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REGINA CELIA VILANOVA CAMPELO
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Risco cardiovascular estimado pelo Escore de Framingham e sua associação com marcadores de risco na aterosclerose.
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Orientador : MAURICIO BATISTA PAES LANDIM
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Data: 11/12/2014
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Nas doenças cardiovasculares, podemos destacar as doenças ateroscleróticas que são consideradas um grave problema de saúde pública. Desse modo, é importante conhecer a epidemiologia da doença aterosclerótica em pacientes, a fim de planejar intervenções para prevenir e tratar essa patologia. O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência do risco cardiovascular estimado pelo Escore de Framingham (ERF). Estudo transversal, com amostra de 201 pacientes (62,2% do gênero feminino), atendidos na Unidade do Sistema Cardiovascular do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí, selecionados por amostragem probabilística casual simples. As variáveis independentes estudadas foram: espessura íntima-média de carótida (EMIc), Dilatação fluxo mediada da artéria braquial (DILA), Nível de Atividade Física (NAF), Índice de Massa Corporal (IMC), Relação Cintura Quadril (RCQ), Circunferência da Cintura (CC), Circunferência do Pescoço (CP), gênero e idade. Para associações entre a variável dependente (ERF) e as independentes foi utilizado o teste de regressão linear múltipla, estratificada por gênero. Para estes testes a medida adotada foi o beta padronizado (β). A significância (p) adotada foi de 5%. A prevalência do baixo risco cardiovascular entre os pacientes foi de 72,1% (masculino=19,4%, feminino=52,7%, p<0,001). O gênero masculino apresentou percentual alterado nas variáveis DILA (80,3%) e CP (64,4%), entre as mulheres as variáveis DILA (66,4%), CC (65,4) e RCQ (70%) apresentaram valores alterados. Entre os gêneros, nas variáveis independentes CC, RQC e CP houve diferença estatística significativa (p<0,5). O ERF foi significativamente associado de modo negativo com o IMC (p=0,03) para o gênero masculino e positivamente associado com o IMC (p=0,04) e CC (p=0,05) entre o gênero feminino. Houve uma predominância de pacientes classificados de acordo com o nível de atividade física, como insuficientemente ativo. Conclui-se que a prevalência do risco cardiovascular estimado pelo ERF é baixa em pacientes sem diagnóstico prévio de doença aterosclerótica. Entre os gêneros, valores alterados nas variáveis DILA e IMC foram prevalentes. O gênero feminino apresentou mais variáveis independes com valores alterados em comparação aos homens, entre elas, a CC e RCQ, consideradas fatores de risco cardiovascular.
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ALDENORA OLIVEIRA DO NASCIMENTO
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RELAÇÃO ENTRE OS PARÂMETROS BIOQUÍMICOS DO ZINCO E AS CONCENTRAÇÕES DAS METALOPROTEINASES 2 E 9 EM MULHERES COM CÂNCER DE MAMA
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Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
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Data: 05/12/2014
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INTRODUÇÃO: O câncer de mama é uma doença multifatorial, determinada principalmente pela ocorrência de mutações ou de alguma ativação anormal de genes que controlam o crescimento celular. Assim, diversos estudos evidenciam a participação de micronutrientes em mecanismos anticarcinogênicos na perspectiva de preservação do câncer. O zinco, em particular, atua em processos bioquímicos, na defesa antioxidante e funciona como fator de transcrição de enzimas envolvidas na síntese de DNA e RNA. No entanto, alterações nas suas concentrações desse mineral podem promover a disfunção e proliferação celular, contribuindo para o desenvolvimento e progressão do câncer de mama, pois ativa as metaloproteinases da matriz (MMPs), proteínas envolvidas na patogênese dessa doença. MÉTODOS: Estudo transversal, envolvendo 66 mulheres, com idade entre 20 e 50 anos, sendo distribuídas em dois grupos: grupo caso (mulheres com câncer de mama, n=34) e grupo controle (mulheres saudáveis, n=32). Foram realizadas medidas do índice de massa corpórea e da circunferência da cintura, bem como analisados a ingestão de zinco, concentrações plasmáticas e eritrocitárias desse mineral, além da concentração das metaloproteinases 2 e 9. A análise da ingestão de zinco foi realizada por meio do registro alimentar de três dias, utilizando o pragrama Nutwin versão 1.5. As concentrações de zinco plasmático e eritrocitário foram determinadas segundo o método de espectrofotometria de absorção atômica de chama (λ= 213,9). Os dados foram organizados no programa estatístico SPSS for Windows 18.0. Para análise das metaloproteinases 2 e 9 foi utilizada a Tecnologia Luminex™ xMAP, utilizando os Kits Milliplex (Instituto Genese de Análises Clínicas, Lifescience, Brasil) RESULTADOS: Os valores médios da ingestão de zinco estavam superiores às recomendações, sem diferença estatística entre os grupos estudados (p>0,05). As concentrações médias do zinco plasmático foram de 60, 45 ± 7,46 μg/dL para as mulheres com câncer de mama e de 64,59 ± 10,07 μg/dL para o controle (p>0,05). A média do zinco eritrocitário foi de 37,51 ± 8,26 μgZn/gHb e de 35,97 ± 5,57 μgZn/gHb para as mulheres com câncer de mama e para o controle, respectivamente (p>0,05). Os valores médios da concentração da MMP-2 foram de 67663,84 ± 58564,32 pg/mL para o grupo caso e de 1172,20 ± 1813,89 pg/mL para o controle. Os valores médios da concentração da MMP- 9 foram de 74810,98 ± 51858,00 pg/ml para o grupo caso e de 819,36 ± 444,07 pg/mL para o controle. Verifica-se que houve diferença estatística significante entre os dois grupos (p<0,05). CONCLUSÃO: A partir dos resultados desse estudo, pode-se pressupor que a ingestão de zinco pelas pacientes com câncer de mama não influencia as concentrações plasmáticas e eritrocitárias desse mineral, e que as concentrações reduzidas desse mineral nos componentes sanguíneos avaliados estão relacionadas com aumento das concentrações plasmáticas da metaloproteinase 2 nesse grupo.
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UYLMA ASSUNÇAO COSTA
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AVALIAÇÃO DO ABANDONO DE TRATAMENTO COMO INDICADOR DE QUALIDADE DAS AÇÕES E SERVIÇOS OPERACIONAIS DO PROGRAMA DE CONTROLE DA HANSENÍASE EM TERESINA-PIAUÍ
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Orientador : VIRIATO CAMPELO
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Data: 04/12/2014
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A hanseníase é uma doença de investigação e notificação compulsória em todo o território nacional. A assistência aos casos de hanseníase é considerada de absoluta responsabilidade do setor público, no que concerne ao diagnóstico, ao tratamento e medidas de controle. O abandono do tratamento está intimamente ligado ao controle da endemia, implica em uma reflexão sobre o risco de transmissão dos casos bacilíferos detectados e não tratados adequadamente, do risco de desenvolvimento de incapacidades físicas. Objetivou-se analisar a proporção de casos de hanseníase em abandono de tratamento entre os casos novos diagnosticados nos anos de 2008-2013 no município de Teresina- Piauí, bem como avaliar os principais indicadores relacionados ao abandono de tratamento da hanseníase. Utilizou-se como sujeitos todos os casos de abandono de tratamento da hanseníase, de ambos os sexos e faixas etárias. O abandono de tratamento foi delineado a partir dos indicadores sócios demográficos e da proporção de casos de hanseníase em abandono. A análise espacial comparativa dos casos de abandono por unidade de saúde foi realizada através do georeferenciamento nas regiões de Teresina. Os casos de abandono são na maioria multibacilares, com forma clínica dimorfa, do sexo masculino, de cor parda, possuem um baixo nível de instrução, faixa etária de 20 a 34 anos; sendo que em números absolutos a regional Centro-Norte foi a que mais ocorreu casos de abandono. Por todos os aspectos analisados na pesquisa há de se ressaltar que, o município de Teresina tem uma taxa de abandono classificada como boa, embora tenha verificado a maior taxa de abandono nos casos multibacilares. O baixo nível de instrução contribuiu para o abandono do tratamento e que este tem sido obstáculo para a eliminação da hanseníase no município.
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CINTHYA VIVIANNE DE SOUZA ROCHA
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ESTADO NUTRICIONAL, ESTRESSE OXIDATIVO E SUA RELAÇÃO COM O CÂNCER DE MAMA.
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Orientador : NADIR DO NASCIMENTO NOGUEIRA
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Data: 03/09/2014
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INTRODUÇÃO: O câncer de mama é um importante problema de saúde pública, sendo considerado o mais comum em mulheres. Estudos têm mostrado a importância de fatores ambientais na etiologia desta doença, com destaque para a composição corporal, dieta e estresse oxidativo (EO). Este estudo avaliou a relação entre estado nutricional, estresse oxidativo e câncer de mama. MÉTODOS: Estudo de corte transversal, envolvendo 66 mulheres com idade entre 20 e 50 anos, pré-menopáusicas, assistidas em hospital público do estado do Piauí, categorizadas em dois grupos: G1 (com câncer de mama, n = 34) e G2 (sem câncer, n = 32). Para o cálculo do índice de massa corpórea foram aferidos peso e estatura e realizada a medida da circunferência da cintura, bem como avaliação do consumo alimentar por meio do questionário de frequência alimentar, analisado no software DietSys versão 4.01. Para classificação do estado nutricional utilizou-se a recomendação da OMS (2000,2008), e para a ingestão de nutrientes considerou-se a faixa de distribuição aceitável dos macronutrientes (AMDR), e a necessidade média estimada (EAR), segundo a Ingestão Dietética de Referência. A determinação do malondialdeído (MDA) foi realizada pelo método das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico e a atividade da enzima superóxido dismutase (SOD) por meio da inibição na formação de nitrito. A análise estatística foi realizada no software SPSS for Windows versão 20.0, adotando-se o nível de significância de 5%. RESULTADOS: Os valores de ingestão dos macronutrientes estavam em conformidade com a AMDR, a exceção dos carboidratos nas mulheres com câncer de mama. No entanto, segundo a EAR, a ingestão de carboidratos foi maior nas mulheres com câncer (p < 0,05), sem diferença para os demais macronutrientes (p >0,05). A ingestão dos micronutrientes antioxidantes não diferiu entre os grupos; à exceção do zinco estando maior no grupo com a doença. A distribuição dos micronutrientes foi superior à RDA para cobre, zinco, vitamina A e C; entre a EAR – RDA para o selênio e abaixo da EAR para a vitamina E, em ambos os grupos. Quanto à antropometria, encontrou-se alta prevalência de pré-obesidade e elevado risco metabólico para doenças associadas à obesidade nas mulheres estudadas, sem diferença entre os grupos (p > 0,05). As médias das concentrações de MDA não diferiram entre os grupos com valores de 5,02 + 4,55 e 3,95 + 1,85 para os grupos G1 e G2, respectivamente (p > 0,05), entretanto, teve correlação inversa entre este marcador e a vitamina E nas mulheres com câncer de mama. A SOD foi significativamente maior nas mulheres com câncer de mama (p < 0,05), com médias de 8924,32 + 3829,35 e 7170,14 + 3132,32 em mulheres com e sem a doença, nesta ordem. CONCLUSÃO: A ingestão de carboidratos foi mais elevada nas mulheres com câncer, estando adequado o consumo para os demais macronutrientes, sem diferença entre os grupos. A ingestão de micronutrientes foi adequada, à exceção do baixo consumo de vitamina E, nos dois grupos, tendo correlação inversa com o MDA, nas mulheres com câncer.O câncer de mama não teve relação com a elevada prevalência de pré-obesidade e risco elevado para RMDAO. O estudo reforça a participação do EO no câncer de mama, justificado pela maior atividade da SOD nessas mulheres.
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FABIANA TELES RODRIGUES
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Fatores de risco modificáveis e capacidade funcional em idosos diabéticos.
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Orientador : ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
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Data: 29/08/2014
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O envelhecimento é um processo dinâmico no qual ocorrem alterações progressivas no organismo tornando-o mais susceptível a agressões intrínsecas e extrínsecas, aumentando de forma exponencial o aparecimento de doenças crônicas. Ao passo que afeta grande parte dessa população, causam sérias consequências econômicas e sociais, constituindo-se em desafio para os atuais sistemas de saúde. O diabetes mellitus está inserido nesse contexto por ser uma doença crônico- degenerativa que traz consigo associação com diversas comorbidades. Dessa forma idosos com diabetes têm um risco aumentado para alteração na capacidade funcional decorrente de deficiência nas funções ou estruturas do corpo e/ou limitação na atividade ou participação do indivíduo, podendo reduzir a sua qualidade de vida. Os efeitos negativos podem estar agravados de acordo com o estilo de vida, fator de risco modificável que envolve o tabagismo, álcool, inatividade física, alimentação não saudável e obesidade. Diante dessa perspectiva propôs-se analisar fatores de risco e capacidade funcional dos idosos diabéticos do Centro de Convivência da Terceira Idade de Teresina. Trata-se de estudo transversal, descritivo com abordagem quantitativa, realizado com 45 idosos com diabetes (GD) e 19 idosos sem diabetes (GC) cadastrados no centro de convivência escolhidos aleatoriamente. Foram investigados os fatores de risco modificáveis (Inatividade Física, Alimentação não saudável, Consumo abusivo de álcool, Tabagismo) e nível de capacidade funcional. Os instrumentos utilizados foram: Teste de Alimentação Saudável, AUDIT; e os questionários elaborados pelos pesquisadores: Questionário Sociodemográfico e Investigação de Tabagismo. Para capacidade funcional utilizou-se Teste de Caminhada de Seis Minutos, EEB, Whoqol-bref e teste de sensibilidade protetora plantar. Através dos softwares Bioestat 5.0 e Microsoft Office Excel 2007 foi aplicado o Teste Qui-quadrado (X2) e teste U de Mann Whitney para a análise estatística descritiva e associação entre as variáveis com nível de significância (p<0,05). Para relação entre dados métricos indicadores de saúde e nível de capacidade funcional utilizou-se teste de Kruskal Wallis. A média de idade dos participantes foi de aproximadamente 70 anos, houve predomínio do sexo feminino (65,6%), aposentados (82,8%), casados (43,8%), com renda de até 1 salário mínimo (64,1%), sendo que 92,2% moram até 1 pessoa/quarto, ensino médio no GC(52,6%) e 1 a 9 anos no GD (75,6%).Entre as comorbidades, a hipertensão arterial e dislipidemia foram as mais citadas, destacaram-se as doenças neurológicas entre os diabéticos. A maioria são eutróficos e apenas 15,6% em inatividade física, não-fumantes (54,7%),com baixo risco para etilismo (79,7%). Analisando os escores de Berg encontrou-se risco de quedas aumentadas no GD (p=0,001), pior desempenho no teste de caminhada em distância percorrida (p=0,001) e índice funcional (p=0,002), mostrando probabilidade de incapacidade de 64,4% no GD e 52,4% no GC (Odds ratio de 6,797). Não houve diferença quanto aos domínios de qualidade de vida e sensibilidade protetora entre os grupos.Os resultados mostram que mesmo não tendo associação dos fatores de risco modificáveis com a presença do diabetes entre os idosos do centro de convivência, o declínio funcional entre os diabéticos ficou evidente. Dessa forma sugere a necessidade de ações de diferentes níveis de prevenção voltadas para esses idosos, pertencentes ao Centro de referência para atividades voltadas aos idosos da cidade, controlando melhor a participação dos mesmos na assistência oferecida.
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SHEILA LIMA DIÓGENES SANTOS
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"Fatores de risco para mortalidade infantil em Teresina Piauí: Linkage entre SIM e SINASC”
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Orientador : ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
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Data: 29/08/2014
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A preocupação mundial em relação à mortalidade infantil ganhou visibilidade com a divulgação no ano 2000, dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, em que se propõe reduzir em dois terços a taxa de mortalidade de crianças menores de cinco anos, no período entre 1990 a 2015. Reduzir a mortalidade infantil tem sido uma das prioridades das políticas sociais de saúde do governo brasileiro. A identificação de fatores de risco relacionados com a mortalidade infantil pode auxiliar no planejamento de ações para a reestruturação da assistência materno-infantil. Nesta perspectiva, o presente estudo teve como objetivo analisar a utilização do método Linkage na identificação dos fatores de risco para a mortalidade infantil segundo determinantes socioeconômicos, assistenciais, obstétricos e biológicos. Foi realizado um estudo observacional, de coorte retrospectiva, com base em dados secundários de nascimentos e óbitos de crianças menores de um ano, de mães residentes no município de Teresina, Piauí. A coleta foi realizada no período de janeiro a abril de 2014. Os dados foram pesquisados dos bancos de dados dos sistemas de informações SIM e SINASC local. Foi realizada a categorização das variáveis para realização de uma análise hierarquizada conforme modelo teórico de determinação da mortalidade infantil a partir da relação hierárquica, temporal e causal, existente entre elas, em três níveis de determinantes: distal, intermediário e nível proximal. A variável dependente correspondeu à ocorrência do óbito infantil. Para a organização dos resultados foi utilizado o programa Microsoft Excel for Windows®, e as análises estatísticas foram realizadas com o programa SPSS, versão 20.0. Para explicar o efeito conjunto das variáveis independentes sobre a mortalidade infantil foi utilizada a Regressão Logística Multivariada, com nível de significância de 5%. A medida de associação empregada foi o Odds Ratio ajustado. O projeto foi aprovado com o número de parecer 514.075. O percentual Linkage encontrado foi de 95,40%, sendo 43,48% do tipo determinístico, enquanto 56,52% foi do tipo probabilístico. A completitude do SINASC foi melhor que a do SIM, sendo incrementada após realização do método. A TMI obtida foi de 14,91 óbitos infantis para cada 1000 nascidos vivos, dos quais 72,95% ocorreram no período neonatal. Para o nível distal de determinação da mortalidade infantil, as características que se mantiveram estatisticamente significativas foram idade materna, escolaridade materna e ocupação materna, com p<0,001. No nível intermediário, todas as variáveis apresentaram significância estatística, com destaque para o tipo de gravidez e de parto com p<0,001. O sexo do bebê representou a característica do nível proximal de determinação que não obteve associação significativa com o desfecho, enquanto as demais variáveis desse nível associadas com p<0,001. O método utilizado demonstrou permitir não só maior aproveitamento de sistemas de informações já estruturados nos serviços, como também a formulação de críticas à qualidade desses bancos, as quais podem servir de estímulo para os seus aperfeiçoamentos. Fica evidente que além da determinação da mortalidade infantil pelos fatores biológicos, destaca-se a importância da condição socioeconômica e da assistência à saúde agindo como determinantes, já que são fatores passíveis de mudanças garantidas por políticas públicas eficazes.
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CAMILA GUEDES BORGES DE ARAÚJO
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Zincemia, atividade da enzima superóxido dismutase e sua relação com o marcador do estresse oxidativo em mulheres com câncer de mama.
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Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
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Data: 29/08/2014
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INTRODUÇÃO: Estudos têm mostrado alterações no metabolismo do zinco em mulheres com câncer de mama. Este mineral possui ação antioxidante, e distúrbios nos seus parâmetros bioquímicos estão relacionados ao pior prognóstico da doença e agravamento do processo carcinogênico. Portanto, esse estudo avaliou a atividade da enzima superóxido dismutase e parâmetros bioquímicos relativos ao zinco, bem como investigou a existência de correlação entre essas variáveis e o marcador do estresse oxidativo nestas pacientes. MÉTODOS: Estudo caso-controle, envolvendo 66 mulheres, com idade entre 20 e 50 anos, sendo distribuídas em dois grupos: grupo caso (mulheres com câncer de mama, n=34) e grupo controle (mulheres saudáveis, n=32). Foram realizadas medidas do índice de massa corpórea e da circunferência da cintura, bem como analisados a ingestão de zinco, concentrações plasmáticas e eritrocitárias desse mineral, além da atividade da enzima superóxido dismutase e da concentração do malondialdeído. A análise da ingestão de zinco foi realizada por meio do registro alimentar de três dias, utilizando o programa Nutwin versão 1.5. As concentrações de zinco plasmático e eritrocitário foram determinadas segundo o método de espectrofotometria de absorção atômica de chama (λ= 213,9). A determinação da atividade eritrocitária da enzima superóxido dismutase foi realizada pelo método colorimétrico de Griess. A concentração plasmática do malondialdeído foi analisada pela medida da produção de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico. Os dados foram organizados no programa estatístico SPSS for Windows 18.0. RESULTADOS: Os valores médios da ingestão de zinco estavam superiores às recomendações, sem diferença estatística entre os grupos estudados (p>0,05). As concentrações médias do zinco plasmático foram de 60, 45 ± 7,46 μg/dL para as mulheres com câncer de mama e de 64,59 ± 10,07 μg/dL para o controle (p>0,05). A média do zinco eritrocitário foi de 37,51 ± 8,26 μgZn/gHb e de 35,97 ± 5,57 μgZn/gHb para as mulheres com câncer de mama e para o controle, respectivamente (p>0,05). As médias da atividade da enzima superóxido dismutase e da concentração do malondialdeído foram respectivamente, 8924,32 ± 3829,35 μgSOD/gHb e 5,02 ± 4,55 μmol/L para as mulheres com câncer de mama e 7170,14 ± 3132,32 μgSOD/gHb e 3,95 ± 1,55 μmol/L para o grupo controle. Não houve correlação estatística significativa entre os parâmetros do zinco e a concentração da enzima superóxido dismutase e do malondialdeído. CONCLUSÃO: A partir dos resultados desse estudo, pode-se pressupor que a ingestão de zinco pelas mulheres com câncer de mama não influencia as concentrações plasmáticas e eritrocitárias desse mineral. A atividade da enzima superóxido dismutase elevada nas mulheres com câncer de mama parece ser decorrente de um mecanismo de regulação compensatório mediante o estresse oxidativo presente nessa doença.
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IRENE SOUSA DA SILVA
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ÓBITOS EVITÁVEIS EM MENORES DE UM ANO NA CIDADE DE TERESINA NO PERÍODO DE 2007 A 2011
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Orientador : VIRIATO CAMPELO
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Data: 29/08/2014
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SILVA, I. S. Óbitos evitáveis em menores de um ano na cidade de Teresina no período de 2007 a 2011. 2014. Dissertação (Mestrado) – Programa de Mestrado em Ciências e Saúde, Universidade Federal do Piauí. Teresina-PI
RESUMO
Mortes evitáveis ou reduzíveis são aquelas preveníveis, total ou parcialmente, por ações efetivas dos serviços de saúde que estejam acessíveis em um determinado local e época. É considerada um indicador sensível à qualidade e diversidade da atenção à saúde prestada pelo sistema de saúde como uma medida resultado ou de impacto dos serviços de saúde. Este estudo analisou as causas de óbito evitáveis em menores de um ano de idade, filhos de mães residentes no município de Teresina, no período de 2007 a 2011. Trata-se de um estudo transversal que coletou junto às bases de dados do sistema de informação de mortalidade e sistema de informação de nascimentos. Foram analisados 1.058 óbitos para as variáveis: causa básica do óbito na classificação de causa evitável, causa mal definida e causa não claramente evitável, de acordo com a lista brasileira de causas de mortes evitáveis por intervenções do SUS. Para avaliar os fatores relacionados ao óbito evitável (fatores sociais, biológicos e assistência à saúde) considerou-se casos os óbitos evitáveis e controle os não claramente evitável. Os dados foram processados no programa SPSS (versão 20.0), calculou-se a taxa de mortalidade infantil evitável, teste qui-quadrado, análise bivariada e razão de chance ao nível de significância de p <0,05 para associação dos fatores relacionados aos óbitos evitáveis. Análise das causas básicas do óbito mostrou que 71,5% foram classificados como evitáveis, 28% não claramente evitável e 0,57% causas mal definidas. A taxa de mortalidade infantil evitável passou de 11,59/1000NV em 2007 para 10,01/1000NV em 2011 e redução relativa proporcional de 14%. Predominou o subgrupo de reduzíveis por adequada atenção a mulher na gestação (65,3%) tendo como causas mais frequentes as afecções maternas que afetam o feto e RN, transtornos relacionados com gestação de curta duração e baixo peso ao nascer. As causas reduzíveis por adequada atenção a mulher no parto (20,2%) tiveram como principais causas: hipóxia intrauterina e asfixia ao nascer, placenta prévia e descolamento prematuro da placenta. Evitáveis por adequada atenção ao RN (14,4%) e contribuíram principalmente as infecções e transtornos respiratórios específicos do período perinatal. Causas reduzíveis por ações de diagnóstico e tratamento adequado (7%) e de promoção à saúde, vinculadas a ações adequadas de atenção à saúde (5,4%). Associou-se ao óbito evitável o peso ao nascer, prematuridade, malformação congênita, natureza jurídica do hospital e tipo de parto. A taxa de mortalidade infantil teve pequena redução, elevada proporção de óbitos evitáveis, sugerindo um desafio na organização dos três níveis de atenção a saúde.
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MARIA ALINE FERREIRA DE CERQUEIRA
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AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS PERIFÉRICOS E MEDULARES EM PACIENTES COM LEISHMANIOSE VISCERAL: UMA CORRELAÇÃO COM PROGNÓSTICO CLÍNICO
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Orientador : CARLOS HENRIQUE NERY COSTA
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Data: 29/08/2014
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INTRODUÇÃO: A medula óssea de pacientes com leishmaniose visceral (LV) geralmente costuma ser hiperplásica e densamente parasitada. Porém, durante as fases mais adiantadas da infecção, ocorre desregulação da hematopoese caracterizada pela diminuição da produção celular, sendo as infecções, as hemorragias e a anemia grave responsáveis por grande parte das mortes por LV. O objetivo do presente estudo foi descrever os parâmetros hematológicos quantitativos e os achados citomorfológicos medulares em pacientes com leishmaniose visceral, correlacionando - os ao prognóstico clínico. PACIENTES E MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo composto por 40 pacientes, admitidos em hospital de referência no período de dezembro de 2006 a maio de 2007. Foram avaliados os índices hematimétricos do hemograma no momento da admissão além de avaliação citomorfológica medular executada por 02 hematologistas, em momentos distintos e independentes, através de lâminas coradas pelo método May – Grunwald – Giemsa. RESULTADOS: Do total de pacientes avaliados, a maioria era do sexo masculino (52,5%), procedente do interior do Maranhão (45%), residente em área urbana (65%) e recebeu alta com melhora clínica (85%). Os valores médios de hemoglobina encontrados foram de 7,8±1,32 g/dL. A contagem média de leucócitos totais foi de 3173 ± 2177/mm³ enquanto que os níveis médios de plaquetas foram de 111.570 ± 75.880/mm³. Em 22,5% dos pacientes, havia neutropenia grave que não demonstrou ser preditora para óbito dos pacientes. Em 52,5% dos casos, a medula óssea era normocelular. Figuras de displasia foram frequentes, sendo que 26% das amostras analisadas mostravam diseritropoese, 50% evidenciavam disgranulopoese e 21% mostravam dismegacariopoese. Entre o total de pacientes que evoluiu para o desfecho fatal, 66% possuíam medula hipocelular e 83% apresentavam hiperplasia medular no setor eritroide. CONCLUSÃO: Na vigência de LV, a maioria dos pacientes demonstra anemia, leucopenia e/ou plaquetopenia porém também é possível a existência de contagens mais elevadas, dentro dos parâmetros da normalidade e sem correlação com o prognóstico dos acometidos. Achados de displasia medular também são frequentes nesse grupo mas não sugerem associação com o desfecho clínico dos pacientes.
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CRISTINA CARDOSO DA SILVA
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" Qualidade de Vida de Pais de Crianças com Bruxismo do Sono "
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Orientador : LUCIA DE FATIMA ALMEIDA DE DEUS MOURA
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Data: 29/08/2014
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Bruxismo é um hábito parafuncional provocado por atividades musculares repetitivas e caracterizado pelo apertamento ou ranger de dentes que pode ocorrer durante o sono ou em estado de vigília. A condição pode desencadear impacto na qualidade de vida dos individuos. O presente estudo teve comoobjetivo avaliar o impacto que o bruxismo do sono de crianças exerce na qualidade de vida de seus pais/responsáveis. Material e Método: Estudo observacional transversal. A amostra foi composta por pais/responsáveis de crianças, na faixa etária de 2 a 5 anos, com e sem bruxismo do sono, atendidas na Clínica Odontológica Infantil da Universidade Federal do Piauí, no período de junho a dezembro de 2013. A coleta de dados foi realizada através da aplicação de questionários socioeconômico e de qualidade de vida (Early Childhood Oral Health Impact Scale - B-ECOHIS). O diagnóstico de bruxismo do sono foi considerado pelo relato dos pais/responsáveis que afirmavam ou negavam a presença da condição. Para análise dos resultados foi utilizado o cálculo de estimativa de chances (Odds Ratio ajustada - ORaj), análise descritiva, teste de Qui-quadrado de Pearson, teste de Razão de Verossimilhança e Regressão Logística. Resultados: Houve associação entre o bruxismo do sono nas crianças e a qualidade de vida de seus pais/responsáveis (p=0,045). O modelo de regressão logística demostrou que pais/responsáveis de crianças com bruxismo do sono apresentaram pior qualidade de vida do que os pais/responsáveis de crianças sem a referida condição, com Índice ORaj=2,20 (1,46 - 2,99). O perfil socioeconômico mostrou que a renda familiar apresentou alto impacto na qualidade de vida dos pais/responsáveis, com prevalência de 55,6% (p<0,005). Conclusão: O bruxismo do sono em crianças pré-escolares gera impacto negativo na qualidade de vida de pais/responsáveis.
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JUSSARA RIBEIRO CHAVES
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IMPACTO DA TUBERCULOSE NA QUALIDADE DE VIDA
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Orientador : VIRIATO CAMPELO
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Data: 29/08/2014
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Introdução: A tuberculose é uma doença infecciosa que afeta principalmente os pulmões, mas, também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges. Objetivos: Analisar a qualidade de vida de indivíduos em tratamento da tuberculose no Município de Teresina – PI. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa do tipo descritiva de corte transversal. A coleta de dados foi realizada por meio dos registros do banco de dados do Sistema de Informação e Agravos de Notificação (SINAN) por meio de um formulário contendo os dados sociodemográficos e clínicos de 76 pacientes, os quais estavam em tratamento da tuberculose nas unidades de saúde da zona centro/sul, sudeste e leste da cidade de Teresina-PI. Posteriormente para avaliar o impacto da tuberculose na qualidade de vida relacionado à saúde, foi administrado o Medical Outcomes 36-Item Short-Form Health Survey SF-36. Resultados: Houve predominância do 55,3% do gênero feminino e 44,7% tinham de 31 a 69 anos, 55,3% eram casados ou com união estável, 73,7% eram da cor parda, 94,7% residem em zona urbana e 31,6% eram analfabetos. Quanto à apresentação clínica da tuberculose 84,2% tinham a forma pulmonar, sendo que 65,8% não possuíam comorbidades associadas e 94,7% fizeram o tratamento convencional. Foi possível considerar que eles apresentaram boa Qualidade de Vida. No entanto, se destacam as limitações por aspectos físicos e aspectos emocionais como os domínios mais negativos. A análise multivariada mostrou que na relação de dependência entre a capacidade funcional, estado geral de saúde, dor e aspectos sociais têm relação de dependência negativa. Conclusão: estudo do impacto da tuberculose na qualidade de vida só reforça a necessidade de implementação de estratégias mais efetivas de diagnóstico precoce e quebra da cadeia de transmissão da à doença, uma vez que a forma pulmonar da TB apresentou reduzido impacto negativo na Qualidade de Vida.
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ADENO GONÇALVES OLIVEIRA
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PERSISTÊNCIA DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO HOSPEDEIRO HUMANO: PROTEÇÃO OU SUSCETIBILIDADE?
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Orientador : CARLOS HENRIQUE NERY COSTA
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Data: 29/08/2014
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CONTEXTO. A persistência parasitária no hospedeiro humano é uma característica peculiar das espécies de Leishmania provavelmente por sua grande capacidade de adaptação para evasão dos mecanismos de defesa celular. Graças ao desenvolvimento das técnicas de diagnóstico molecular, infere-se, a partir de resultados da reação em cadeia da polimerase (PCR) que, na leishmaniose tegumentar americana (LTA), esta persistência está associada tanto a doença recorrente e disseminação hematogênica do parasita da cicatriz para a mucosa oral/nasal, quanto à proteção imunológica contra a reinfecção clínica em indivíduos que permanecem em áreas endêmicas. Enquanto a L. braziliensis permanece na cicatriz em cerca de 8090% dos casos curados anos após o tratamento, a recorrência ocorre apenas em cerca de 5% dos casos. Embora se saiba da persistência de Leishmania no hospedeiro humano, ainda não se tem conhecimento claro sobre a quantidade de parasitas que persistem, e que variáveis podem ter efeito determinante sobre esta quantidade. OBJETIVO. Assim, este trabalho analisou o efeito de variáveis sociodemográficas, clínicas, imunológicas e de tratamento prévios sobre a carga parasitária atual da Leishmania no sangue e na cicatriz, e sua relação com a recorrência da doença. METODOLOGIA. Incluiu-se no estudo 30 indivíduos curados para LTA, que vivem atualmente na região de Santa Teresa em Teresina-PI, a partir do cadastro no SINAN/SESAPI e da Equipe Básica de Referência da Estratégia Saúde da Família da FMS/Teresina (EBS/FMS) da região. Dados sociodemográficos, clínicos, laboratoriais, terapêuticos foram obtidos do SINAN, enquanto que dados clínicos atuais, de evolução da doença, de caracterização da cicatriz foram realizados em visita domiciliar. Foram realizadas nova reação de Montenegro, coleta de sangue periférico e biopsia da borda da cicatriz correspondente à lesão primária. Estas amostras biológicas foram processadas para realização de PCR convencional e PCR quantitativo em tempo real. RESULTADOS. Na amostra, houve homogeneidade de gênero (feminino: 63,3%, p > 0,05), com a maioria dos casos com diagnóstico nos anos de 2009 e 2010 (27/30, IC 95%: 76,7% a 96,7%). Todos apresentaram resultado positivo na PCR convencional para a presença de DNA de Leishmania no sangue periférico, havendo quatro casos com histórico de doença recorrente (13,3% Intervalo de Confiança de. 95% I.C. 95%: 3,3% a 20%), associados a alta carga parasitária. A ausência de história de recidiva aumentou em 69% a probabilidade de baixa carga parasitária no sangue periférico (RR = 0,31, I.C. 95%: 0,138 a 0,483), enquanto que o tratamento com amoniato de N-metil meglumina reduziu a probabilidade de elevada carga parasitária em 64,1% (RR = 0,359, IC 95%: 0,154 a 0,839%) Entretanto, a elevada carga parasitária no sangue periférico esteve associada à cicatriz menor que 2 cm (p = 0,021) e ao menor diâmetro da reação de Montenegro (p = 0,036). CONCLUSÃO. Leishmania é uma parasita persistente por ser capaz de se evadir dos mecanismos da resposta imunológica do hospedeiro humano. É possível que o DNA de parasita encontrado no sangue advenha de parasitas vivos em monócitos circulantes infectados ou da persistência do parasita vivo na cicatriz provocando uma inflamação leve responsável por destruir parasita e distribuir DNA do parasita no sangue periférico. Uma elevada intensidade da reação imunológica do tipo de resposta TH1 pode ser refletida no diâmetro da reação de Montenegro e embora controle a infecção, não elimina completamente o parasita do organismo. Essa forte reação de Montenegro pode indicar proteção e resistência a doença recorrente mesmo com parasita persistente no organismo. Uma resposta fraca ao teste de Montenegro está associada a uma elevada carga parasitária no sangue periférico, o que indica alerta e necessidade de monitorização ao longo do tempo pois disfunções metabólicas e condições imunossupressoras podem conferir maior vulnerabilidade para doença recorrente a este grupo, principalmente nos casos infectados com L. braziliensis. O seguimento destes casos para avaliação de desfecho pode complementar este estudo, pois a análise da carga parasitária, juntamente com a reação de Montenegro e com fatores de resistência ao parasita contribuem para a melhor compreensão da imunologia da LTA.
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JOSÉ MÁRIO NUNES DA SILVA
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Capacidade para o trabalho de cirurgiões-dentistas da estratégia saúde da família
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Orientador : LUCIA DE FATIMA ALMEIDA DE DEUS MOURA
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Data: 29/08/2014
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INTRODUÇÃO: Dentre as atividades laborais, o exercício da odontologia enquadra-se como uma das categorias que mais expõe os profissionais a fatores de risco para desenvolvimento de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho, fato que pode afetar negativamente a capacidade para o trabalho. OBJETIVO: Avaliar os fatores associados à capacidade para o trabalho em cirurgiões-dentistas. MATERIAL E MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal desenvolvido com 167 cirurgiões-dentistas vinculados à Estratégia Saúde da Família (ESF), do município de Teresina (Piauí). A coleta de dados ocorreu no período de janeiro de 2014 a março de 2014. O levantamento de dados foi feito por meio da aplicação de questionários no local de trabalho dos CD com dados referentes a capacidade para o trabalho, dados sociodemográficas, caraterísticas relacionadas ao trabalho, aspectos de saúde auto relatados, estilo de vida e fadiga. Na análise univariada utilizou-se a estatística descritiva, na bivariada o teste Qui-quadrado de Pearson, e na multivariada a regressão de Poisson com efeito medido pela razão de prevalência (RP) e intervalo de confiança de 95% através do software SPSS, versão 18.0. RESULTADOS: 56,9% eram do gênero feminino, com idade média de 40,3 anos (±10,7), 62,9% possuíam mais de um vínculo empregatício, 68,3% tinham tempo de trabalho menor que 10 anos, 58,1% trabalhavam em regime de tempo integral com carga de trabalho semanal média 39,3 horas (±11,8). A pratica de atividade física foi relatada por 70,1% dos CD, 97,6% não possuíam hábito tabagista, 70,1% possuíam estado nutricional eutrófico. 40,1% relataram estar satisfeito com o sono, 67,6% consideram seu próprio estado de saúde como bom. Os resultados apontaram que 73,0% dos CD relataram apresentar lesões em alguma parte do corpo e 68,4% doenças musculoesqueléticas. Capacidade inadequada para o trabalho foi observada em 46,7% e de 26,3% para altos níveis de percepção de fadiga. As variáveis independentes associadas a capacidade inadequada para o trabalho foram gênero (p=0,037), limpeza não adequada (p=0,042), ambiente úmido (p<0,001), às vezes úmido (p=0,002), ambiente de trabalho com muito barulho (p=0,044), tarefas às vezes repetitivas e monótonas (p=0,027), repetitivas e monótonas (p<0,001), não está insatisfeito nem satisfeito com seu sono (p=0,020), está muito insatisfeito ou insatisfeito com sono (p=0,002), considerar ser estado de saúde regular (p=0,001), relatar uma a quarto (p=0,005) ou cinco ou mais morbidades (p<0,001) e níveis altos de percepção de fadiga (p=0,005). CONCLUSÃO: Grande parte da população estudada apresentou capacidade inadequada para o trabalho e uma parcela significativa teve alto níveis de percepção de fadiga. A pesquisa demonstrou que fatores sociodemográficos, características do trabalho, aspectos de saúde e altos níveis fadiga contribuíram para perda da capacidade de trabalho.
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ELIZABETH SOARES OLIVEIRA DE HOLANDA MONTEIRO
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EDUCAÇÃO MÉDICA: UMA ANÁLISE DA RELAÇÃO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CURSO, DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS E O SISTEMA ÚNICO
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Orientador : JOSE IVO DOS SANTOS PEDROSA
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Data: 29/08/2014
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O texto constitucional brasileiro, em relação ao Sistema Único de Saúde, afirma que cabe a este, ordenar a formação de recursos na área da saúde, e transcorrido mais de vinte e cinco anos, se constitui um desafio para as Instituições de Educação Superior, a formação dos profissionais de saúde para atender as reais necessidades dos usuários e do sistema. Estudo realizado com objetivo de analisar o processo de formação nas Escolas Médicas do Piauí no atual cenário de mudanças teóricas, conceituais e institucionais voltados para atuar no Sistema Único de Saúde. Pesquisa bibliográfica e documental em instituições de ensino, que representam 67,5% das vagas oferecidas para o curso de medicina no estado. O levantamento do material efetivou-se por meio de determinações legais e documentos, tanto impresso, como eletrônico. O estudo integra um projeto em resposta ao Edital nº 24/2012 –CAPES/DPB/CGPE/CII – PRÓ – ENSINO NA SAÚDE, intitulado Educação e Saúde: bases epistemológicas e metodológicas da formação de profissionais para o Sistema Único de Saúde. O projeto agregador foi intitulado O perfil da formação de profissionais na área da saúde na UFPI: Um estudo sobre ensino na saúde, com aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa – CEP, sob o processo nº 06878/11/23. Os referenciais que fundamentaram as análise e discussões apresentadas no estudo foram: Os princípios do SUS conforme os preceitos legais; As premissas da educação superior médica expressas nas DCNM; Os Eixos do PROMED; O PPC das IES e por último, A proposta apresentada pelo GT na expansão de vagas do ensino médico nas IFES. Observou uma similaridade das IES estudadas quanto ao período de integração do curso, turno de oferta e forma de ingresso, apresentando diferenças relativas à distribuição da carga horária executadas nos cursos. Ambas as IES apresentam PPC formatados de acordo com o que determina as Resoluções CNE/CES nº 2/2007. Conclui com este estudo que o ensino praticado nas escolas médicas estudadas ainda é fragmentado, departamentalizado, não garantindo ao discente vínculo com o usuário, relação fragilizada entre escola/serviço/comunidade, as IES utilizam o usuário como objeto de estudo para aprendizados das práticas médicas. Como contribuição, essa pesquisa possibilitou uma maior reflexão sobre a formação médica, no cenário atual de mudanças teóricas, conceituais e institucionais e o Sistema Único de Saúde no Piauí. Como limitação da pesquisa tem-se a análise de cinquenta por cento das IES e 67,5% das vagas disponíveis para o curso de medicina no Estado. Como recomendação para trabalhos futuros poder-se-á verificar a efetividade do processo de formação médica e a articulação com o sistema de saúde atual em outras IES com o curso de medicina e ainda avaliação dos cursos de acordo com as novas DCNM, instituída em 2014.
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MARIA LÍCIA LOPES MORAIS ARAÚJO
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Excesso de Peso, obesidade e sua correlação com a frequência do consumo alimentar em pré-escolares de Teresina- Piauí.
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Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
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Data: 29/08/2014
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A obesidade é atualmente caracterizada, como o acúmulo generalizado de gordura corporal decorrente de diversas influências, como: genéticas, psicológicas e ambientais; associando-se também ao estilo de vida e aos hábitos alimentares, estando relacionada de forma direta à prática de atividade física. Diante do exposto, o presente trabalho visa conhecer a prevalência de excesso de peso, obesidade e sua correlação com a frequência de consumo de alimentos, a nível escolar e domiciliar, em pré-escolares assistidos em escola privada, de Teresina- Piauí. Trata-se de um Estudo Transversal Descritivo de base escolar, que foi realizado em escola da rede particular de ensino da cidade de Teresina entre o período de março a julho de 2013. O tamanho da população para entrar na pesquisa foi de 400 crianças. Essas crianças foram selecionadas de forma “probabilística” onde todas as 1.044 crianças matriculadas na Educação Infantil tiveram a chance de participar da pesquisa. Foi utilizada uma lista de números randomizados para identificar cada criança. Em seguida de cada série foi retirada uma amostra de 110 crianças, estimando-se perdas. Para análise estatística, foi criado um banco de dados no Programa Statistical Package for the Social Sciences, version 13,0. Os dados foram apresentados por meio de tabelas e figuras. Para verificar a diferença entre as médias das idades entre os sexos foi utilizado o teste t de Student e para verificar a associação entre as variáveis nominais teste do Qui-quadrado. O nível de significância estatística adotado foi de 5. Concluiu-se que a prevalência de risco de excesso de peso e obesidade em pré-escolares foi elevada, sem ocorrer diferença significativa relacionada ao sexo ou idade das crianças estudadas. Ocorrendo uma correlação com a alta frequência de consumo de alimentos, como: carboidratos simples, açúcares e gorduras.
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ARETHUZA DE MELO BRITO CARVALHO
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BRUXISMO E QUALIDADE DE VIDA EM ESCOLARES DE 11 A 14 ANOS
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Orientador : LUCIA DE FATIMA ALMEIDA DE DEUS MOURA
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Data: 29/08/2014
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Introdução: Bruxismo é o hábito de apertar e/ou ranger os dentes, que pode desencadear problemas funcionais e psicossociais com possíveis consequências na qualidade de vida dos indivíduos. Materiais e Métodos: Estudo observacional transversal desenvolvido com escolares na faixa etária de 11 a 14 anos do município de Teresina-Piauí. Para a avaliação da qualidade de vida foi utilizada a versão brasileira do questionário CPQ11-14, na forma curta (ISF:16) abrangendo os domínios sintomas bucais, limitações funcionais, bem-estar emocional e bem-estar social. A presença do bruxismo do sono foi considerada através de relatos dos responsáveis legais. A análise dos resultados foi realizada através da análise univariada (estatística descritiva), bivariada (teste Qui-quadrado de Pearson e teste de Razão de Verossimilhança) e análise multivariada (regressão logística múltipla com efeito medido pela razão de chances), intervalo de confiança de 95%, através do software SPSS, versão 21.0. Resultados: Foi observada diferença entre escolares com bruxismo do sono e o escore total do CPQ11-14 (p< 0,001), e com os escores dos domínios limitação funcional (p= 0,033) e bem- estar social (p= 0,020). As variáveis gênero e idade não apresentaram associação com a qualidade de vida. O modelo final de regressão revelou que a presença de bruxismo do sono aumenta a chance de ter maior impacto na qualidade de vida (ORaj=1,82 (1,54 - 2,10) , IC= 95%). Conclusão: Bruxismo do sono apresentou impacto negativo na qualidade de vida dos escolares, principalmente nos domínios, limitações funcionais e alterações no bem- estar social.
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HEILA DIAS DE SOUSA PINHO AGUIAR
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Estado nutricional relativo ao zinco e estresse oxidativo em estudantes universitários.
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Orientador : NADIR DO NASCIMENTO NOGUEIRA
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Data: 28/08/2014
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INTRODUÇÃO: Estudos têm mostrado que estudantes universitários tendem a adotar condutas de saúde pouco saudáveis, em especial refeições nutricionalmente desequilibradas. A alimentação inadequada parece contribuir com o aumento do estresse oxidativo e risco para surgimento de doenças crônico não transmissíveis. Nesse contexto, o zinco tem papel importante por integrar o sistema antioxidante. Este estudo avaliou a relação entre estado nutricional relativo ao zinco e estresse oxidativo em estudantes universitários. MÉTODOS: Estudo de corte transversal, envolvendo 242 universitários, de ambos os sexos, com idade de 20 a 30 anos. Foram realizadas medidas do índice de massa corpórea (IMC) e da circunferência da cintura (CC). A análise da ingestão de calorias, macronutrientes e zinco foi realizada utilizando o método do registro alimentar de três dias. O padrão de ingestão de referência para os macronutrientes foi a faixa de distribuição aceitável de macronutrientes. Para a estimativa da prevalência da ingestão inadequada de Zn foi utilizado a EAR como valor de referência. As concentrações plasmáticas e eritrocitárias do mineral foram determinadas por espectrofotometria de absorção atômica de chama. A atividade da enzima superóxido dismutase foi determinada segundo a metodologia do fabricante Randox, e as concentrações do malondialdeído, por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC/PDA). Os dados foram analisados no programa SPSS for Windows 18.0, adotando-se o nível de significância de 5% na decisão dos testes. RESULTADOS: Os valores de ingestão de macronutrientes encontravam-se dentro das faixas de recomendação. Com relação ao consumo de zinco, observou-se que a média estava acima da EAR em ambos os sexos. Por outro lado, o percentual de inadequação desse mineral foi de 27,09% para os estudantes do sexo masculino e de 16,85% para o feminino. Os estudantes apresentaram concentrações médias de Zn no eritrócito inferiores aos pontos de corte. As concentrações plasmáticas de zinco estavam adequadas para o sexo masculino em relação ao feminino (p<0,05). A atividade da enzima SOD encontrava-se dentro dos valores de normalidade, enquanto que a média do MDA foi inferior aos valores de referencia, sendo que ambos os resultados não diferiram entre os gêneros (p>0,05). Houve correlação negativa entre o zinco plasmático e a SOD (p<0,05) e positiva entre o zinco eritrocitário e a atividade dessa enzima (p<0,05). Não houve correlação entre os parâmetros do zinco e o MDA (p>0,05). CONCLUSÃO: Os estudantes apresentam comprometimento nutricional e das concentrações de zinco eritrocitário. A correlação positiva entre a atividade da SOD e as concentrações eritrocitárias de zinco reforçou a hipótese da participação desse mineral no sistema de defesa antioxidante, atuando indiretamente como protetor da peroxidação lipídica nas membranas celulares.
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ANA CATHARINA NUNES FERNANDES
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Análise da situação vacinal de crianças pré-escolares em Teresina-PI
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Orientador : KEILA REJANE OLIVEIRA GOMES
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Data: 25/08/2014
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INTRODUÇÃO: A imunização infantil é uma ação prioritária do Ministério da Saúde, porém, estudos evidenciam aumento de atrasos vacinais e não vacinação. OBJETIVO: Analisar a situação vacinal de crianças pré-escolares em Teresina-PI. METODOLOGIA: Estudo seccional envolvendo 542 crianças de 2 a 6 anos matriculadas na rede pública municipal de ensino, oriundas de quatro Centros Municipais de Educação Infantil selecionados aleatoriamente, obedecendo a divisão proporcional por regiões da cidade. Os dados foram coletados por meio de formulário pré-codificado e pré-testado, além da digitalização da caderneta de vacina da criança. Realizou-se análise estatística descritiva univariada, utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson e exato de Fisher para análise bivariada e procedeu-se regressão logística múltipla, pelo aplicativo SPSS versão 17.0. O estudo obedece preceitos éticos conforme legislação vigente. RESULTADOS: O perfil dos sujeitos apresentam em sua maioria: cuidadores com idade adulta (94,6%); crianças com idade entre 4 a 6 anos (57,7%); cuidadores sendo a própria mãe da criança (82,8%); crianças do sexo feminino (51,1%); moradia de alvenaria (90,6%); cuidadores casados ou em união estável (66,6%); cuidadores alcançando, no máximo, o ensino médio incompleto (61,5%). A frequência de atraso vacinal/não vacinação foi de 24,9%. Destes, a média de vacinas não administradas foi de 1,7 (DP±1,2) e de vacinas atrasadas de 3,3 (DP±1,6). O modelo de regressão logística binomial revelou associação significativa (p<0,05) entre os cuidadores jovens (até 24 anos) e a baixa frequência em consulta de puericultura com atraso vacinal/não-vacinação. CONCLUSÕES: Saber que crianças que não frequentam as consultas de puericultura têm mais chances de atrasar suas vacinas comprova que a melhor estratégia para resolver essa situação é: garantir e fortalecer as próprias ações de atenção básica, sobretudo, a Estratégia Saúde da Família, fazer o controle da cobertura vacinal em sua área e a busca ativa de crianças faltosas.
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RIVALDO LIRA FILHO
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Um Estudo sobre Detecção de Desvios: Aplicação em banco de dados do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica – PMAQ – BRASIL
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Orientador : JOSE IVO DOS SANTOS PEDROSA
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Data: 21/08/2014
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Referencial Teórico: O PMAQ deve ser utilizado como um instrumento que possa retratar a realidade da saúde no Brasil. Dessa forma espera-se que este instrumento de pesquisa, possa descrever a realidade da saúde, possa mostrar dados importantes para sua melhoria e que possa dar um diagnóstico preciso sobre a situação do setor no Brasil. A técnica de DCBD/Mineração pode ser utilizada para melhorar o conteúdo das informações colhidas no PMAQ, pois como outros instrumentos de coleta de dados o mesmo pode apresentar inconsistências nas suas informações. O conhecimento tem sido reconhecido como um dos mais importantes recursos de uma organização, tornando possíveis ações inteligentes nos planos organizacional e individual, induzindo a inovações e capacidade de continuamente criar produtos e serviços excelentes em termos de complexidade, flexibilidade e criatividade. O processo de gestão do conhecimento abrange toda a forma de gerar, armazenar, distribuir e utilizar o conhecimento, tornando necessária a utilização de tecnologias de informação para facilitar o processo, devido ao grande aumento no volume de dados.
Justificativa: O presente estudo justificou-se pela necessidade de analisar o banco de dados do PMAQ Brasil o que permitiu a produção de informações qualitativas e quantitativas resultantes desta pesquisa. Os testes realizados na base de dados do PMAQ utilizam-se de conceitos de seleção e preparação de dados e técnicas de mineração (data mining), apresentadas em diversas propostas na bibliografia estudada. Este trabalho descreveu todas as etapas desenvolvidas para a realização do estudo sobre detecção de desvios em dados da Avaliação externa do Programa de Avaliação da Qualidade da Atenção Básica.
Objetivo: O objetivo principal deste trabalho é analisar algumas técnicas de detecção de desvios e aplicá-las em dados da Avaliação Externa o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB).
Metodologia: A metodologia aplicada foi satisfatória para a detecção de desvios, pois permitiu a identificação, avaliação e a sistematização do processo desenvolvido. Em alguns momentos da pesquisa foi necessário o retorno às etapas anteriores, pois, baseado nos resultados obtidos era necessário reorganizar os dados e avaliá-los novamente. Os resultados obtidos mostraram que a estrutura do arquivo, a definição do tipo de dado e a forma como está expressa a informação dentro do arquivo, podem dificultar ou auxiliar no processo de detecção de desvios.
Resultados: Os resultados foram satisfatórios de acordo com a metodologia proposta. Foram identificados a necessidade de ampliar as avaliações estatísticas. Pois, nem sempre os dados permitiam uma verificação válida ou ainda não resultavam valores satisfatórios para a pesquisa. Nesta fase foram definidas técnicas estatísticas mais específicas para os desvios encontrados, esses cálculos foram: o cálculo do qui-quadrado para a avaliação bivariada dos registros qualitativos, e o cálculo do teste de razão de verossimilhança para a avaliação bivariada dos registros quantitativos. Os experimentos realizados a partir da metodologia utilizada no trabalho apresentaram resultados interessantes para a pesquisa. As avaliações de determinadas informações agregaram conhecimento ao trabalho realizado.
Considerações Finais: Um trabalho futuro seria identificar e estudar outras técnicas estatísticas para aplicar na detecção de desvios. Existem diversas técnicas e cada uma pode se adequar melhor aos objetivos definidos para a pesquisa realizada. Também poderia ser feito um estudo mais aprofundado sobre a detecção de desvios como um dos objetivos a serem alcançados na aplicação de outra técnica de mineração como associação, classificação entre outras. Com relação ao banco de dados, a técnica permitiu encontrar os desvios, algumas variáveis precisam de avaliações mais aprofundadas para se corrigir a base de dados, outras podem ser mantidas.
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BRUNA LUISA FIGUEIRÊDO PIEROTE
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ANÁLISE DA EXPORTAÇÃO TÍMICA DE CÉLULAS T COM PERFIL REGULADOR EM PACIENTES PORTADORES DE HANSENÍASE.
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Orientador : ADALBERTO SOCORRO DA SILVA
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Data: 11/08/2014
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A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo patógeno intracelular Mycobacterium leprae, um microorganismo que evoluiu com notável capacidade de evadir–se da resposta imune do seu hospedeiro. Embora os mecanismos que permitem tal evasão imune ainda não sejam totalmente compreendidos, há evidências na literatura de que eles incluem a participação de células T reguladoras (Tregs). Essas células ou são induzidas a se tornar reguladoras na periferia (iTreg) ou são naturalmente reguladoras (nTreg). A característica mais proeminente das células nTregs é que elas são produzidas endogenamente, pelo timo normal, como uma subpopulação de células T funcionalmente distinta e que persiste na periferia com função estável. A ocorrência de células reguladoras no sistema imune oferece oportunidade para o planejamento de estudos de manipulação imunológica que visem tratar ou prevenir desordens imunológicas bem como controlar inflamação patológica ou fisiológica. A estratégia mais simples para a exploração do papel regulador das Tregs é a alteração no número dessas células seja no sangue circulante seja em um sítio inflamado. Trabalhos recentes têm mostrado que o número de células T com perfil regulador estão aumentados em lesões de pele em pacientes com hanseníase. Em tais trabalhos, no entanto, não foi avaliada se as células T com perfil regulador observadas nos pacientes são iTreg ou nTreg. No presente trabalho nós estudamos esta questão. Nossa estratégia experimental envolveu a comparação do número de células T com perfil regulador entre pacientes e controles saudáveis pareados por idade. As células dos pacientes forma coletadas em três tempos estratégicos: por ocasião do diagnóstico, três meses após a terapia convencioanl e seis meses após a terapia convencional. As células assim quantificadas foram imunofenotipadas para a determinação de emigração tímica recente e o soro sanguíneo foi avaliado quanto ao perfil de citocinas nele contido. Nós encontramos níveis mais elevados de nTreg durante os períodos iniciais da doença, com uma contínua diminuição ao longo do período de tratamento. Além disso as Treg encontradas nos pacientes foram, majoriatriamente, recém emigrantes do timo, como mostrou pela expressão de marcador específico (PTK7). Nós não encontramos nenhuma diferença no perfil de citocinas quando comparamos pacientes e controles. Em conclusão nossos achados expandem os resultados de outros relatos da literatura por mostrar que a população de células T com perfil regulador em pacientes com hanseníase (i) estão aumentadas no sangue periférico e (ii) e que estas são principalmente emigrantes tímicas recentes. Como acontece com os resultados de todo trabalho científico envolvendo enfermidades com diferentes formas polares, novos estudos contemplando um maior número de casos e formas espectrais da doença precisam ser realizados para a confirmação dos resultados obtidos no presente trabalho.
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MARIA DAS GRACAS SILVEIRA SANTOS SILVA
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CONTEÚDO DE MINERAIS, COMPOSTOS BIOATIVOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE NO NONI (Morinda citrifolia L.).
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Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
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Data: 07/07/2014
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O noni (Morinda citrifolia L.) é uma rubiácea, árvore pequena, sempre verde, com folhas elípticas, flores tubulares brancas e frutos ovóides amarelos, semelhantes a uma granada. É utilizado tradicionalmente pela população local para o tratamento de diversas desordens na saúde. Uma das atividades mais descritas nos estudos é a atividade antioxidante. Esse estudo objetivou a caracterização físico-química, determinação do conteúdo de minerais do noni (Morinda citrofilia L.) pré-seco e do teor de compostos bioativos e atividade antioxidante do fruto in natura e pré-seco do noni (Morinda citrofilia L.). Foram analisados características físico-químicas, minerais, fenólicos totais, β-caroteno, licopeno, antocianinas, taninos, vitamina C e atividade antioxidante, pelo métodos DPPH, FRAP e ABTS. Quanto às características físico-químicas da polpa, obteve-se 9,30 °Brix para sólidos solúveis, pH 3,98 e 89,06% de umidade. Quanto ao conteúdo de macronutrientes, destacou-se o conteúdo de carboidratos (7,28%) e lipídeos (3,31%), e baixo conteúdo de proteínas (0,51%) e cinzas (0,86%). Nas análises do noni pré-seco obteve-se 3,06 °Brix para sólidos solúveis, pH 4,74 e 18,66% de umidade. Dentre os macronutrientes, destacou-se o conteúdo de carboidratos (52,41%), proteínas (22,65%) e cinzas (4,29%), e baixo conteúdo de lipídeos (1,99%). Verificou-se que o noni pré-seco é fonte de cálcio (182 mg/100g) , ferro (3,15 mg/100g) e zinco(1,70 mg/100g ) e possui um alto teor de potássio (1690 mg/100g), magnésio (85,64 mg/100g) e manganês (1,19 mg/100g). O teor de fenólicos totais no fruto in natura e pré-seco do noni, respectivamente, foi de 71,73 mgAG/100g e 835,36 mgAG/100g, em extrato aquoso, e 102,36 mgAG/100g e 746,11 mgAG/100g, em extrato acetônico. O conteúdo de antocianinas e taninos não foram detectados pelos métodos propostos, na polpa, sendo que o fruto pré-seco apresentou 2,19 mg de cianidina 3-glicosídeos/100g e 21,74 mgEC/100g de antocianinas e taninos, respectivamente. Enquanto que o conteúdo de β-caroteno e licopeno obtido foi de 164,80mg/100g e 64,39mg/100g, respectivamente, na polpa e 19,57mg/100g e 3,37mg/100g, respectivamente, no fruto pré-seco. Os teores de Vitamina C obtidos na polpa e fruto pré-seco foram 20,45 mgAA/100g e 11,50 mgAA/100g, respectivamente.Os resultados da atividade antioxidante no extrato aquoso e acetônico, foram 148,16 e 507,27 μmol TEAC/100g pelo método ABTS, 272,55 e 367,54 μmol TEAC/100g pelo método DPPH e 251,77 e 1660,32 μmol TEAC/100g pelo método FRAP no fruto in natura e 5610,11 e 7593,04 μmol TEAC/100g pelo método ABTS, 4427,87 e 5184,51 μmol TEAC/100g pelo método DPPH e 14816,63 e 17504,77 μmol Fe²+/100g pelo método FRAP, no fruto pré-seco. Dessa forma, o noni apresentou-se como alimento nutritivo, destacando-se o teor de carboidratos, proteínas e minerais do fruto pré-seco e elevado teor de compostos fenólicos e atividade antioxidante, confirmada por três diferentes métodos, nas duas amostras.
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MARA JORDANA MAGALHAES COSTA
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Excesso de peso e obesidade em pré-escolares de Teresina-PI e sua relação com a prática de atividade física.
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Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
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Data: 02/07/2014
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A obesidade caracteriza-se pelo excesso de gordura corporal em relação à massa magra, tratando-se de uma doença multifatorial, determinada por vários fatores, dentre eles: fatores genéticos, comportamentais, ambientais e culturais. Assim, realizou-se a presente pesquisa com o objetivo de conhecer a prevalência do excesso de peso e obesidade em pré-escolares da rede privada de ensino de Teresina-PI e sua relação com a prática de atividade física. O estudo foi do tipo transversal, descritivo, tendo como amostra 403 pré-escolares, matriculados em uma escola da rede privada de Teresina-PI. Foi realizada avaliação antropométrica, para obtenção dos valores do Índice de Massa Corporal - IMC, foram coletados também os dados socioeconômicos, dados sobre a criança, com registro em ficha própria, e informações sobre a prática de atividade física dos pré-escolares. Os resultados demonstraram que 60,1% dos pré-escolares estavam eutróficos e 1,2% com magreza. O risco de excesso de peso apresentou-se em 20,8% da população, enquanto o excesso de peso em 5,2% e a obesidade, em 12,7% do total de indivíduos que participaram do estudo. Observou-se uma forte correlação entre os pré-escolares com menor tempo de atividade física semanal e o risco de excesso de peso (0,879), excesso de peso (0,734) e obesidade (0,712), apresentando significância estatística (p = 0,001). Concluiu-se que os pré-escolares, na sua maioria, estavam eutróficos, apesar de apresentarem valores para excesso de peso e obesidade. Além disso, foi possível observar que quanto menor a prática de atividade física, maior a correlação com o excesso de peso e obesidade.
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JOSÉ FRANCISCO RIBEIRO
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PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E CLÍNICO DE MULHERES COM CÂNCER DE COLO DO ÚTERO EM UMA CIDADE DO NORDESTE
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Orientador : ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
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Data: 18/06/2014
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No Brasil, o câncer de colo do útero é a terceira neoplasia maligna mais comum entre as mulheres, superado apenas pelos cânceres de mama e de pele não melanoma, e representa 10% de todos os tumores malignos em mulheres. Em uma análise regional pode ser observada a incidência crescente do câncer de colo do útero, principalmente em regiões menos desenvolvidas. Este estudo teve como objetivo descrever o perfil sociodemográfico e clínico das mulheres com câncer de colo do útero na cidade de Teresina-PI, com base em registros pertencentes a uma instituição filantrópica de referência em oncologia de Teresina, no período de 2008 a 2012. Trata-se de um estudo descritivo com base em dados secundários onde foram consultados 699 prontuários eletrônicos de mulheres residentes em Teresina. A coleta de dados aconteceu em agosto de 2013, através do uso de um formulário contendo o perfil sociodemográfico e clínico das mulheres com câncer de colo do útero, estágio da doença ao final do tratamento e situação de encerramento dos casos diagnosticados. Houve predominância de casos na faixa etária de50 a 59 anos (21,5%), raça/cor não branca (82,1%), casadas (54,5%), ensino fundamental incompleto (38,8%), ocupação do lar (43,8%), multiparidade (25,9%), com encaminhamento do Sistema Único de Saúde (93,1%). O tipo histológico, carcinoma de células epidermoides, esteve presente em 49,8% dos casos, seguidos do adenoma (28,5%). O estadiamento inicial II ocorreu em 31% dos casos acompanhado do III (27,5%). Dos tratamentos realizados a quimioterapia e a radioterapia estiveram presentes em 37,5% dos casos, seguidos de cirurgia, radioterapia e quimioterapia (16,6%). A situação de encerramento para remissão parcial (30,9%), doença em progressão (38,8%) e óbitos (14,4%) dos casos diagnosticados. Tais dados fornecem subsídios e apontam para a necessidade de aplicar medidas essenciais para melhor aplicabilidade de políticas de saúde direcionadas para os níveis de atenção à saúde da mulher. A inserção de educação em saúde especificamente moldada na facilitação da transmissão dos conhecimentos em saúde da mulher são de grande importância para as mudanças no perfil de morbidade e mortalidade da doença nessa clientela.
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ARY OLIVEIRA PIRES
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“Estudo das metástases ósseas de câncer de mama pela cintilografia e tomografia por emissão de positrons”.
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Orientador : BENEDITO BORGES DA SILVA
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Data: 25/04/2014
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As metástases mais comuns do câncer de mama são para os ossos e o exame mais comumente solicitado para detectá-las é a cintilografia, contudo há controvérsias na literatura sobre a sensibilidade da cintilografia e da tomografia por emissão de pósitrons acoplado à tomografia computadorizada (PET-CT) na detecção das lesões. Objetivo: Investigar as metástases ósseas de cancer de mama por cintilografia óssea e PET-CT. Métodos: Vinte pacientes com câncer de mama e dores ósseas foram submetidas tanto à cintilografia óssea quanto ao PET/CT-FDG de julho de 2012 à junho de 2013. A cintilografia foi realizada após a administração endovenosa de 99mTc-MDP cerca de 10 dias antes do exame de PET-CT por meio da injeção endovenosa de F18- fluorodeoxyglucose, seguido de CT do corpo inteiro. As metástases ósseas foram caracterizadas à cintilografia pela hipercaptação de tecnécio superior às demais áreas do esqueleto enquanto que no exame de PET-CT foram consideradas metastáticas as lesões hipermetabólicas que captaram FDG em intensidade acima da captação observada no restante do esqueleto, tendo a CT como exame de referência para definição das metástases. Para análise comparativa dos dados utilizou-se o teste t de Student pareado (p<0.05). Resultado: A tomografia mostrou 422 implantes metastáticos nas 20 pacientes, enquanto a cintilografia mostrou 239 (56%) destas lesões e o PET-CT mostrou 303 (71%), contudo não houve diferença estatisticamente significante entre as médias das lesões em cada paciente mostrada pelos dois exames (P=0.186). Conclusão: No presente estudo, não houve diferença estatisticamente significativa entre o PET-CT e a cintilografia óssea na detecção de metástases ósseas de câncer de mama
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GABRIELA VERAS DE SOUSA
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“Expressão do Antígeno Ki-67 no epitélio mamário de ratas em estro permanente tratadascom raloxifeno”
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Orientador : BENEDITO BORGES DA SILVA
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Data: 11/04/2014
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Introdução: As ratas em estro permanente estão sob constante estimulação estrogênica e mimetizam síndrome dos ovários policísticos, apresentando tecido ducto-lobular aumentado e, a propósito, mulheres com aumento da densidade mamária mamográfica e uso de terapia hormonal (HT) na pós-menopausa estão associadas com aumento do risco de câncer de mama, que pode ser reduzido pelo raloxifeno. Objetivo: Avaliar a expressão do antígeno Ki-67 no epitélio mamário de ratas em estro permanente tratadas com raloxifeno. Material e métodos: Quarenta e uma ratas Wistar-Hannover em estro permanente induzido por 1,25 mg de propionato de testosterona foram divididas ao acaso em dois grupos: Groupo I (controle, n=21), em que os animais receberam somente o veículo (propilenoglicol) e Groupo II (experimental, n=20) em que os animais receberam 750µg/dia of raloxifeno por gavagem. Após 21 dias do tratamento, todos os animais foram sacrificados e extirpado o primeiro par mamário abdômino-inguinal e fixado em formol tamponado a 10% para investigar a expressão da protein Ki-67 para análise imunoistoquímica. Os dados foram analisados estatisticamente usando o test t de Student (p<0.05). Resultados: a porcentagem media de núcleos corados por Ki-67 por 500 células no epitélio mamário foi 42,33±6,18 e 15,51±3,71 (SEM), nos grupos controle e experimental, respectivamente (P<0.001). Conclusão: O raloxifeno reduziu significantemente a expressão do antigeno Ki-67 no epitélio mamário de ratas em estro permanente.
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ÉRIDA ZOÉ LUSTOSA FURTADO
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“Fatores associados ao acesso de adolescentes e jovens à assistência pré-natal e ao parto na região Nordeste do Brasil”
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Orientador : KEILA REJANE OLIVEIRA GOMES
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Data: 31/03/2014
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INTRODUÇÃO: A assistência ao pré-natal e ao parto adequado constitui importante indicador de saúde relacionado à mãe e ao bebê, com potencial de reduzir as principais causas de mortalidade materna e neonatal. O acesso a esses serviços, por sua vez, tem como um de seus determinantes as características sociodemográficas dos indivíduos. OBJETIVO: Verificar fatores associados ao acesso de adolescentes e jovens à assistência pré-natal e ao parto na região Nordeste do Brasil. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Na presente pesquisa o termo acesso foi usado para designar o ato de ingressar nos serviços de assistência ao pré-natal e ao parto em tempo oportuno, para tanto, considerou-se que as puérperas adolescentes e jovens que não fizeram pré-natal, iniciaram o pré-natal no terceiro trimestre e/ou peregrinaram em busca de assistência ao parto, tiveram acesso inadequado aos serviços de saúde. Trata-se de estudo seccional realizado com 3.014 adolescentes e jovens admitidas nas maternidades, selecionadas por ocasião da realização de parto na região Nordeste do Brasil. O desenho da amostra foi probabilístico, em dois estágios: o primeiro correspondeu aos estabelecimentos de saúde; e o segundo, às puérperas e seus conceptos. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista e consulta ao prontuário hospitalar, a partir de formulário eletrônico pré-testado. Os dados foram analisados com a utilização do software SPSS versão 17.0. Foram realizadas análises univariadas, por meio de estatística descritiva bivariada, adotando-se o teste qui-quadrado de Pearson, com nível de significância (p≤0,05) e multivariada, através de regressão logística binomial com nível de significância (p˂0,05). O critério de inclusão de variáveis no modelo logístico foi a associação com as características socioeconômicas e aspectos reprodutivos em nível de p˂0,20 na análise bivariada. RESULTADOS: A média de idade das participantes deste estudo foi de 20 anos. A maioria referiu ter laços conjugais (77,6%), ser da cor não branca (84,2%), saber ler e escrever (96,1%), possuir até o ensino fundamental (54,6%) e pertencer às classes econômicas D e E (50,7%). Menos de 1/5 das entrevistadas tinha trabalho remunerado (16,7%), e quase 91,0% não possuíam plano de saúde. Aproximadamente 58,0% das entrevistadas eram primigestas; entre aquelas que já haviam engravidado, 22,8% tiveram apenas um parto, e pelo menos um abortamento ocorreu para 12,0% das adolescentes e jovens. O acesso inadequado ao pré-natal e ao parto ocorreu para 3,2% e 33,3% das adolescentes e jovens, respectivamente. A análise bivariada situação conjugal, trabalho remunerado e plano de saúde mostraram associação significativa com o acesso inadequado à atenção pré-natal e ao parto. A análise multivariada, por sua vez, apontou que as puérperas adolescentes e jovens que mantinham laços conjugais e não possuíam plano de saúde eram mais propensas a apresentarem acesso inadequado a esses tipos de assistência. CONCLUSÃO: Os achados reforçam que o acesso inadequado à assistência pré-natal e ao parto esteve especialmente associado a vários fatores indicativos da persistência de desigualdade social, evidenciando a necessidade de envidar esforços no sentido de aumentar o acesso em tempo oportuno a esses serviços, especialmente entre aquelas com condições socioeconômicas desfavoráveis, a fim de contribuir para desfechos materno-infantis mais favoráveis.
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ARIANE GOMES DOS SANTOS
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“Saúde suplementar e SUS: fatores associados ao pré-natal e parto de adolescentes e jovens no Nordeste brasileiro”
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Orientador : KEILA REJANE OLIVEIRA GOMES
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Data: 31/03/2014
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INTRODUÇÃO: Assistência pública com qualidade deficiente e difícil acesso, configura-se como um problema de saúde pública. Dificuldades de acesso aos serviços públicos para o pré-natal e parto de adolescentes e jovens leva parcela desse público a recorrer à saúde suplementar, em busca de assistência rápida e com melhor atendimento. OBJETIVO: Analisar as diferenças de fatores ligados à assistência ao pré-natal e ao parto de adolescentes e jovens usuárias da saúde suplementar e do SUS, no Nordeste brasileiro. METODOLOGIA: Estudo transversal, de base hospitalar, com puérperas com idade de 10 a 24 anos internadas em estabelecimentos de saúde do Nordeste-Brasil, onde foram realizados 500 ou mais partos registrados em 2007. A amostra foi probabilística de 3.014 entrevistadas, com ponderação dos dados para estimar a população estudada (337.451 puérperas). A coleta de dados ocorreu de fevereiro de 2011 a outubro de 2012. Para entrevista utilizou-se formulário eletrônico. Na análise univariada realizou-se estatística descritiva, na bivariada o teste qui-quadrado de Pearson, com efeito medido por meio da Odds Ratio (OR) e com intervalo de confiança de 95,0%. Para tanto, utilizou-se o software SPSS, versão 17.0. RESULTADOS: Apenas 9,1% das entrevistadas possuíam plano privado de saúde. Destas, a maioria tinha direito a consulta médica (91,6%), internação hospitalar (81,8%), assistência ao parto (71,9%), exames complementares (87,6%) e metade teve assistência ao pré-natal e parto totalmente coberta pela saúde suplementar. Houve significância estatística na associação entre utilização de saúde suplementar e faixa etária de 20 a 24 anos (p<0,001); cor da pele branca (p <0,001); trabalho remunerado (p <0,001); saber ler e escrever (p =0,048); maior escolaridade (p <0,001); maior econômica (p <0,001); menor número de gestações anteriores (p <0,001); primiparidade (p =0,011); ausência de partos normais anteriores (p =0,002); desejo de esperar mais para engravidar (p =0,024); realização do pré-natal (p =0,023); início precoce do pré-natal (p =0,002); número de consultas realizadas igual ou superior a seis (p =0,001); realização das consultas no serviço privado ou misto (p <0,001); realização de três ou mais ultrassonografias (p <0,001); ter informações sobre: início de trabalho de parto (p =0,034); sinais de risco da gestação (p =0,019); técnicas facilitadoras do nascimento (p =0,008) e sobre a maternidade de referência para o parto (p =0,001). Também houve associação com realização do parto no serviço de saúde indicado (p =0,023); desejo pela cesariana no início da gestação (p =0,005); decisão pela cesariana no final da gravidez (p <0,001); e responsabilidade pela decisão sobre o tipo de parto não ser do médico (p =0,022). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Evidenciaram-se grandes diferenças nos fatores relativos à assistência recebida, durante o pré-natal e parto, por adolescentes e jovens usuárias da saúde suplementar e do SUS, no Nordeste brasileiro, favoráveis às usuárias da saúde suplementar. Os gestores públicos devem investir em recursos humanos e materiais para o SUS e promover a qualificação multiprofissional das equipes de saúde, reduzindo as diferenças assistenciais existentes quando comparadas à saúde suplementar.
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ELAINE MONTEIRO DA COSTA
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Estratégias de enfrentamento dos determinantes e a produção do cuidado em famílias de Teresina-PI.
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Orientador : JOSE IVO DOS SANTOS PEDROSA
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Data: 27/02/2014
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A saúde e os modos de viver da população devem ser pautados no exercício do protagonismo, partindo da própria compreensão de necessidade de saúde, e definição das estratégias de enfrentamento. Os determinantes sociais de saúde constituem um conjunto de fatores que interagem e condicionam a saúde dos sujeitos, inseridos em um território que é próprio. Analisar as condições de vida a partir deste espaço é estratégia prioritária para avaliar toda a complexidade que o meio revela, sem fragmentar os eventos determinantes e os impactos sobre a saúde. Este estudo objetivou analisar as estratégias de cuidado adotadas pelas famílias em relação à saúde de seus membros, identificando as estratégias voltadas para a atenção à saúde de crianças, adultos e idosos, além de correlacionar com as características atinentes às famílias (aspectos sociais, demográficos e econômicos). Trata-se de estudo descritivo com abordagem qualitativa. Participaram cinquenta e seis sujeitos, representando suas famílias, pertencentes a um território adstrito da Estratégia Saúde da Família de Teresina-PI, localizado na Vila Irmã Dulce. A coleta de dados foi realizada, inicialmente, através de um questionário previamente elaborado e, na segunda etapa, realizaram-se dez entrevistas guiadas por três perguntas norteadoras. Também foram levantadas informações referentes às condições de moradia e saneamento das famílias, obtidas através da análise das Fichas A, instrumento utilizado pelas equipes de Saúde da Família para cadastro das famílias. A análise dos questionários e informações das Fichas A foi realizada por meio de software estatístico. As variáveis abertas foram recategorizadas e analisadas (univariada) através de tabelas de frequências e percentagem. Para a análise bivariada, utilizou-se o teste exato de Fisher, fornecendo as correlações significativas entre as variáveis do estudo. Os diálogos das entrevistas foram gravados em MP4 e, posteriormente, transcritos e organizados por similaridade de respostas. Para cada membro da família, criança, adulto ou idoso, existe um cuidado peculiar. O saber popular continua presente nas estratégias de cuidado, e a busca aos serviços de saúde é comum como segunda opção. A religiosidade também é marcante. Deus é fonte de cuidado e força para continuar lutando contra as adversidades da vida. As famílias, mesmo vivendo em um território marcado pela exclusão, desigualdade e preconceito, revelam sua força, união, autonomia e identidade, por meio de suas histórias de vida e modos de viver.
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SOCORRO ADRIANA DE SOUSA MENESES BRANDÃO
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EXCESSO DE PESO, OBESIDADE, CONSUMO ALIMENTAR E ATIVIDADE FÍSICA EM PRÉ-ESCOLARES DE TERESINA-PI
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Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
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Data: 27/02/2014
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Um processo de transição nutricional vem se caracterizando no Brasil, com uma redução marcante na prevalência da desnutrição e elevada prevalência da obesidade. Objetivo: avaliar o excesso de peso, obesidade, o consumo alimentar e a prática de atividade física em pré-escolares dos CMEIs de Teresina-PI. Métodos: estudo transversal descritivo, com 548 pré-escolares entre o período de outubro/2012 a junho de 2013, após autorização do Secretário Municipal de Educação. A amostra foi aleatória, sendo sorteados quatro CMEIs, um em cada região da cidade. A aferição antropométrica seguiu normas padronizadas. Dentre os CMEIs que participaram da pesquisa foi realizado um sorteio para a realização de um estudo piloto, com 10% da amostra para a elaboração de uma lista de alimentos para a avaliação da frequência de consumo no domicílio. Nos CMEIs o cardápio foi avaliado por meio da pesagem direta de alimentos consumidos durante uma semana. Para se determinar o resto alimentar individual, os alimentos deixados no prato por cada criança após a refeição, foram pesados. A quantidade ingerida foi considerada pela diferença entre a quantidade pesada e o resto deixado no prato. A prática de atividade física foi avaliada, por meio de um questionário elaborado para averiguação das atividades físicas sistemáticas realizadas dentro e fora do contexto escolar. Para análise estatística aplicou-se o teste do c2 e a correlação de Pearson, com nível de significância de 5%. Resultados e Discussões: segundo o IMC-para-Idade, mostrou que 85,2% estavam eutróficas 2,4% das crianças apresentaram magreza, enquanto 12,4% apresentaram risco/excesso de peso. Os alimentos mais consumidos no domicilio diariamente foram: arroz, feijão, leite e derivados e pães. Observou-se que houve um déficit energético nas faixas etárias estudadas, o consumo de proteínas e lipídios ultrapassou as recomendações em todos os CMEIs. Enquanto os carboidratos tiveram uma inadequação apresentando-se aquém das recomendações. Quanto a atividade física nos CMEIs os pré-escolares não realizavam nenhuma atividade física rotineira. Fora da escola, apenas 1,1% das crianças realizavam atividades físicas. Com relação ao tempo assistindo televisão, 52,6% das crianças ficavam até 30 minutos. Conclusões: são necessárias medidas educativas e preventivas para conter o avanço risco/excesso de peso nessa população.
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