo de DP in vivo. A GCP foi ainda modificada por acetilação para síntese de nanopartículas. Esta foi realizada utilizando o método de diálise ou deslocamento do solvente e analisadas em DLS, Potencial Zeta e índice de polidispersão (IPD). A estabilidade coloidal das nanopartículas foram monitoradas por 12 meses. Os ratos receberam as nanopartículas de Goma de Cajueiro Acetilada (NPsGCA) por gavagem. O tecido uterino foi coletado para exame histopatológico (H & E). A CGP reduz a contração uterina induzida pela ocitocina in vitro de forma significativa e dependente da concentração (CE50 = 2,53 ± 0,54 μg/mL) com eficácia máxima de 97,8 ± 0,8%. A característica do antagonismo da contração é do tipo não competitivo, o que confirma que a GCP não age a nível de receptores. Na presença de 1mM e 5 mM de TEA+ o valor de Emax foi inferior a 50%, o que sugere o envolvimento dos canais de K+. O estudo in vivo demonstrou que a GCP reduziu significativamente o número de contorções induzidas por ocitocina com uma inibição máxima 78,86 ± 8,97% na dose de 0,3 mg/kg. Cortes histológicos confirmaram o efeito tocolítico da GCP. A espectro do infra vermelho e análise elementar atestaram a originalidade da GC e comprovam a hidrofobização por acetilação. As NPsGCA foram sintetizas com partículas de distribuição unimodal (tamanho: 257,63±1,60 nm; potencial zeta: -32,18±0,70 mV; IPD: 0,140±0,012). A estabilidade coloidal das nanopartículas monitorada por 12 meses foi confirmada, o que determina um parâmetro importante para interação e penetração de barreiras biológicas. As NPsGCA inibiram 88,66% as contorções induzidas por ocitocina na concentração de 0,03 mg/kg. Os cortes histológicos confirmaram o efeito tocolítico. O presente estudo demonstrou a existência de um efeito terapêutico inovador da GCP e o aprimoramento do mesmo em sistema de nanopartículas, ao comprovar sua capacidade de diminuir a contração do músculo liso uterino induzida por ocitocina in vitro e in vivo. O mecanismo do efeito tocolítico foi estudado e sugere estar associado à ativação de canais de K+. Isso amplia as possibilidades da Goma do Cajueiro ser mais investigada para o tratamento da DP.
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MARCELO BEZERRA MENDES
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Avaliação do potencial toxicológico e cardiovascular do óleo essencial de Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand livre e complexado com beta-ciclodextrina
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Advisor : ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
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Data: Apr 30, 2019
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A espécie Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand (Burseraceae), utilizada popularmente como analgésico, cicatrizante contém uma resina exudada do caule composta de uma mistura de terpenos, porém não encontrado na literatura científica a utilização da mesma como anti-hipertensiva. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos toxicológicos e cardiovasculares do Óleo Essencial de Protium heptaphyllum (OEPh) livre e do complexo com β-ciclodextrina (OEPh-βCD) em ratos normotensos e hipertensos (SHR e L-NAME). Realizou-se as análises toxicológicas aguda de acordo com a OECD 2003. Ratos fêmeas tratados por via oral OEPh (2000 mg/kg) não apresentaram alteração significativa no consumo de água, alimento, avaliação ponderal, mas apresentaram alteração no parâmetro bioquímico de AST e albumina. No teste de viabilidade celular (in vitro) utilizou-se o ensaio MTT em células macrófagos de murinos e os resultados obtidos demonstram que em 24 horas a viabilidade apresentou-se acima de 50% com CI50 de 69,33 µg/mL. Na verificação do efeito do OEPh sobre o sistema cardiovascular, foram utilizados ratos machos. O OEPh nas doses (3,125; 6,25 e 12,5 mg/kg, VI) induziu hipotensão (-18,66±1,39*; -30,42±2,16*; -35,62±0,67* mmHg, respectivamente, *p<0,05 vs OEPh), reduziu a frequência cardíaca nas maiores doses 6,25 e 12,5 mg/kg (-36,59 ± 9,05*; -28,95±9,99* bpm, respectivamente, *p<0,05 vs OEPh). A participação dos receptores muscarícos foi verificada através da atropina 2mg/kg (IV) e observou que a resposta hipotensora do OEPh foi atenuada na menor e na maior dose e a bradicardia foi abolida, efeito semelhante foi obtido na presença do hexametônio. A participação dos receptores adrenérgicos (α1 e α2), foi realizada na com a utilização dos antagonistas prazosina e ioimbina, respectivamente. E os resultados demonstram que OEPh induz uma atenuação da hipotensão e uma redução da FC em todas as doses utilizadas. O envolvimento dos receptores β-adrenérgicos foi verificado na presença do prapanolol (1,5mg/kg, IV) e observou-se que o OEPh aboliu de maneira significativa tanto a (Pressão arterial média) PAM como a (Frequência Cardíaca) FC em todas as doses testadas. Na avaliação anti-hipertensiva do OEPh no modelo SHR observou-se que o OEPh nas doses (3,125; 6,25 e 12,5) por via venosa, promoveu uma redução da PAM e da FC. Nestes animais, o bloqueio com ioimbina atenuou de maneira significativa os valores pressóricos e da FC. No modelo de hipertensão L-NAME utilizou-se OEPh livre e o β-ciclodextrina por via oral. A dose de OEPh (25 mg/kg) aumentou a PAM em relação ao controle após 20 minutos ΔPAM (2,13 ± 0,87* mmHg). A dose de OEPh (50 mg/kg) promoveu elevação da PAM (5,17±0,14* mmHg) em relação ao controle após 30 minutos seguido de uma diminuição do ΔPAM (-4,7 ± 1,07* mmHg) após os 40 minutos, efeito bifásico. A dose do OEPh (100 mg/kg) aumentou ΔPAM (1,72 ± 0,59* mmHg) em relação ao controle após 20 minutos. O complexo na mesma dose OEPh-βCD (100 mg/Kg) não promoveu alteração da PAM quando comparado ao controle, porém na administração do OEPh-βCD (200 mg/kg) aumentou a PAM em relação ao controle após 40 minutos, tendo um aumento do ΔPAM (15 ± 1,97*mmHg). Enquanto a administração a dose de OEPh-βCD (300 mg/Kg) diminui a PAM após 50 minutos (ΔPAM -9,8 ± 2,63* mmHg). Conclui-se que o OEPh administrado por via venosa induziu efeito hipotensor e bradicardico envolvendo a participação dos receptores muscarínicos, α e β-adrenérgicos ratos normotensos e efeito anti-hipertensivo em ratos SHR. O OEPh-βCD nas doses de demonstrou efeito bifásico (200 e 300 mg/Kg), com atividade anti-hipertensiva em ratos hipertensos (L-NAME).
CEUA:069/2014
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ROGÉRIO ALMIRO OLIVEIRA SILVA
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ARGILA VERMICULITA NATURAL E MODIFICADA PARA APLICAÇÃO NA REMOÇÃO DO FÁRMACO DOXAZOSINA EM MEIO AQUOSO
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Advisor : MARIA RITA DE MORAIS CHAVES SANTOS
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Data: Apr 29, 2019
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A contaminação por substâncias químicas e seus efeitos no meio ambiente especialmente em águas é uma das preocupações da comunidade científica. Os poluentes que merecem destaque são os produtos e metabólitos de origem farmacêutica, devido promoverem a contaminação do ecossistema, serem tóxicos, carcinogênicos e dificilmente são degradados. Os fármacos, tais como, antibióticos e anti-inflamatórios são reportados na literatura como principais contaminantes de águas, isso se deve ao amplo expectro de atuação. O fármaco doxazosina base é atualmente muito utilizado devido suas propriedades e aplicações em diversos tipos de enfermidades, sendo portanto, que a presenta de moléculas deste composto em efluentes provenientes da indústria farmaceútica e do esgoto doméstico podem contaminar, ao longo dos anos, o meio ambiente aquático. A literatura reporta diversos métodos de remoção de substâncias químicas do meio aquatíco, sendo o processo de adsorção o mais simples, eficiente e econômico.Dentre os materiais que podem ser utilizados como matrizes adsorventes, as argilas e em especial a argila vermiculita que se trata de um argilomineral de baixo custo, apresenta alta capacidade de adsorção e troca iônica. Logo, este trabalho teve como objetivo utilizar a argila vermiculita natural e modificada por processo térmico e químico (organofilização) para remoção do fármaco doxazosina em meio aquoso. Inicialmente foi realizada uma revisão bibliográfica e uma prospecção tecnológica em busca de artigos nas bases de artigos Scopus, Web of Science e Scielo e para a busca de patentes as bases INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), EPO (Instituto Europeu de Patentes), USPTO (Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos), WIPO (Organização Mundial da Propriedade Intelectual) e Derwent Innovations Index. Foram encontrados 49 artigos nas bases dos quais apenas 7 relatam estudos que envolvem a vermiculita para remoção de fármacos. Porém das 1471 patentes nenhuma fazem o uso da argila para tal processo. Para o estudo, a vermiculita foi calcinada em temperatura de 900 ºC e organofilizada com sal de amônio (CTMA-Br) em seguida caracterizada por FRX, DRX, DSC, FTIR e MEV. A vermiculita natural, expandida e organofilizada foram aplicadas em estudos de adsorção com variação de massa, tempo, pH e temperatura do fármaco doxazosina em meio aquoso. Os experimentos mostraram que a argila expandida e organofilizada apresentam uma capacidade de adsorção do doxazosina superior à vermiculita natural, em que esta apresentou uma capacidade máxima de adsorção de 58,29 mg g-1 em pH 1, a expandida de 76 mg g-1 em pH 3 e a organofilizada de 106,42 mg g-1. O mecanismo de interação adsorvente-adsorvato indicaram adsorção por quimissorção, e os dados se ajustaram melhor aos modelos de Freundlich e Temkin. Os dados revelaram que a argila expandida e modificada apresentam-se como alternativas promissoras para remoção de fármacos promovendo a revitalização do meio ambiente aquático.
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PATRÍCIA ALVES DE ABREU E SOUSA
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Micro/nanoesfera de SrMoO4 puro e dopado com hólmio como adsorvente de corante azul de metileno e fármaco doxazosina
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Advisor : MARIA RITA DE MORAIS CHAVES SANTOS
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Data: Apr 26, 2019
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Molibdatos e tungstatos são materiais investigados desde o século passado, as principais aplicações são nas áreas da química, engenharias, bioquímica, física e astronomia, atualmente, com aperfeiçoamento de métodos de obtenção e das propriedades vem se destacando a área biotecnológica com vertente de desenvolvimento de novos materiais. Dentre esses compostos, molibdato de estrôncio (SrMoO4) é um material atraente para pesquisas devido suas propriedades químicas e excelente estabilidade, o que possibilita a inserção de íons dopantes a fim de melhorar as propriedades e ampliar as aplicações. Neste sentido, esta pesquisa objetivou a síntese, caracterização de molibdato de estrôncio puro e dopado com hólmio, mantendo o controle morfológico com o intuito de aplicar os materiais na adsorção de corante têxtil azul de metileno e do fármaco doxazosina. Os resultados descrevem que o método solvotérmico possibilitou a formação de SrMoO4 e SrMoO4:Ho sem presença de fases secundárias, cristalinos e o controle morfológico foi alcançado, no qual, SrMoO4 se organizou em forma de microesferas e SrMoO4:Ho se organizou em forma de nanoesferas. As outras técnicas de caracterização confirmaram a organização estrutural dos compostos, a análise por Espectroscopia por Energia Dispersiva determinou a presença de todos os elementos de interesse e do íon dopante, indicando que ocorreu efetivamente a dopagem do material. A aplicação das micro/nanoesferas de SrMoO4 e SrMoO4:Ho na adsorção do corante azul de metileno possibilitou determinar as melhores condições para utilização, no qual, a capacidade adsortiva máxima de corante pelas microesferas foi de 603 mg g-1, ocorrida em pH 2 com tempo de equilíbrio de 30 minutos e para SrMoO4:Ho de 396 mg g-1, ocorrida em pH 3 com tempo de equilíbrio de 420 minutos. O mecanismo envolvendo adsorvente-adsorbato ocorre por interações químicas. Por apresentar melhores resultados de adsorção, as microesferas de SrMoO4 foram aplicadas a 2 ciclos de reuso e apresentaram excelente capacidade de remoção do corante azul de metileno. A aplicação dos materiais para adsorção do fármaco doxazosina, indicou que aas microesferas apresentaram capacidade de sorção máxima de aproximadamente 180 mg g-1, ocorrida em pH 2 com tempo de equilíbrio dinâmico de 90 minutos, enquanto as nanoesferas apresentaram aproximadamente 177 mg g-1, ocorrido em pH 3 com tempo de equilíbrio de 180 minutos. O mecanismo cinético de interação adsorvente-adsorbato ocorre também por interações químicas e os dados se ajustaram melhor ao modelo de adsorção de Temkin. Logo, microesferas SrMoO4 e nanoesferas de SrMoO4:Ho podem ser aplicadas em processos de sorção de corantes têxteis e fármacos em águas residuais prevenindo/revitalizando o meio ambiente, como também.
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CARLA KELLY BARROSO SABINO
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Atividade anti-hipertensiva e vasorrelaxante de complexo de Diosgenina com beta ciclodextrina em ratas ovariectomizadas hipertensas L-NAME
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Advisor : ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
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Data: Apr 25, 2019
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A diosgenina (25R-espriost-5-en-3-β-OH) é um esteróide encontrada em várias plantas farmacologicamente ativas, incluindo espécies de Solanum e Dioscorea. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito anti-hipertensivo da diosgenina e seu complexo nanoestruturado em modelos de menopausa e hipertensão L-NAME, bem como os possíveis mecanismos de ação envolvidos nos efeitos observados. Uma prospecção científica e tecnológica foi realizada e revelou poucas variedades de aplicações farmacológicas a diosgenina complexada em β ciclodextrina (β-CD) em atividade antihipertensiva. Dessa forma, é necessário explorar esse fitoesteróide na área científica e tecnológica, devido ao número limitado de patentes e publicações. Para isto, foram realizadas diferentes formulações do complexo β-CD (MF, LIOF e CE) e avaliadas físico-quimicamente quanto ao melhor método de inclusão supramolecular. A formulação nanoestruturada que apresentou melhor inclusão de Diosgenina foi a obtida pelo método CE. Consequentemente, os testes biológicos de atividade cardiovascular partiram desta formulação. Na caracterização e doseamento, constatou-se que o β-CD apresentou 47,54±1,7 % de eficiência de encapsulação e 7,13±0,25 % de eficiência de carga. No teste de toxicidade aguda, os animais tratados com β-CD não apresentaram sinais de toxicidade aguda até a dose de 2000 mg/kg, por via oral. Nesta mesma dose, o β-CD apresentou capacidade antiagregante, reduzindo de maneira significativa os valores de TTPA em relação ao grupo tratado com salina, por via oral. Na atividade anti-hipertensiva, o β-CD demonstrou importante efeito hipotensor dependente de dose (75, 150 e 300 mg/kg, v.o), enquanto a diosgenina isolada (300 mg/kg, v.o) não apresentou redução da pressão arterial. Além disso, o complexo β-CD na dose 300 mg/kg, v.o, apresentou atividade antihipertensiva semelhante em modelo OVX e OVX/LNAME. Nos testes in vitro, a diosgenina promoveu vasorrelaxamento em anéis aórticos de ratas OVX précontraídos com fenilefrina de maneira dependente de concentração e dependente do endotélio vascular. A participação de mediadores endoteliais foi verificada na presença de L-NAME (100 μM), ODQ (10 μM), Indometacina (10 μM), Atropina (1 μM) ou Tiron (100 M) por 30 minutos, e nestas condições observou-se que ocorreu uma atenuação do vasorrelaxamento promovido por diosgenina. Em anéis sem endotélio pré-contraídos com KCl 80 mM, a adição cumulativa de diosgenina não promoveu efeito vasorrelaxante concentração-dependente. Dessa maneira, esse fitoesteróide demonstrou importante segurança biológica, efeito antiagregante e anti-hipertensivo, com possível envolvimento da via eNOS/CG/COX, bem como a participação dos receptores muscarínicos e dos ânions superóxidos. E não ocorre a inibição do influxo de cálcio através dos canais para cálcio sensíveis a voltagem.
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MARCELO RIBEIRO MESQUITA
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Aplicação do sensoriamento remoto para a identificação das relações da paisagem urbana com a transmissão da leishmaniose visceral.
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Advisor : CARLOS HENRIQUE NERY COSTA
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Data: Apr 25, 2019
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A leishmaniasis Visceral (LV) é uma doença negligenciada, endemica de muitos países subtropicais e tropicais. No Brasil, a LV é causada por um parasita Leishmania infantum e transmitida por um flebótomo Lutzomyia longipalpis. A presença e ausência da doença em certas áreas urbanas sugere a possível associação com características da paisagem urbana. Desta forma o objetivo deste trabalho foi verificar a associação da LV com a paisagem urbana do município de Teresina, localizada no Nordeste brasileiro. Para identificação e classificação das plantas urbanas, utilizou-se a tecnologia de sensoriamento remoto. A imagem de satellite de alta resolução utilizada foi a Worldview-2. O resultado da classificação geral da acurácia foi de 69,4%, com índice de concordância kappa de 0,68. As espécies que obtiveram maior acurácia foram Ficus benjamin (87,5%), seguida de Terminalia catappa (83,3%), Syzygium malaccense (82,4%), Mangifera indica (76,8%), Caesalpinia ferrea (75, 9%), Pachira aquatica (73,9%) e Tabebuia sp (75,9%). Foi analisado ainda a associação das plantas urbanas com a densidade do vetor L. longipalpis. Os achados indicam que tanto as famílias Anacardiaceae (representada por mangueiras e cajueiros) como Meliaceae (nim) têm efeito repelente sobre Lu. longipalpis. Fabaceae (várias espécies de leguminosas), Myrtaceae (goiaba) e Arecaceae (palmeiras) têm potenciais efeitos atrativos, considerando uma distância de até 30 metros das árvores até as armadilhas. Ainda foram analisadas a associação de árvores com a taxa de incidência de LV nos bairros da zona urbana da cidade de Teresina, Brasil. Observou-se que algumas plantas podem favorecer a incidência de LV e outras a sua presença diminui a incidência de LV. Demonstrou-se então a associação de plantas com a incidência de LV Desta forma podemos controlar a doença apenas modificando a vegetação urbana. Isto seria alcançado através da tecnologia limpa e barata do paisagismo urbano, sem o impacto ambiental do uso de inseticidas, ou de controversos programas de eliminação de reservatórios animais.
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WILLAME RODRIGUES DO NASCIMENTO SOUSA
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INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS PARA A GENOTIPAGEM DE SCRAPIE EM OVINOS
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Data: Apr 15, 2019
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O Príon Scrapie faz parte do grupo das Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (EETs), que são desordens neurodegenerativa fatais, e se manifestam em ovinos domésticos (Ovis aries), causando grandes prejuízos econômicos na ovinocultura. O Scrapie pode se manifestar por mutações nos códons 136, 154 e 171, no éxon 3 do gene PRNP. O polimorfismo nestes códons tem estreita relação com a resistência ou susceptibilidade ao desenvolvimento da doença, dependendo da combinação alélica entre os códons. A identificação pode contribuir consideravelmente para diminuir o efeito dessa doença nos rebanhos. O acesso ao DNA genômico requer a extração e isolamento do DNA configurando um passo fundamental para vários estudos clínicos relacionados, incluindo genética, genômica, polimorfismo genético, fingerprinting de DNA e sequenciamento de genes. A genotipagem molecular é o segmento que está em rápido crescimento no mercado de diagnóstico in vitro e que pode ser um passo fundamental para o controle da doença. Diante disso, no presente trabalho de tese foram desenvolvidas duas patentes de invenção, um referente a kit de extração rápido de DNA de células sanguíneas, e outro referente a kit de genotipagem que permite a identificação e diferenciação molecular in vitro de ovinos susceptíveis ao Scrapie. Com essas invenções esperase adicionar mais duas novas ferramentas moleculares, sendo que as mesmas primam pela sua simplicidade e pela rapidez, podendo auxiliar no combate ao Scrapie em ovinos, contribuindo para o controle e prevenção dessa doença, de forma minimizar prejuízos para a economia nacional e internacional.
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LUANNE MORAIS VIEIRA GALVÃO
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Desenvolvimento de uma bebida isotônica a base de cajuína
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Advisor : LIVIO CESAR CUNHA NUNES
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Data: Apr 12, 2019
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O segmento de bebidas isotônicas vem ampliando seu mercado, introduzindo novos sabores e atendendo à demanda crescente por novos produtos. A cajuína é uma bebida típica do nordeste brasileiro, com Indicação Geográfica (IG) do Piauí, preparada a partir da clarificação do suco de caju, sem álcool, sem adição de açúcar, rica em minerais e vitamina C. A partir dos resultados da prospecção tecnológica e científica, que demonstraram que não há nenhuma patente depositada, na base de dados do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), European Patent Convention (EPO) e The United States Patent and Trademark Office (USPTO), e nenhum artigo na base de dados da Web of Science, Pub Med e Scielo relatando à utilização da cajuína na elaboração de bebidas esportivas. Diante disso, o objetivo do trabalho foi desenvolver e avaliar a vida de prateleira de uma bebida isotônica de cajuína. As nove formulações obtidas através de planejamento experimental foram analisadas suas caracterísicas físicas e químicas, e selecionadas as formulações que atendessem aos parâmetros regulamentados pela RDC nº18/2010 da ANVISA. A partir dos resultados obtidos pelas análises físico-químicas, a formulação F5 foi selecionada com: 3,44 ± 0,02 (pH), 6,1 ± 0,0 (ºBrix), 0,27 ± 0,0 g/100mL (Acidez total), valor energético de 23,2 Kcal/100 mL, 5,2 g/100 mL de carboidratos (0,587 g/100 mL de glicose, 0,579 g/100 mL de frutose e 4,468 g/100 mL de sacarose), 270,97 ± 0,05 mOsmol/Kg (Osmolalidade), 810,0 ± 0,87 mg de Na/L, 447,0 ± 0,76 mg de K/L e 48,72 mg/100 mL de vitamina C. A bebida formulada atendeu aos padrões microbiológicos e não apresentou toxicidade, pelo teste utilizando o microcrustáceo Artemia salina, com CL50 de 2022,0 µg/mL. A avaliação sensorial foi realizada com 101 provadores não-treinados, e as médias para os atributos foi de 7,74 ± 1,23 para sabor, 7,01 ± 1,87 para cor e 7,79 ± 1,31 para aroma, que corresponde na escala hedônica a ―gostei moderadamente‖. A média para intenção de compra foi 4,12 ± 0,79, que corresponde ―possivelmente compraria‖. Os índices de aceitabilidade da bebida isotônica de cajuína foram de 86,03, 77,89, 86,58 e 82,38 % para sabor, cor, aroma e intenção de compra, respectivamente. Os dados do estudo de estabilidade apontaram que a bebida isotônica de cajuína pode ser consumida com qualidade e segurança até 150 dias de estocagem. Assim, a utilização da cajuína na produção de bebida isotônica, mostra-se como alternativa de bebida esportiva sem adição de corantes, sabor regional, e com menor quantidade de adição de açúcares, sendo direcionado a atletas que querem tornar sua vida ainda mais natural.
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FRANCISCO VALMOR MACEDO CUNHA
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Desenvolvimento tecnológico de complexo de inclusão em ß-ciclodextrina e nanoemulsão contendo ferulato de etila para aplicação pré-clínica em modelo de inflamação
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Advisor : LIVIO CESAR CUNHA NUNES
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Data: Apr 12, 2019
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Introdução: O ferulato de etila é um fenilpropanóide com atividades anti-inflamatória, antioxidante e neuroprotetora de origem natural e sintética com potenciais usos na indústria nutracêutica e farmacêutica. Entretanto, possui baixa solubilidade em água o que compromete a absorção no trato gastrintestinal, diminui a biodisponibilidade e compromete a reprodutibilidade dos efeitos in vivo para aplicações farmacêuticas de uso oral. Formas farmacêuticas para aplicação tópica têm aumentado nos últimos anos devido a busca por formas de tratamento com menos efeitos adversos e colaterais. Ciclodextrinas de origem natural e sintética são amplamente utilizadas a fim de melhorar o perfil de dissolução de substancias pouco solúveis. As nanoemulsões tem sido a tecnologia de escolha para aplicação de substancia hidrofóbicas de forma tópica propiciando ambiente favorável a pele e perfil de liberação controlado. Objetivo: Desenvolver, caracterizar e testar em modelo de edema de pata induzido por carragenina complexo de inclusão de B-ciclodextrina com ferulato de etila e nanoemulsão para vetorização de ferulato de etila por via tópica. Material e Métodos: Complexos de inclusão de ferulato de etila e B- ciclodextrina foram obtidos por mistura física, malaxagem, liofilização e spray drying. Os complexos obtidos foram avaliados quanto ao teor de ferulato de etila, estabilidade, perfil de dissolução, pesquisa de interações químicas através de FT-IR e avaliação da atividade antinflamatória in vivo através de modelo de edema de pata induzido por carragenina em ratos. Para desenvolvimento da nanoemulsao diagrama de fases pseudo-ternário foi desenvolvido com variações nas concentrações de surfactantes (Tween 80, Span 80), óleo (óleo de soja) e água. Os sistemas foram obtidos por ultrassonicação e foram avaliados quanto aos aspectos macroscópicos bem como tamanho de partícula, índice de polidispersão e potencial zeta. Ao melhor sistema obtido foi incorporado ferulato de etila a 1%, 2.5% e 5%. A melhor nanoemulsao foi então avaliada quanto a estabilidade, pesquisa de interações químicas através de FT-IR, avaliação de permeação in vitro através de célula de Franz, teste de irritação cutânea e avaliação de atividade antinflamatória in vivo através de modelo de edema de pata induzido por carragenina em ratos. Resultados: Os complexos de inclusão obtidos resultaram em aumento da solubilidade e estabilidade comparativamente ao ferulato de etila isolado. Além disso, os complexos obtidos por malaxagem, liofilização e spray drying apresentaram melhor efeito farmacológico comparativamente ao ferulato de etila 100 mg/kg v.o e o complexo obtido por spray drying apresentou efeito anti-inflamatório significativamente melhor que a indometacina (10 mg/kg) da segunda a quarta hora testadas. Dos sistemas obtidos, as melhores características de tamanho de partícula, PDI e estabilidade foi obtido com a proporção de 2.5% de óleo e 10% de tensoativo e 1% de ferulato de etila. A análise por FT-IR não revelou interação entre os componentes da nanoemulsão. O ensaio de liberação in vitro confirmou o perfil de liberação controlado, 26% de liberação do ativo após 6 horas de ensaio. A nanoemulsao obtida não apresentou sinais de irritação cutânea e foi efetiva na redução do edema (p<0,01) da terceira a quinta hora no ensaio de edema de para em ratos. Conclusão: Os sistemas binários entre ferulato de etila e B-ciclodextrina resultaram em aumento da solubilidade, melhora do perfil de dissolução do ativo, aumento da estabilidade e potência farmacológica em modelo inflamatório in vivo. A nanoemulsao desenvolvida apresentou boa estabilidade, perfil de liberação controlado e foi efetiva na redução da inflamação no modelo testado.
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JAIRELDA SOUSA RODRIGUES
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Compósito amido/melamina com extrato de Bixa orellana L. para aplicação biológica na cicatrização em feridas
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Advisor : JOSE RIBEIRO DOS SANTOS JUNIOR
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Data: Apr 8, 2019
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O urucum (Bixa orellana L.) é uma fonte natural de corantes vermelhos e além da bixina, estão presentes nas suas sementes, outros carotenóides, como a norbixina e o β-caroteno, o extrato de urucum está sendo empregado, como anti-hemorrágico, expectorante, laxativo e cicatrizante. Devido ao seu baixo custo e facilidade de extração, os polímeros bixínicos apresentam grande potencial de viabilidade econômica e perfil de aplicação comercial. O presente trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de um filme polimérico de amido/melamina com extrato de Bixa orellana L. adsorvido, para a ação biológica de cicatrização de feridas. Para este propósito, foram sintetizados compósitos com diversas relações de concentração de melamina e com diferentes extratos de urucum. Após a elaboração do filme foi realizado a caracterização por técnica de UV, IV, TG, DSC e MEV. Na ação biológica verificou-se o efeito da membrana na cicatrização em feridas. O desenvolvimento do compósito amido/melamina com extrato de Bixa Orellana obteve características melhores que as bases poliméricas separadas, cola amilácia e resina melamina formaldeido. O filme de amido/melamina e a cola amilácia obtiveram aspecto maleável, a resina melamina formaldeido apresentou-se como um material rígido e quebradiço com característica termorrígida como apresentado nos resultados de Termogravimetria. A formação dos compósitos em diversas relações de concentração e adição de diferentes extratos a 10%, onde a melhor compósito foi a 1% de resina melamina as concentrações de 2 e 3% se apresentaram termorrígidas e frágil. A análise ultravioleta- visível dos compósitos exibiu as transições vibracional características da norbixina, o compósito extraído e neutralizado com NaOH. As análises de Microscopia Eletrônica de Varredura mostraram micrografias bem diferenciadas entre a cola amido e resina melamina, esta apresentou fortes tendências de estrutura termoplástica. Quando os compósitos foram aplicados na cicatrização, observou-se que no sétimo, decimo quarto e vigésimo primeiro dia todos os grupos tratados com compósito de extrato de urucum apresentaram diferença significativa se comparados ao grupo controle negativo na análise macroscópica. Na análise histopatológica, no sétimo dia formou-se tecido de granulação imaturo com boa deposição de colágeno e processo de reepitelização avançada no compósito RIAL. No decimo quarto dia, observou-se uma inflamação leve, caracterizada pela formação de tecido de granulação maduro. Após o vigésimo primeiro dia observou-se formação evoluída fibrose evidente onde ocorreu uma deposição de colágeno comparado com o grupo controle. Os compósitos amido/melamina com extrato de urucum, são de grande importância para a formulação de material com a função cicatrizante em feridas em um tratamento de ação rápida.
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JURANDY DO NASCIMENTO SILVA
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MECANISMOS DA AÇÃO ANTINEOPLÁSICA E ANTINOCICEPTIVA DE UMA FRAÇÃO ACETATO DE ETILA OBTIDA DA PLANTA Casearia sylvetris EM MODELOS EXPERIMENTAIS DE TUMORES MURINOS E HUMANOS E DE DOR ONCOLÓGICA
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Advisor : PAULO MICHEL PINHEIRO FERREIRA
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Data: Apr 5, 2019
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A especie Casearia sylvestris Swartz (Salicaceae) é uma planta medicinal, bastante utilizada na América do Sul, com diveras atividades farmacológica atribuídas principalmente a metabólitos secundários da classe dos terpenos (diterpenos clerodânicos). Esse trabalho teve como objetivo avaliar a ação antitumoral e antinociceptiva de uma fração acetato de etila rica em diterpenos clerodânicos (FC) e do composto Casearina X (Cas X) extraídos de C. sylvestris. FC (10 e 25 i.p. e 50 mg/kg/dia v.o.) e Cas X (25 i.p. e 50 mg/kg/dia v.o.) inibiram o crescimento tumoral em 7 dias de tratamento (p<0,05), reduziram a integridade da membrana, induziram a fragmentação do DNA e a despolarização mitocondrial (p<0,05). Animais tratados com FC 25 mg/kg/dia i.p e v.o., apresentaram uma maior sobrevida. No ensaio antiproliferativo em fibras ocas (HFA) a FC i.p e v.o. reduziu a proliferação celular em linhagens de glioblastoma humano (SF-295) e carcinoma colorretal humano (HCT-116) (p<0,05). No ensaio em modelo xenográfico houve uma redução significativa dos tumores dos animais tratados com a FC com ausência de alterações significantes na massa úmida dos órgãos e nos parâmetros hematológicos (p>0,05). Análises microscópicas dos tumores (HCT-116) revelaram alterações relevantes e morte celular por necrose (FC 10 mg/kg/dia i.p.). Em análises histológicas do fígado, foi constatada vacuolização e degeneração, hemorragia observadas nos rins, seguida de congestão celular apenas nos grupos FC 10 mg/kg/dia (i.p. e v.o.). A FC apresentou efeito antinociceptivo significativo em camundongos sadios e acometidos pelo tumor S-180 no teste de contorções abdominais, com destaque para animais tratados com maiores doses (25 i.p. e 50 mg/kg v.o.). Na fase neurogênica do teste de formalina, todas as amostras reduziram de forma significativa o tempo de lambida da pata. Na fase inflamatória apenas as doses por via oral tiveram efeitos promissores (p<0,05). Na avaliação do envolvimento sistemas de dor mediados por vias especificas, o antagonista naloxona reverteu o efeito antinociceptivo na primeira fase do teste enquanto os antagonistas L-NAME e Atropina (p<0,05) reverteram o efeito antinociceptivo da FC (50 mg/kg v.o.), na segunda fase do teste de formalina. A FC (25 i.p. e 50 mg/kg v.o.) diminuiu significativamente a hiperalgesia mecânica em até 4 horas (p<0,05), seguido da ausência em parâmetros comportamentais e motores em animais acometidos do tumor S-180 (p>0,05). Juntos, esses achados corroboram com o uso popular de C. sylvestris Sw para fins terapêuticos como proposto pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sugerindo o desenvolvimento de um fitomedicamento com ação anticâncer e analgésica, tendo como base moléculas de diterpenos do tipo clerodânicos, com administração oral em fórmulas farmacêuticas sólidas.
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KAYO ALVES FIGUEIRÊDO
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Desenvolvimento tecnológico de uma microemulsão contendo riparina C para o tratamento da leishmaniose tegumentar: obtenção, caracterização e avaliação farmacológica.
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Data: Apr 5, 2019
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A leishmaniose afeta mais de 12 milhões de pessoas ao redor do mundo. É considerada pela Organização Mundial da Saude (OMS) como uma das principais doenças negligenciadas no mundo, afetando principalmente a população pobre de países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. O alto custo e a falta de eficácia dos tratamentos tradicionais vêm sendo um estímulo na busca de alternativas terapêuticas para a leishmaniose. O objetivo deste trabalho foi realizar o desenvolvimento tecnológico de uma microemulsão contendo riparina C (RipC), bem como realizar sua avaliação farmacológica da atividade antileishmania. No capítulo I, foi realizada uma prospecção de estudos de docagem molecular de alvos bioquímicos através de uma busca de literatura científica de macromoléculas deLeishmania sp e, assim, servir de subsídio teórico para estudos in silico na triagem de novos fármacos para a terapia antileishmania. No capítulo II, foi realizado um estudo de avaliação biológica de atividade antileishmania, ADMET-tox in silico e docagem molecular das riparinas A - F. As riparinas A-F apresentaram uma potente ação citotóxica in vitro em formas promastigotas de Leismania major, principalmente para RipC e RipE. Quanto ao perfil ADME-Tox, as riparinas A-F apresentaram pequenas diferenças quanto a suas propriedades físico-químicas. O LogP foi um importante parâmetro para as diferenças encontradas de atividade antileishmania entre as moléculas. Nos estudos por docagem molecular os ligantes apresentaram constante de inibição<1 μM para LmNMT e LmLEI. As riparinas apresentam um excelente potencial para aplicação na terapêutica antileishmania, principalmente para as riparinas C, D, E e F que apresentaram os melhores perfils de resultados in silico e in vitro. No capítulo III, realizou-se a obtenção de uma microemulsão (ME) contendo RipC, ME1-RipC e ME2-RipC, para o tratamento da leishmaniose cutânea através da administração tópica. Além disso, analisou-se a sua estabilidade preliminar, caracterização físico-química e outros ensaios de controle de qualidade. Diagramas de fase foram obtidos através de uma mistura a frio, sob agitação moderada, de Polissorbato 80, Transcutol®, miristato de isopropila e água purificada. As formulações mantiveram-se estáveis nos ensaios de estabilidade preliminar. O método analítico demonstrou ser específico, linear, preciso, exato e robusto. As formulações apresentaram bons perfis de cinética de liberação in vitro e com modelos cinéticos diferentes. Tais formulações foram capazes ainda de permear a pele da região dorsal de camundongos Balb/c, com destaque para ME2-RipC. No estudo de atividade antileishmania in vivo, ME1-RipC, ME2-RipC e AMB% foram capazes de retardar o desenvolvidos das lesões leishmanióticas e a frequência de ulcerações em relação aos grupos controles, com p<0,05 apenas para ME2-RipC e o controle positivo AMB3%. ME1-RipC, ME2-RipC e AMB3% foram capazes de reduzir de forma estatisticamente significativa a carga parasitária nas lesões em relação a ME1 e ME2. Foi observado a ausência de toxicidade do tratamento proposto para o parâmetros peso, hematócrito, função renal e hepática, bem como a ausência de sinais clínicos de toxicidade aguda. Desta forma, a ME obtida tem potencial para uma futura aplicação tópica, podendo compor um sistema de liberação de fármacos para o tratamento da leishmaniose cutânea.
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AFRA MARIA DO CARMO BANDEIRA DO NASCIMENTO
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DESENVOLVIMENTO DE MEMBRANA A BASE DE COLAGENO E PÓLEN APÍCOLA PARA APLICAÇÃO BIOTECNOLÓGICA
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Data: Apr 2, 2019
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O pólen apícola tem sido alvo de estudos que investigam sua composição química, fitoquímica e atividade antioxidante, bem como seus efeitos biológicos de ação antiinflamatória, antiviral, antimicrobiana, hepatoprotetora, preventivo de prostatite benigna, antienvelhecimento e cicatrizante. Fundamentada nestas informações, o objetivo do estudo foi desenvolver membrana de colágeno contendo extrato de pólen apícola no tratamento de lesões cutâneas, avaliando seu efeito cicatrizante. A caracterização de bioativos do extrato de pólen baseou-se em testes colorimétricos para determinação do conteúdo de polifenois totais, de flavonoides totais e da atividade antioxidante avaliada por três testes in vitro: DPPH, ABTS e FRAP. O extrato também foi testado para atividade antimicrobiana. Os materiais desenvolvidos (membrana com extrato e membrana sem extrato) foram submetidos à avaliação genotóxica via cometa alcalino e micronúcleo (MN), usando como controle positivo para ambos a ciclofosfamida. As membranas foram implantadas via intraperitoneal nos animais e verificadas as alterações em exposição aguda e crônica. A cicatrização foi acompanhada histologicamente por 21 dias, sendo quatro grupos experimentais (n=5): grupo controle CTR, sem cobertura; grupo pomada CP, representando o parâmetro comercial; grupo membrana CMP, que recebeu a membrana contendo o extrato; e CMSP, que recebeu a membrana sem o extrato. Pela avaliação fitoquímica, notou-se um conteúdo de polifenois. Os extratos mostraram ação antimicrobiana apenas contra Pseudomonas aeruginosa. Além disso, para ambos os testes de genotoxicidade, as membranas não apresentaram alterações mutagênicas significativas. E o histológico comprovou a eficiência da membrana no processo de cicatrização, pois aos 21 dias a área da lesão encontrava-se restaurada e sem sinais inflamatórios.
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ROSÁLIA MARIA TÔRRES DE LIMA
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Toxicogenética do [6]-Gingerol frente as suas possíveis ações antitumorais
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Data: Apr 1, 2019
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As substâncias encontradas no gengibre (Zingiber officinale Roscoe) apresentam ações antitumoral, antimutagênica, antioxidante e anti-inflamatória. O estudo avaliou os efeitos e mecanismos toxicogenéticos e antitumorais do [6]-Gingerol ((S)-5-hidroxi-1-(4-hidroxi-3-metoxifenil)-3-decanona) em ensaios não clínicos. A toxicidade e citotoxicidade foi avaliada em Artemia salina, Allium cepa e MTT (brometo de 3-[4,5-dimetil-tiazol-2-il]-2,5-difenil). Efeitos antitumorais foram avaliados em linhagem humana para leucemia, murinos com Sarcoma 180 e carcinoma mamário, induzido pelo 7,12-dimetilbenzantraceno, com aplicação de marcadores citogenéticos. O [6]-Gingerol foi testado em 5, 10, 20, 40, 60, 80 e 100 µg.mL-1. O [6]-Gingerol apresentou toxicidade e citotoxicidade a partir de 10 µg.mL-1 em A. salina e A. cepa, apresentando concentração inibitória no ensaio MTT de 1,14; 5,73 e de 11,18 µg.mL-1, em linhagem leucêmica, Sarcoma 180 e em células mononucleadas de sangue periférico, respectivamente. Nas concentrações de 10 e 20 µg.mL-1, o [6]-Gingerol apresentou efeitos antitumorais em Sarcoma 180 pela redução de viabilidade celular e do índice de divisão celular, por mecanismos genotóxicos similares aos danos oxidativos induzidos pelo H2O2. Efeitos antitumorais do [6]-Gingerol em 10 µg.Kg-1, também foram observados em camundongos fêmeas com carcinoma mamário, evidenciado pelas análises histopatológicas e redução da marcação da proteína Ki-67. O tratamento com [6]-Gingerol não demonstrou alterações na avaliação comportamental dos animais, o perfil hematológico apontou conformidade na série vermelha, porém, aumento de eosinófilos, na série branca. Na avaliação bioquímica para enzimas hepáticas, foi observado aumento significativo de alanina aminotransferase, contudo, verificou-se ausência de alterações renais (ureia e creatinina). O [6]-Gingerol induziu baixa toxicidade, genotoxicidade e apoptose em células não tumorais (sangue periférico, medula óssea e fígado) quando comparado a ciclofosfamida (25 mg.kg-1). Assim, o [6]-Gingerol teve efeitos antitumorais por mecanismos citogenéticos indicativos de citotoxicidade e genotoxicidade por danos oxidativos, mutagenicidade pela formação de brotos e pontes nucleoplásmicas, que culminaram para a indução de apoptoses. Os efeitos observados em estudos não clínicos podem contribuir para novas análises necessárias para o uso do [6]-Gingerol em formulações farmacêuticas antitumorais.
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AYRES FRAN DA SILVA E SILVA
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Desenvolvimento de um biossensor para diagnóstico de doença de Chagas
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Data: Mar 25, 2019
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Os imunoensaios realizados em plataformas eletroquímicas apresentam alta sensibilidade. Um dispositivo simples (imunossensor) feito com materiais de baixo custo, à base de eletrodo de grafite (GE) modificado pela adsorção de hemácias sensibilizadas por antígenos de Trypanosoma cruzi (T. cruzi) (GETC), foi utilizado para detectar anticorpos específicos de T. cruzi em amostras de soro humano, pois as amostras positivas e negativas analisadas revelou um ponto de corte em 16,55%. A modificação que ocorreu na superfície do GE consumiu 10 vezes menos volume de suspensão de hemácias sensibilizadas, quando comparado ao volume utilizado pelo kit de reação de hemaglutinação indireta (HAI). A doença de Chagas é uma infecção responsável pela perda da capacidade de trabalho e pôr óbitos em muitos países, estima-se que 100 milhões de pessoas em todo mundo possam ser afetadas pela doença. O GE e as modificações que ocorreram em sua superfície foram caracterizados por microscopia eletrônica de varredura (MEV), voltametria cíclica (CV), espectroscopia de impedância eletroquímica (EIS) e cronopotenciometria. Os resultados obtidos para doença de Chagas por cronopotenciometria mostraram alta correlação com os obtidos pelo ensaio imunoenzimático (EIE) para o diagnóstico da infecção por T. cruzi. O tempo total gasto para o diagnóstico da doença de Chagas por cronopotenciometria foi de 10 minutos, enquanto os kits comerciais que foram utilizados nesse trabalho levaram de 1 a 2 horas. Assim, o imunossensor produzido, mostrou-se rápido e sensível. Uma plataforma eletroquímica inédita para a reação de hemaglutinação de anticorpos específicos contra hemácias sensibilizadas, para o diagnóstico da doença de Chagas.
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THALYTA PEREIRA OLIVEIRA
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Desenvolvimento de biossensor eletroquímico, de baixo custo, para a determinação de reatividade Anti-HLA, no contexto de transplante de órgãos sólidos
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Advisor : JOSE RIBEIRO DOS SANTOS JUNIOR
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Data: Mar 21, 2019
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Este trabalho relata o desenvolvimento de um biossensor eletroquímico para utilização em testes de verificação de compatibilidade genética entre indivíduos. Utilizou-se um eletrodo de ouro, “made in home”, limpo, que apresentou voltamograma característico. de ouro policristalino. Foram imobilizados os linfócitos e testados com soros humanos positivos e negativos e complementos sobre o eletrodo de ouro. Os experimentos foram realizados em uma célula de três eletrodos: trabalho o eletrodo de ouro; referencia Ag/AgCl em solução de KCl saturado; contra eletrodo placa de platina. A técnica utiliza foi a voltametria cíclica. As medidas elétricas dos linfócitos imobilizados sobre a superfície do ouro apresentou corrente anódica 1,78 µA em aproximadamente 0,50 V vs. Ag/AgCl. As respostas eletroquímicas dos soros (positivo e negativo) e do complemento não apresentam sinais oxidação ou redução no intervalo de potencial medido. Os eletrodos com células e soro positivo apresentou o sinal de corrente amplificado, no potencial de oxidação das células. O eletrodo desenvolvido para verificação de compatibilidade genética entre indivíduos, em uma análise qualitativa, apresentou-se eficaz quando comparado com os métodos de análise citometria de fluxo e citotoxidade dependente de complemento. Os resultados sugerem que o biossensor eletroquímico pode ser empregado para tal aplicação.
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ALINE BARBOSA NEGREIROS
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ANÁLISE GENÉTICA E GENÔMICA DA ABELHA-SEM-FERRÃO Melipona rufiventris: SEQUENCIAMENTO, DESENVOLVIMENTO DE FERRAMENTAS MOLECULARES E INFERÊNCIAS POPULACIONAIS
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Data: Mar 20, 2019
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A abelha brasileira, Melipona rufiventris, vulgarmente conhecida como Uruçu Amarela, apesar do potencial ecológico e econômico, assim como as demais espécies desse grupo, tem sofrido bastante com a devastação ambiental provocada pelo homem, principalmente por conta da constante especulação agropecuária das regiões onde a espécie é endêmica, o que a colocou dentro da categoria de espécies ameaçadas de extinção pelo ICMBio. Porém, deve-se haver cautela quanto a esse enquadramento, principalmente pelo fato de se tratar de uma espécie com taxonomia indefinida. Assim, vê-se a necessidade do uso de marcadores moleculares, para não só solucionar essa questão, como também para identificar o perfil genético das populações presentes no Brasil de forma a auxiliar nas estratégias de conservação. Baseado nisso, o objetivo principal desse trabalho foi realizar um estudo genômico de frequência e abundância dos microssatélites na abelha-sem-ferrão Melipona rufiventris, M. subnitida e M. fasciculata utilizando a tecnologia do Sequenciamento de Nova Geração (NGS) e identificar e desenvolver marcadores microssatélites específicos e heteroespecíficos para M. rufiventris com validação feita por meio de inferência populacional de abelhas presentes em Minas Gerais, Goiás e Piauí. Para isso, de parcela do genoma, uma plataforma de base de dados de sequências foi gerada, a partir do qual foram selecionadas e identificadas regiões microssatélites com potencial para estudos genéticos. No geral, obtevese um total de 3.495 (137.313 contigs), 11.869 (47.081 contigs) e 93.588 SSRs (141.412 contigs), presentes em M. rufiventris, M. fasciculata e M. subnitida, respectivamente. Os tipos de microssatélites mais frequentes foram di e trinucleotideos, comuns em regiões neutras do DNA. Trinta e sete marcadores heteroespecificos (19 de M. subnitida e 18 de M. fasciculata) foram utilizados em M. rufiventris, sendo que maior parte da transferência foi relacionada à espécie M. subnitida, comprovada sua eficácia por meio de pequeno estudo populacional. De 25 marcadores desenvolvidos especificamente para M. rufiventris, 16 foram polimórficos, sendo capaz de demonstrar, como esperado, alta diferenciação genética (FST=0,252, RST=0317 e Dest= 0,284) entre as populações de Goiás, Minas Gerais e Piauí. Por meio desse trabalho de Tese, obtivemos um conjunto de novos marcadores eficazes para inferências populacionais em abelhas M. rufiventris, corroborando inclusive com as suspeitas de que as populações, presentes nos biomas Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica possam ser subespécies diferentes.
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KARLA COSTA BEZERRA FONTENELE OLIVEIRA
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APLICAÇÕES DO ARGILOMINERAL PALYGORSKITA ASSOCIADO A BIOMOLÉCULAS NO DESENVOLVIMENTO DE BIOMATERIAIS
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Advisor : CARLA EIRAS
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Data: Mar 18, 2019
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Os materiais de origem natural representam alternativas cada vez mais atrativas para o desenvolvimento de novos dispositivos visando a melhoria da saúde e da qualidade de vida da sociedade. Entre as possibilidades, os argilominerais aliam sua capacidade adsortiva, estabilidade térmica, reforço mecânico, viscosidade e biocompatibilidade à imobilização de moléculas bioativas no design de materiais multifuncionais. A palygorskita (PAL) é um argilomineral natural de morfologia fibrosa, de ocorrência no estado do Piauí com potencial para ser usado na ancoragem de moléculas orgânicas. Uma classe de moléculas de interesse é a dos peptídeos antimicrobianos (PAMs), detentores de propriedades antibacteriana, antiviral, antifúngica e antiparasitária podendo atuar como elementos terapêuticos ou no reconhecimento de agentes patogênicos em sistemas sensores. A Dermaseptina 01 (DRS 01) é um peptídeo sintetizado da secreção dérmica de anfíbios anuros da família Phyllomedusidae. Esta biomolécula tem sido alvo de estudos na área médica, incluindo sua associação com nanoestruturas. Outra classe de compostos é a dos exopolissacarídeos, produtos biotecnológicos sintetizados a partir de uma gama de organismos, entre eles, as bactérias, como as do gênero Sphingomonas. A goma gelana (GG) é um biopolímero com aplicações estabelecidas na indústria alimentícia, farmacêutica e na área médica devido às suas propriedades de biocompatibilidade. Diante do potencial destes materiais, o presente trabalho apresenta os avanços recentes na literatura acerca das moléculas biológicas imobilizadas em argilominerais evidenciando as biomédicas, seja para o desenvolvimento como biossensores, na medicina regenerativa ou mesmo em sistemas de entrega controlada. Para a parte experimental, a PAL foi previamente submetida a processos de purificação para o enriquecimento de suas propriedades adsortivas, o qual demonstrou um papel importante na resposta dos materiais formados. A imobilização do peptídeo DRS 01 pelo argilomineral PAL foi realizada por meio da técnica Layer-by-Layer (LbL) sobre substrato de óxido de estanho dopado com índio (ITO). Os filmes LbL foram caracterizados eletroquimicamente por Voltametria Cíclica (VC) em meio tampão fosfato 0,1 mol L −1 (pH 7,25; 25°C) a velocidade de 50 mV/s, Espectroscopia de UV-Vis, FTIR por reflexão total atenuada (FTIR-ATR) e Microscopia de Força Atômica (MFA). Os resultados para os filmes ITO/DRS 01 e ITO/PAL/DRS 01 mostraram um processo de oxidação em 0,77 V, demonstrando que a DRS 01 manteve seu comportamento eletroativo. Além disso, a utilização da PAL purificada influenciou positivamente a formação do filme com aumento na densidade de corrente de 1,82 µAcm-2 (ITO/PAL-IN/DRS 01) para 2,63 µAcm-2 (ITO/PAL/DRS 01) corroborando os resultados de DRX da PAL. A variação no número de bicamadas apresentou um aumento na densidade de corrente (4,60 μAcm-2 ) para o filme contendo 3 bicamadas, ITO/(PAL/DRS 01)3. Os filmes LbL a base de DRS 01 e PAL surgem como uma alternativa no desenvolvimento de plataformas versáteis e de fácil preparação. A PAL, por sua vez, também foi avaliada em associação com a a goma gelana quanto à sua aplicação no desenvolvimento de filmes casting como plataforma para liberação de fármaco. Duas amostras de PAL foram testadas, uma natural e outra ativada termicamente em diferentes concentrações (1, 5, 15, 30, e 50%). As propriedades físico-químicas dos filmes foram investigadas por MEV, FTIR-ATR, DRX e TG/DTG. Testes mecânicos, de Permeabilidade ao Vapor d'água Genotoxicidade e Ensaios de Liberação in vitro foram avaliados. A adição de PAL desempenhou o reforço das propriedades mecânicas dos filmes com aumento dos valores para força de punção e elongação relacionados à rigidez das fibras do argilomineral. Os estudos de permeabilidade revelaram um sistema com comportamento hidrofílico com diferença significativa para as amostras nas concentrações a 1 e 5%. Nenhum sinal de toxicidade foi reportado para os filmes biocompósitos. O estudo de liberação in vitro revelou que a adição de PAL natural na concentração de 1% melhorou o perfil de liberação do fármaco modelo em relação ao filme formado exclusivamente por GG. O filme GGPAL 1% exibiu um valor máximo de liberação de 79,26% ao final do ensaio, o qual constitui uma importante resposta para potenciais aplicações deste material como carreador de fármaco. O conjunto de resultados desta pesquisa contribui agregando valor à PAL, um material regional ainda pouco investigado em associação com biomoléculas. Desta forma, abre-se novas possibilidades biotecnológicas destes sistemas nas áreas de dispositivos sensores ou ainda para revestimentos de biomateriais na área biomédica.
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ALYNE RODRIGUES DE ARAUJO
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POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO DA FRAÇÃO AQUOSA DO EXTRATO ETANÓLICO DE Terminalia fagifolia Mart. E IDENTIFICAÇÃO DO SEU CONSTITUINTE MAJORITÁRIO
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Advisor : JOSE ROBERTO DE SOUZA DE ALMEIDA LEITE
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Data: Mar 14, 2019
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A espécie Terminalia fagifolia Mart., presente no cerrado brasileiro, se destaca pelo seu uso etnofarmacológico. Em estudos anteriores, a fração aquosa do extrato etanólico de T. fagifolia apresentou resultados promissores no tocante à atividade antibacteriana, antibiofilme e citotóxica, sendo a fração do extrato etanólico mais ativa dentre aquelas testadas. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi averiguar o potencial biotecnológico da fração aquosa do extrato etanólico de T. fagifolia Mart., bem como isolar e identificar seu constituinte majoritário. A fração aquosa foi avaliada quanto ao seu potencial antifúngico contra leveduras e fungos filamentosos, de acordo com os documentos M27-A3 e M38-A2 da CLSI (2008), com posterior análise das alterações morfológicas em Candida albicans por Microscopia de Força Atômica. O potencial anti-inflamatório da fração aquosa foi verificado pelos modelos de edema de pata e peritonite induzidos por carragenina em camundongos, além do modelo de neuroinflamação induzida por LPS em células microgliais. A atividade antioxidante da fração aquosa foi caracterizada por ensaios in vitro, tais como sequestro dos radicais DPPH, ABTS, além da capacidade de redução do ferro (FRAP) e de absorção do radical oxigênio (ORAC). A toxicidade da fração aquosa foi testada em eritrócitos humanos e em larvas de Galleria mellonella. Para identificação do constituinte majoritário, o estudo fitoquímico da fração aquosa foi realizado por meio de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas (CL-EM) e ressonância magnética nuclear (RMN). As características do mecanismo de ativação da molécula foram estudadas usando simulações computacionais de química quântica. O extrato etanólico e a fração aquosa de T. fagifolia foram utilizados para síntese verde de nanopartículas de prata (AgNPs), que foram caracterizadas por espectroscopia de UV-vis, FTIR, NTA, MET/EDS e Voltametria cíclica. Uma vez caracterizadas, as AgNPs foram testadas quanto a sua atividade antioxidante (DPPH, ABTS, FRAP e ORAC), com determinação de fenólicos e flavonoides totais, além da sua atividade antibacteriana e antifúngica. O teste de hemólise foi realizado para verificar a biocompatibilidade das AgNPs. Após a realização dos testes, a fração aquosa demonstrou excelente potencial antifúngico, principalmente contra leveduras sensíveis e resistentes do gênero Candida sp.. Em relação aos modelos murinos utilizados, a fração aquosa diminuiu siginificativamente o edema de pata na terceira hora, com percentual de inibição do processo inflamatório semelhante ao da Indometacina, além disso, reduziu significativamente os níveis de malondialdeído no modelo de peritonite. Em micróglias, o pré-tratamento com a fração aquosa foi capaz de inibir significativamente a produção de NF-kB após indução com LPS. Quanto aos ensaios de toxicidade, a fração aquosa não demonstrou toxicidade contra as larvas de G. mellonella e não diminuiu a viabilidade dos eritrócitos, nas concentrações ≤ 500 µg/mL. A partir das análises fitoquímicas, identificou-se um derivado do ácido elágico como o constituinte majoritário da fração aquosa. Os estudos teóricos mostraram semelhança estrutural entre a molécula isolada e a indometacina, além de um excelente potencial antioxidante Com o extrato etanólico e a fração aquosa foi possível sintetizar nanopartículas de prata esféricas e poligonais, respectivamente e as AgNPs sintetizadas apresentaram atividade antimicrobiana e potencial antioxidante. Os resultados obtidos nessa investigação indicam que a fração aquosa do extrato etanólico tem potencial para aplicação na área biomédica, com baixa toxicidade.
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ANY CAROLINA CARDOSO GUIMARÃES VASCONCELOS
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Análise dos efeitos orais e hepáticos do alfa-terpineol complexado com beta-ciclodextrina no modelo de periodontite induzida em ratos
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Advisor : ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
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Data: Mar 11, 2019
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A periodontite é uma doença infecciosa e imunoinflamatória multifatorial que, além de comprometer progressivamente a integridade do periodonto, pode causar danos remotos, incluindo alterações hepáticas. Essa correlação reforça a necessidade de desenvolver tratamentos novos e eficazes. Assim, o alfa terpineol (α-TPN), um monoterpeno álcool derivado de óleos essenciais, em complexação com beta ciclodextrina (β-CDs), assume um impacto possivelmente benéfico na terapêutica adjuvante da periodontite por suas conhecidas propriedades biológicas, bioquímicas e tecnológicas. Neste trabalho, o objetivo foi investigar a ação anti-inflamatória e antioxidante proporcionada pelo α-TPN isolado e α-TPN complexado com β-CDs em modelo experimental de periodontite induzida em ratos mediante análise dos parâmetros orais, sanguíneos e hepáticos. Quanto aos parâmetros clínicos foi analisado o índice de sangramento gengival, mobilidade dental e profundidade de sondagem. Altura óssea alveolar e mieloperoxidase (MPO) gengival também foram observadas e analisadas. Avaliação da fosfatase alcalina (FAL) por reação de imunohistoquímica foi realizada em amostras do fígado para verificar o dano hepático causado pela periodontite. A ação do complexado foi analisada histopatologicamente e morfometricamente no fígado. Marcadores de inflamação tais como a MPO e citocinas do grupo de fatores de necrose tumoral alfa (TNF-α) e interleucina 1 beta (IL-1β) e de estresse oxidativo pelas dosagens de malondialdeído (MDA); glutationa reduzida (GSH), nitritos e nitratos foram quantificados. Parâmetros bioquímicos no sangue como a lipoproteína de alta densidade (HDL), triglicerídeos, colesterol total, gama glutamiltransferase (GGT), alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST) e glicose foram analisados. Dos parâmetros hepáticos, foi considerada a massa corporal hepática, a análise histopatológica do fígado e de ultraestrutura do hepatócito por microscopia eletrônica de transmissão (MET). Desta análise, os animais induzidos com a periodontite apresentaram as seguintes alterações: significante aumento no número de hepatócitos binucleados e FAL positivos, aumento no tamanho e número das vesículas lipídicas (VLs), aumento na distância entre as cisternas do retículo endoplasmático rugoso (RER), aumento no tamanho das mitocôndrias, foamy citoplasmático e acúmulo de glicogênio. O tratamento tanto do α-TPN isolado quanto dessa mesma molécula complexada com β-CD melhoraram significativamente vários parâmetros orais comparado com os animais com periodontite. Além disso, o tratamento com o αTPN isolado e complexado com β-CD diminuiu o escore de esteatose dos ratos com periodontite. O complexado demonstrou ação promissora quanto à melhora significativa nos parâmetros clínicos orais com diminuição da inflamação e nos indicativos de estresse oxidativo. Além disso, a microesteatose causada pela periodontite foi amenizada nos ratos tratados quando o complexado, destacando que a β-CD melhorou as propriedades do α-TPN.
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BÁRBARA VERÔNICA CARDOSO DE SOUZA
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"Efeitos hipoglicemiantes de extratos microencapsulados das folhas de Bauhinia forficata Link subsp. forficata: caracterização química, capacidade antioxidante e toxicogenética"
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Advisor : LIVIO CESAR CUNHA NUNES
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Data: Feb 28, 2019
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O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) caracteriza-se por uma hiperglicemia, devido a uma deficiência de insulina causada por disfunção das células β pancreáticas, com prevalência e morbimortalidade elevada. A Bauhinia forficata Link subsp. forficata é uma espécie vegetal com atividade antioxidante significativa e que pode ser utilizada no tratamento dessa patologia e prevenção de suas complicações. Diante disso, esse estudo objetivou obter e caracterizar extratos microencapsulados, investigar a bioacessibilidade dos compostos bioativos identificados e sua atividade antioxidante e seus efeitos hipoglicemiantes em modelo animal para diabetes induzidos por estreptozotocina, bem como sua toxicogenética para a aplicação em formulações farmacêuticas para o tratamento do diabetes. Inicialmente, fez-se uma revisão de patentes sobre o tema, no âmbito nacional e internacional, empregando os termos “Bauhinia forficata” e “diabetes mellitus”. Posteriormente, empregou-se a microencapsulação por spray drying para obter os extratos secos, que foram caracterizados quanto ao teor de umidade, atividade de água, densidade, granulometria, reologia, morfologia (microscopia eletrônica de varredura), análises térmicas (calorimetria exploratória diferencial e termogravimetria), difração de raio-X, espectrometria de infravermelho, análise de cromatografia líquida de alta eficiência, acoplada à espectrometria de massas. A bioacessibilidade dos polifenóis foi avaliada utilizando-se soluções de enzimas fisiológicas, nos diferentes estágios do processo digestivo in vitro e seus efeitos na resposta ao estresse oxidativo foram verificados pelos ensaios do poder de redução do íon ferro e pela capacidade de absorção de radicais de oxigênio. Avaliou-se também os efeitos hipoglicemiantes e toxicogenéticos desses extratos microencapsulados em camundongos da linhagem Swiss. Induziu-se o DM2 nestes animais, com estreptozotocina e administrou-se os extratos, por 28 dias, sendo verificada a glicemia semanalmente e depois analisou-se os parâmetros bioquímicos, hematológicos e histológicos. Na revisão de patentes, encontrou-se apenas sete patentes com a utilização da B. forficata no tratamento diabetes, sendo importante para subsidiar o desenvolvimento desta tese. Os extratos microencapsulados das folhas de B. forficata Link apresentaram baixos valores de umidade e atividade de água, tamanho das partículas adequados para a incorporação em comprimidos e cápsulas, com características amorfas. A espectroscopia no infravermelho e a cromatografia de alta eficiência confirmaram a presença de compostos fenólicos. Os polifenóis e os flavonoides bioacessíveis, em cada etapa da digestão in vitro apresentaram atividade antioxidante, como também hipoglicemiantes, pois os resultados indicaram que a glicemia dos animais diabéticos reduziu 77,26%, 57,79% e 45,15%, após o tratamento com extrato seco infusão (200 e 600 mg/kg/dia) e extrato seco decocção (600mg/kg/dia), respectivamente, quando comparados com o grupo diabético tratado com metformina (21,53%). Observou-se também uma melhora da resposta glicêmica nesses mesmos grupos, além de uma recuperação das células β pancreáticas. Assim, este estudo demonstrou que esses extratos, apresentaram atividade hipoglicemiante, com um efeito benéfico superior ao da metformina, sendo potenciais agentes terapêuticos para aplicações em formulações farmacêuticas para o tratamento do diabetes mellitus tipo 2.
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JOSYNARIA ARAÚJO NEVES
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ATIVIDADE DO ÓLEO ESSENCIAL DE Rosmarinus officinalis L. LIVRE E COMPLEXADO EM β-CICLODEXTRINA EM RATOS HIPERTENSOS L-NAME
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Advisor : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
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Data: Feb 25, 2019
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Rosmarinus officinalis L. (Lamiaceae), conhecida como alecrim, é uma planta medicinal cujo óleo essencial é rico em terpenóides. Múltiplos monoterpenos podem promover hipotensão, vasorelaxamento e outros efeitos. Contudo, dados da ação do óleo essencial de R. officinalis (OE-Ro) frente à hipertensão são incipientes. Neste estudo, objetivou-se averigar as propriedades e aplicações biotecnológicas do OE-Ro; caracterizar o OE-Ro e seu complexo com β-ciclodextrina (OE-Ro/β-CD); avaliar o efeito toxicológico destas substâncias, mas sobretudo avaliar a atividade do OE-Ro e OE-Ro/β-CD em ratos hipertensos. Foram feitas pesquisas, entre 2006 a 2017, nas bases PubMed, Science Direct e Web of Science e nos bancos INPI, WIPO e EPO sobre R. officinalis e associações com outros descritores. O perfil químico do OE-Ro e OE-Ro/β-CD foram obtidos por cromatografia e caracterizados através de metodologias padrão. Para a atividade citotóxica artemicida utilizou-se a metodologia de Meyer et al. (1982). A toxicidade aguda adotada foi a metodologia de ensaios toxicológicos da diretriz 423 e antioxidantes. Por fim, avaliou-se os efeitos do OE-Ro e de OE-Ro/β-CD sobre a pressão arterial média (PAM) e frequência cardíaca (FC) em ratos normotensos e hipertensos (L-NAME, 50 mg/kg, v.o) por 7, 14 e 21 dias. Os animais foram anestesiados submetidos a implantação de cateteres na veia cava inferior e aorta femoral. Os valores de PAM e FC foram obtidos através de um transdutor de pressão acoplado a um amplificador. Os procedimentos foram aprovados pelo CEEA-UFPI (078/2015). Os resultados foram expressos como Média ± E.P.M (p<0,05). Para a bioprospecção foram selecionados 305 artigos sobre OE-Ro, seis associando R. officinalis à hipertensão e 59 patentes. Confirmou-se o potencial de exploração comercial do OE-Ro para novas formulações e reduzidos estudos sobre atividade anti-hipertensiva. O processo de inclusão OE-Ro/β-CD apresentou um bom redimento (61,6%). Constatou-se que a CL50 foi de 188,2 μg/mL para OE-Ro nos microcrustáceos. Em ratos, a administração aguda de OE-Ro e OE-Ro/β-CD (2.000 mg/kg, v.o) não ocasionou mortes, apenas reduzidas alterações em alguns testes. A administração intravenosa das doses (12,5; 25 e 50 mg/kg/ OE-Ro) induziram um efeito hipotensor associado a bradicardia, podendo esta ser revertida pela atropina. Por via oral, a dose de 100 mg/kg/OE-Ro apresentou melhor atividade anti-hipertensiva. Esta dose em animais normotensos não apresentou este efeito (104 ± 5 mmHg). Nos hipertensos, o OE-Ro livre e OE-Ro/β-CD (100 mg/kg, v.o) promoveram atividade anti-hipertensiva conforme o tempo de pré-tratamento com L-NAME. Entre o OE-Ro e OE-Ro/β-CD não houve diferença significativa entre si, masdeve-se ressaltar que o teor OE-Ro no complexo foi menor. Conclui-se que o OE-Ro,mostra atividade hipotensora (i.v) e anti-hipertensiva (v.o) e, que a β-CD melhorou sua propriedade anti-hipertensiva ao reduzir a concentração de óleo administrado necessário para alcançar o mesmo efeito sobre a pressão arterial.
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DÉBORA CÁSSIA VIEIRA GOMES
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TOXICOGENÉTICA E OS EFEITOS ANTITUMORAIS DE EXTRATOS OBTIDOS DO Neonothopanus gardneri: POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO E FARMACÊUTICO
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Advisor : BENEDITO BORGES DA SILVA
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Data: Jan 22, 2019
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As espécies do filo Basidiomycota, a exemplo do Neonothopanus gardneri, são ricas em bioativos com potencial biotecnológico e farmacológico. Apresentam atividades antiinflamatórias, antioxidantes, antimicrobianas, imunoestimulante, hipoglicemiante e antitumoral. Entretanto, os estudos sobre essas propriedades com o N. gardneri ainda são raros. A terapia do câncer ainda apresenta diversos efeitos colaterais e riscos para instabilidade genética, especialmente em células não tumorais, o que suscita pesquisas com novos compostos. Assim, o estudo teve por objetivos identificar alguns dos compostos químicos por abordagem fitoquímica, cromatografia líquida e ressonância magnética; além de avaliar os efeitos toxicogenéticos e antitumorais dos extratos metanólico e acetato de etila obtidos do N. gardneri, em Saccharomyces cerevisiae, modelos murinos para Sarcoma 180 e para o câncer de mama. Em estudos de revisão em periódicos PubMed, Science Direct, Web of Science e Scopus, utilizando os indexadores 'mushroom', ‘bioluminescent mushrooms’, ‘mushroom and biological activities’, ‘mushroom and secondary metabolites’ e ‘mushroom and antitumoral activity’ foi possível constatar que os metabólitos e compostos químicos, obtidos dos Basidiomycota, apresentam efeitos tóxicos/citotóxicos por diversos mecanismos compatíveis com apoptoses. Em S. cerevisiae e em células de Sarcoma 180, os extratos em 500, 1000, 1500 e 2000 μg/mL foram avaliados quanto a danos oxidativos e viabilidade celular, com aplicação do teste de micronúcleos com bloqueio de citocinese em células de Sarcoma 180. Em modelos para o câncer de mama, Swiss (20 a 50 g e 6 a 7 semanas de idade) foram submetidos à administração do 7,12-dimetilbenzantraceno (6 mg.Kg-1 v.o), durante onze semanas, com monitoramento toxicológico e citogenético. A terapia com o extrato metanólico foi feita na dose de 10 mg.kg-1 v.o; e com ciclofosfamida, em 25 mg.Kg-1 i.p. No extrato metanólico foi identificado alcaloides, açúcares redutores, proteínas, catequinas, taninos e depsídeos e foram isoladas duas amidas inéditas: 7,8-di-hidroxi-13-oxo-heneicosa-9,11- dienamida e 7,8 -di-hidroxi-13-oxo-octadeca-9,11-dienamida como isolados majoritários. Em S. cerevisiae, nas duas maiores concentrações, os extratos induziram danos oxidativos; mas, nas menores, foram antioxidantes. Citotoxicidade foi observada para todas as concentrações, em Sarcoma 180, na coloração Tripan, como também pelos índices de divisão nuclear sem e com apoptoses e necroses; e por danos genotóxicos similares à doxorrubicina (2 μg/mL). No monitoramento toxicológico (comportamental [campo aberto, rota rod], peso de órgãos, hematológico e bioquímico para enzimas renais e hepáticas) não foram observadas alterações comportamentais, renais e hipocráticas. Mas, observou-se alterações em plaquetas e em enzimas hepáticas. Em camundongos fêmeas, o carcinoma mamário ductal invasivo foi observado na mama direita, por análises histopatológicas e por marcação de Ki67. O extrato metanólico teve efeitos antitumorais para o carcinoma mamário com menos danos em tecidos não neoplásicos (medula, fígado e linfócitos de sangue periférico), de forma contrária ao observado para a ciclofosfamida (25 mg.Kg-1 i.p), durante as três semanas de terapias. Efeitos antitumorais do extrato foram observados por mecanismos associados a danos ao DNA e indução de apoptoses, possivelmente, com inclusão de danos oxidativos induzidos por seus bioativos. Entretanto, os compostos isolados ainda devem ser testados como produtos naturais para formulações antitumorais.
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