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IARA SIQUEIRA SANTOS SILVA
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Sistemática e taxonomia de Schizomida (Arachnida: Pedipalpi): avaliando o papel da genitália masculina
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Advisor : LEONARDO SOUSA CARVALHO
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Data: Sep 26, 2023
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A ordem Schizomida é composta por animais pequenos e que podem ser encontrados principalmente em locais que contenha umidade. A ordem compreende cerca de 300-400 espécies descritas no mundo. As genitálias das fêmeas são ilustradas e descritas nos trabalhos taxonômicos de descrição de novos gêneros e/ou espécies e análises filogenéticas, apresentando um certo grau de variação entre as espécies, enquanto a genitália dos machos é negligenciada, apresentando deficiências quanto a sua descrição. No presente trabalho, apresentamos a descrição morfológica da genitália de 19 espécies de machos de esquizômidos de representantes de seis gêneros brasileiros, a saber: Apozomus Harvey, 1992, Cangazomus sp.1, C. xikrin Pinto-da-Rocha et al. 2016, Naderiore carajas Pinto-da-Rocha et al. 2016, Naderiore sp.1, Pacal Reddell & Cokendolpher, 1995, Rowlandius linsduarteae Santos, Dias, Brescovit e Santos, 2008, R. pedrosoi Giupponi et al. 2016, R. potiguar Santos, Ferreira & Buzzato, 2013, Rowlandius sp.1, Rowlandius sp.3, Rowlandius sp.4, Surazomus paitit Bonaldo & Pinto-da-Rocha, 2007, S. rafaeli Salvatierra, 2018, Surazomus sp.1, Surazomus sp.2, Surazomus sp.3, Surazomus sp.4, Surazomus sp.5. Além de investigar o efeito da utilização desta estrutura no diagnóstico de gêneros e espécies e caracteres com potencial filogenético. Os espécimes analisados são provenientes de coletas e empréstimos de Museus e Coleções Zoológicas. Foram dissecados 67 machos de esquizômidos em placas de Petri, contendo álcool 70%, com auxílio de alfinetes e pinças entomológicas, sob um microscópio estereoscópio. A dissecação consistiu na remoção de toda a porção ventral do abdômen. Após a remoção e limpeza, 37 abdomens contendo as genitálias, foram montados em lâminas permanentes seguindo o protocolo de Monteiro (1994) e Mound e Marullo (1996). Após isso, as genitálias foram descritas seguindo a nomenclatura das estruturas presentes nos trabalhos pertinentes: Modder (1960), Giupponi and Kury (2013), e Ruiz & Valente (2023). Após a descrição, realizou-se uma análise filogenética por parcimônia e Máxima Verossimilhança para 28 espécies, com base em 105 caracteres morfológicos no programa TNT 1.5 e IQTREE, respectivamente. As genitálias apresentam variação morfológica entre si, principalmente entre diferentes gêneros analisados, enquanto entre espécies a variação é sutil. As genitálias de machos co-específicos homeomórfico e heteromórfico não apresentou variação morfológica entre si. Os gêneros Surazomus, Rowlandius, Cangazomus e Naderiore foram constantemente monofiléticos independente do critério de otimalidade (parcimônia e Máxima Verossimilhança), com alto valor de suporte. Rowlandius é recuperado mais intimamente relacionado ao clado com Cangazomus e Naderiore, do que com Surazomus. Alguns relacionamentos internos mais profundos foram instáveis, talvez pelo alto número de dados sem codificação e ausência de machos disponíveis em Coleções Biológicas para dissecação e análise da genitália destes indivíduos.
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MARIA NAYANE BATISTA DE SOUSA
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Caracterização de plantas úteis cultivadas em quintais produtivos na comunidade Fornos, Picos-PI, Brasil"
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Advisor : JULIO MARCELINO MONTEIRO
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Data: Jul 26, 2023
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Os quintais produtivos são espaços ao redor das residências com diferentes espécies vegetais, associados a informações sobre tecnologia, manejo adequado, promoção de educação alimentar e nutricional, garantindo a qualidade dos produtos, a distribuição, mecanismos de acesso aos alimentos e, principalmente, o desenvolvimento local baseado na agricultura familiar. Tornando-se uma grande ferramenta junto à segurança alimentar e conservação de espécies. Dessa forma, determinou-se como objetivo principal: Descrever e analisar os conhecimentos e práticas de agricultores com o auxílio da técnica de lista livre, com o intuito de identificar as espécies salientes, a categorização e o manejo (controle de pragas) em plantas cultivadas nos quintais produtivos, na comunidade Fornos, zona rural do município de Picos-PI. A metodologia configurou-se por meio de visitas a comunidade para a realização de entrevistas semiestruturadas, turnê guiada e aplicação de listas livres, os participantes foram convidados a listarem as plantas úteis que usam e/ou conhecem. Foi considerada a frequência de citação e a posição média dos itens nas listas obtidas. O material botânico foi coletado segundo os métodos usuais para os estudos da taxonomia vegetal. Estudos realizados em quintais auxiliam na valorização do conhecimento tradicional sobre a função ecológica e de conservação da diversidade, garantem a variabilidade genética de muitas espécies. Contribuem para a subsistência, e fornecimento de vários produtos e serviços ao mercado interno para melhoria da renda familiar.
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RAQUEL FONTELES DOS SANTOS
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Áreas de forrageamento de tartarugas marinhas na costa semiárida do Brasil
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Data: Jul 6, 2023
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As tartarugas marinhas são animais de extrema importância para a manutenção da vida nos oceanos. Por serem migratórias, auxiliam na transferência de energia e nutrientes entre os ambientes que percorrem. Além disso, escolhem lugares específicos para sua reprodução e alimentação, retornando aos mesmos ao longo de seu ciclo de vida. Muitos estudos foram realizados visando um melhor entendimento acerca da reprodução desse grupo, deixando em carência trabalhos voltados para suas áreas de alimentação. Trabalhos como estes podem auxiliar no conhecimento de ocorrência e distribuição dessas áreas, contribuindo com planos de conservação dessas espécies. Uma abordagem que cada vez mais vem se mostrando eficiente é a utilização modelos estatísticos. Diante disso, o presente trabalho tem por objetivo mapear e modelar áreas de alimentação de três espécies de tartarugas marinhas ocorrentes na costa semiárida do Brasil (a tartaruga-cabeçuda Caretta caretta, a tartaruga-de-pente Eretmochelys imbricata, e a tartaruga-verde ou aruanã Chelonia mydas), apontando possíveis fatores ambientais e biológicos que determinam a escolha das áreas por cada espécie individualmente. Para isso foram utilizados dados de telemetria (imagem por satélite) colhidos na literatura, dados das condições oceanográficas extraídos da base de dados do BioOracle e dados dos tipos de substratos presente na costa semiárida. Após a compilação desses dados, eles foram integrados em um sistema de informações geográfica (SIG) através do software QGIS e através do programa R foram feitas análises estatísticas (análises discriminantes e modelos de distribuição de espécies) para explicar a ocorrência de cada uma das espécies de tartarugas marinhas com base nas condições ambientais das áreas de forrageio. Os resultados sugerem que existe uma separação espacial bem-marcada entre as espécies estudadas. As tartarugas-verdes se alimentaram mais próximo da costa, em áreas de águas com maiores concentrações de nutrientes; as tartarugas-cabeçudas forragearam em áreas mais profundas, em águas transparentes e menos produtivas; e as tartarugas-de-pente ocuparam uma posição intermediária. Portanto, os resultados do presente estudo fornecem dados da distribuição das áreas de alimentação de tartarugas na costa semiárida brasileira, que por sua vez podem auxiliar na criação de planos e delimitação de áreas importantes para a conservação das espécies de tartarugas marinhas.
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VANESSA CARDOSO PEREIRA
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Seleção de microhábitat pela aranha Ypypuera crucifera Vellard, 1924 (Araneae, Hersiliidae)
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Advisor : LEONARDO SOUSA CARVALHO
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Data: May 17, 2023
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A seleção de habitat pode trazer vantagens biológicas para os organismos, como forrageamento, reprodução e proteção contra predadores. As características físicas do ambiente, como vegetação, água, solo e aspectos físico-químicos, são componentes abióticos utilizados na seleção de habitat. Diversas aranhas, como as da família Hersiliidae, realizam seleção de microhabitat, e este estudo investigou a seleção de microhabitat da espécie Ypypuera crucifera Verllard, 1924. Para o estudo, foram delimitadas nove parcelas e as aranhas foram coletadas por busca ativa em todos os troncos das árvores de cada parcela, até uma altura de 2,5 metros. Foram observadas variáveis como diâmetro, forma, textura e cobertura de líquen nos troncos, e a altura das aranhas em relação ao solo. Os dados foram analisados através de modelos lineares generalizados GLMs. Com distribuição quasibinomial e binomial negativa. Foram amostradas 413 arvore e 284 aranhas. Foi possível notar que que a textura da casca, forma do tronco e são fatores importantes para explicar a ocupação dos troncos pela espécie de aranha estudada. A circunferência do tronco das árvores também influenciou na presença e abundância da espécie, com preferência por troncos com mais de 21cm de circunferência. O estudo sugere que áreas côncavas nos troncos podem formar tocas para predadores, tornando-os menos adequados para o estabelecimento da espécie da aranha estudada. A camuflagem das aranhas é um fator importante na seleção de habitat, e mais estudos como esse podem contribuir para o conhecimento sobre a biodiversidade em habitats de troncos de árvores e a importância da conservação desses habitats.
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ORLEANE CRISTINE MARQUES OZORIO PEIXOTO
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Conhecimento, uso e estratégias de manejo acerca da regeneração de casca do caule de duas espécies arbóreas úteis do semiárido
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Advisor : JULIO MARCELINO MONTEIRO
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Data: May 3, 2023
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A exploração de plantas são práticas comuns para o ser humano, se usada de maneira insustentável pode gerar morte de espécies importantes e assim uma perda na biodiversidade. O objetivo desse estudo foi avaliar a taxa de regeneração de casca do caule das espécies de Terminalia glabrescens Mart. e da espécie de Copaifera langsdorffii (Desf.), bem como relacionar esses dados de rebrota de casca com a precipitação média, diâmetro acima do peito e altura dos indivíduos do estudo e ainda, com as informações de uso, identificação de estímulos, conhecimento e estratégias de manejo realizadas na Comunidade Casulo. Na Fazenda do Colégio Técnico de Floriano escolheu-se 10 indivíduos, e estes foram marcados utilizando critérios de tamanhos do diâmetro na altura do peito, altura e sem sinal de predação. Neles realizaram-se extrações de casca correspondentes a 20 cm² e 30 cm², esses foram visitados mensalmente e recolheram-se seus pontos de regeneração com a utilização de papel milimétrico, para coleta etnobotânica foi realizada uma entrevista semiestruturada para conhecer as estratégias de manejo por parte da Comunidade para com as espécies estudadas. Após dezoito meses de observação da regeneração dos indivíduos marcados no campo a maioria não havia regenerado sua área extraída, tendo apenas 1 indivíduo de C. langsdorffii e 4 indivíduos de T. glabrescens apresentando rebrota total de sua área extraída. Um teste de Kruskal-Wallis determinou que as diferenças na regeneração da casca do caule são significativas em relação ao tratamento de 20 cm² de extração (T. glabrescens – p: 0,0163; C. langsdorffii – p: 0,0090) e ainda demonstrou uma diferença significativa interespecífica no qual a regeneração na T. glabrescens é mais rápida do que na C. langsdorffii (p: 0,0163). E não houve relação significativa entre a regeneração e a precipitação, altura dos indivíduos e o DAP. Na correlação de Spearman nenhuma significância entre foi encontrada. No levantamento etnobotânico trinta entrevistas foram realizadas, sendo treze informantes do sexo masculino e dezessete do gênero feminino, encontrando-se que os moradores da Comunidade não fazem uso da C. langsdorffii e em contra partida utilizam com frequência a espécie T. glabrescens extraindo dos caules desses indivíduos áreas superiores aos achados no estudo na área ecológica e estes levam mais de dezoito meses para rebrotar. Em busca da influência dos dados socioculturais e o uso das espécies do estudo a partir de um Modelo Linear Generalizado, encontrou-se que os fatores socioculturais não apresentam relação ou interferem na utilização medicinal da casca de T. glabrescens ou C. langsdorffii para testar a relação entre os dados socioculturais e o reconhecimento dos estímulos visuais da casca ou foto das espécies o teste de Fisher foi aplicado e não houve relação significativa entre as variáveis. E assim, constatou-se que o tamanho extraído dos caules das árvores influencia na taxa de regeneração, sendo necessárias extrações menores para as espécies do estudo recuperarem-se mais rápido, a ausência de significância com a precipitação demonstra que outros fatores abióticos interferem na taxa de regeneração de T. glabrescens e C. langsdorffii podendo ser luminosidade e/ou nutrientes disponíveis no solo. Embora a altura dos indivíduos e seu DAP não tenham apresentado serem importantes para regeneração, sugere-se que as cascas sejam extraídas de plantas maiores e mais grossas para que possam suportar o ferimento em seu tronco. Com os dados etnobotânicos observa-se que os usos das plantas não estão relacionados aos fatores socioculturais e sim associados a disponibilidade do recurso, pois a espécie mais utilizada (T. glabrescens) é a espécie mais encontrada próximo da comunidade. O maior reconhecimento de estímulo visual ocorreu com a T. glabrescens que fortalece a hipótese da aparência ecológica. Estudos posteriores e com maior amostragem serão importantes para clarificar as questões vinculadas a esta pesquisa.
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GUILHERME SANTANA LUSTOSA
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Determinantes da diversidade de comunidades de aranhas de sub-bosque de zonas ripárias do nordeste do Brasil
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Advisor : LEONARDO SOUSA CARVALHO
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Data: Mar 13, 2023
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A estrutura do habitat é geralmente condicionada pela vegetação, pois suas estruturas físicas moldam o ambiente; por sua vez, a vegetação tem sido considerada um dos principais fatores na estruturação das comunidades de aranhas, por isso investigamos a influência da estrutura do habitat (cobertura do dossel e complexidade do sub-bosque) na fauna de aranhas do sub-bosque em zona ripária. Medimos a cobertura do dossel e a complexidade da vegetação do sub-bosque em 30 zonas ripárias de riachos de primeira à quarta ordem, distribuídos em duas bacias hidrográficas do bioma Cerrado. Coletamos3.263 aranhas de sub-bosque adultas com um guarda-chuva entomológico. A cobertura do dossel foi o fator mais importante na estruturação das assembleias de aranhas, o aumento da cobertura do dossel representou um aumento na abundância e riqueza de espécies de aranhas do sub-bosque na zona ripária, a complexidade do sub-bosque foi significativa para explicar a riqueza de espécies, mas não significativa para a abundância. A estrutura da vegetação teve uma baixa explicação para a variação da composição de espécies de aranhas do sub-bosque nas zonas ripárias. Identificamos pontos de inflexão para os limites definidos em 58% e 77% da cobertura do dossel, indicando limiares ecológicos a partir da variação do gradiente de cobertura do dossel, e identificamos 16táxons como indicadores de mudança na cobertura do dossel. As aranhas do sub-bos que podem ser usadas como um bioindicador das zonas ripárias em termos de comunidade e a nível de espécie. Nossos resultados podem subsidiar estratégias para a conservação dos ecossistemas ripários.
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DAIANE DE FÁTIMA DA SILVA MORORÓ
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Biodiversidade e aspectos ecológicos de Ascidiacea (Tunicata) do litoral do Piauí, Brasil
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Data: Mar 13, 2023
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As ascídias são invertebrados marinhos muito importantes nos ambientes costeiros do litoral do Brasil. Apesar dos esforços dos pesquisadores, ainda há lacunas no conhecimento da biodiversidade de ascídias do litoral brasileiro, como é o caso do Estado do Piauí, um dos componentes da Costa Semiárida do Brasil (CSB), juntamente aos Estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão. Dentre os ambientes que compõe a costa brasileira está o campo de matacões, que até o momento, era desconhecido para essa região. A falta de informações a respeito dos campos de matacões, e a influência que essa morfologia exerce sobre a comunidade de ambientes rochosos costeiros, evidencia a importância da caracterização desses ambientes para a zona litorânea do Brasil. Assim, o presente trabalho tem por objetivo principal conhecer a fauna de ascídias do Piauí e investigar os principais fatores que influenciam o desenvolvimento das comunidades de animais marinhos nos campos de matacões do Piauí, buscando ser um primeiro estudo que busca caracterizar esse tipo de ambiente na CSB. Para o levantamento da biodiversidade, foram realizadas coletas em sete das oito praias do litoral piauiense. São descritas vinte espécies de ascídias, das quais nove representam novas ocorrências para a costa do Piauí. A fauna incrustante presente no campo de matacões estudado foi investigada por meio de fotoquadrados. O campo de matacões estudado abriga uma fauna incrustante composta, em sua maioria, de ascídias e esponjas. A composição rochosa é relativamente homogênea, principalmente nas áreas mais baixas do campo rochoso estudado. A composição de ascídias e esponjas foi influenciada positivamente pelo tamanho dos matacões, onde as maiores coberturas médias foram encontradas em rochas maiores, que também suportaram uma maior riqueza de espécies. O lado exposto do campo de matacões abrigou uma maior riqueza e abundância de espécies de ascídias, enquanto o lado abrigado sustentou mais esponjas. A força da competição na estruturação dessas comunidades é relativamente homogênea, e não parece ter sido fator preponderante para as variações de biodiversidade e composição observadas, no entanto, são necessárias investigações futuras de médio e longo prazo a fim de esclarecer melhor o papel das interações competitivas na dinâmica da comunidade.
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ALEXANDRE MARTINS COSTA LOPES
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Sobre a história natural de Cyclopes didactylus (Linnaeus 1758): biologia e ecologia de uma população de Ilha Grande de Santa Isabel, Delta do Parnaíba, Piauí, Brasil.
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Advisor : JULIO FERNANDO VILELA
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Data: Mar 10, 2023
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Estudos de biologia e ecologia de espécies são de suma importância para contribuição nas estratégias conservacionistas, até mesmo das que são classificadas como Pouco Preocupantes, como o Cyclopes didactylus. Este estudo analisa e descreve características biológicas e ecológicas do tamanduaí-comum, na Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, após a recente descrição das seis novas espécies para o gênero. Dentro da área de estudo de 44 hectares, foram realizados 23 registros de 16 indivíduos. A abundância estimada para a população foi de 26 indivíduos (95% = CI 16.6-72.9) e a densidade estimada de 60.5 indivíduos/km² (IC 38.6- 169.6 ind/km²). A razão sexual da população foi de um macho para duas fêmeas. Entre as fêmeas capturadas, 45% das 11 fêmeas estavam prenhes, entre os meses de fevereiro e abril, mostrando que a espécie não tem uma estação reprodutiva definida. A fêmea com filhote, monitorada durante os meses de setembro a novembro de 2017, apresentou uma área de vida de 2.87ha (IC 95% = 0.59-6.93) e padrão de deslocamento diário médio de 38.067m/dia (32.189- 44.179m/dia). O cuidado parental de Cyclopes didactylus neste estudo contradiz algumas citações na literatura. Registrou-se o cuidado somente da fêmea com seu filhote, sem a presença de qualquer outro indivíduo. O cuidado intenso e longo, mas com períodos de separação para que a mãe consiga forragear e se alimentar sem maior gasto de energia, permite que o filhote se desenvolva seguindo os comportamentos da mãe, como os cuidados de limpeza, forrageamento, alimentação, proteção e seleção de locais de descanso seguros. O período de cuidado parental dessa fêmea de Cyclopes didactylus teve duração de 80 dias. Desta forma, este é o primeiro estudo para Cyclopes didactylus com informações sobre densidade populacional, razão sexual, tamanho da área de vida de uma fêmea com filhote, determinação de período reprodutivo e descrição de cuidado parental da espécie em ambiente litorâneo.
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JHONATHAN GUIMARÃES SOUSA COSTA
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Novos espinhos de nadadeiras de Chondrichthyes fósseis da Bacia do Parnaíba, Formação Pedra de Fogo (Permiano) no estado do Tocantins
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Advisor : DANIEL COSTA FORTIER
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Data: Mar 9, 2023
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A Bacia do Parnaíba possui registros fossilíferos únicos de tubarões que viveram a aproximadamente 280 milhões de anos no período Permiano. Nela se encontra a Formação Pedra de Fogo da Era Paleozoica e ela está localizada em parte dos estados do Pará, Tocantins, Piauí, Maranhão, Ceará e Bahia. Devido ao seu esqueleto de natureza cartilaginosa, os tubarões possuem um difícil processo de fossilização, sendo comumente encontrados apenas os dentes e espinhos de nadadeiras. O presente trabalho tem como principal objetivo descrever novos espinhos de tubarão fóssil da Bacia do Parnaíba, coletados no estado do Tocantins e armazenados no Museu de Arqueologia e Paleontologia da Universidade Federal do Piauí. Após limpeza dos fósseis utilizando equipamento especializado, foram identificados sete espinhos de tubarão fóssil pertencendo ao táxon dos Ctenacanthiformes. Uma classificação mais especifica a nível de gênero e espécie ainda não foi alcançada por problemáticas na definição de tais táxons, e através de análises paleohistológicas espera-se contribuir com trabalhos futuros e definições acerca dos fósseis de espinhos encontrados na Bacia do Parnaíba.
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MARIA JOSÉ ALVES DE PASSOS BARBOSA
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FAUNA DE FLEBOTOMÍNEOS (DIPTERA:PSYCHODIDAE) EM AMBIENTE CAVERNÍCOLA DO LESTE MARANHENSE, MARANHÃO, BRASIL
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Advisor : MARIA REGIANE ARAUJO SOARES
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Data: Mar 9, 2023
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Ambientes cavernícolas são habitats aparentemente inóspitos, mas podem abrigar uma variada fauna de invertebrados, incluído os flebotomíneos (Diptera: Psychodidae), dípteros essencialmente silvestres, que apresentam espécies envolvidas na transmissão das leishmanioses. Os habitats preferidos dos flebotomíneos são ambientes que apresentam recursos alimentares abundantes, locais de descanso e de reprodução. Dentre as 1000 espécies de flebotomíneos descritas em todo o globo, 98 ocorrem no Estado do Maranhão e destas, 18 estão envolvidas na transmissão das leishmanioses. Este estudo objetivou conhecer a fauna flebotomínica na caverna Toca do Inferno, Maranhão, Brasil. As coletas foram realizadas na caverna Toca do Inferno, comunidade Faveirinha localizada no município de Barão de Grajaú, Maranhão. Foram realizadas três campanhas de coletas, entre setembro de 2021 a maio de 2022. Doze armadilhas luminosas modelo HP (Hoover Pugedo) foram instaladas, em quatro pontos da caverna, com periodicidade de 24h/coleta. Coletou-se um total de 1833 flebotomíneos, distribuídos em seis espécies: Edentomyia piauiensis (Galati, Andrade Filho, Silva e Falcão, 2003), Evandromyia lenti (Mangabeira, 1938), Deanemyia samueli (Deane, 1955), Lutzomyia dispar (Martins e Silva, 1963), Lutzomyia longipalpis (Lutz e Neiva, 1912) e Micropygomyia villelai (Mangabeira 1942) e alguns exemplares identificados a nível de gênero: Psychodopygus sp. e Edentomyia sp. As fêmeas representaram um total de 483 fêmeas e 1400 machos, a razão sexual macho/fêmea foi de 2,89:1. A espécie mais abundante foi E. piauienses, representando 94,42% da fauna e sendo registrada pela primeira vez para o estado do Maranhão, cuja lista de espécies de flebotomíneos passa a ser composta por 99 espécies. Este estudo também registrou duas espécies envolvidas na transmissão das leishmanioses: E. lenti e L. longipalpis, embora as análises moleculares não tenham revelado fêmeas naturalmente infectadas por Leishmania. O levantamento entomológico é necessário para conhecer a fauna flebotomínica que compõem cada ecótopo, sendo assim, nossos achados podem estar relacionados a estação do ano ou ponto de armadilhagens. Neste sentido, ambientes cavernícolas ainda apresentam lacunas no conhecimento da fauna e convém ressaltar que destacam-se pela oferta de recursos alimentares, reunindo condições ideais para o estabelecimento da fauna flebotomínica. Concluímos que a caverna Toca do Inferno tem um potencial de abrigar uma variada fauna flebotomínica e devido a presença de espécies envolvidas na transmissão das leishmanioses, deve-se manter sob vigilância entomológica.
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CARLOS ANDERSON SOARES BEZERRA PEREIRA
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Estudo taxonômico dos isópodes terrestres (Crustacea: Isopoda: Oniscidea) em áreas de caatinga e cerrado piauiense
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Data: Mar 2, 2023
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Os “tatuzinhos-de-jardim”, pertencentes à subordem Oniscidea, única linhagem a conquistar completamente o ambiente terrestre, isso se deu através de diversas modificações fisiológicas e comportamentais para lhes dar a resistência ao meio terrestre. Os oniscídeos desempenham um relevante papel ecológico através de seu hábito alimentar, detritívoro, ao alimentarem-se da matéria orgânica depositada no solo, irão excretar pelotas fecais que facilmente são decompostas, assim nutrindo o solo. Diversas espécies são conhecidas mundialmente e um pouco mais de 200 espécies estão presentes no Brasil, o que ainda irá aumentar com o tempo, tendo em vista que muitas das regiões brasileiras ainda não são exploradas na pesquisa com oniscídeos. O conhecimento da fauna de Oniscidea no Piauí ainda está escassa, atualmente cinco espécies são registradas distribuídas em cinco famílias. Assim, objetivou-se realizar um levantamento das espécies de isópodes terrestres ocorrentes em áreas de Cerrado e Caatinga no Estado do Piauí. Para tanto, coletas na natureza, em Unidades de Conservação no Piauí foram realizadas entre os anos de 2021 e 2022, por meio da busca ativa, com o auxílio de pincéis e pinças, com a procura dos “tatuzinhos” no folhiço, madeira caída, tijolos em espaços úmidos, devido a escolha dos bichos por locais abrigado da luz e úmidos, os espécimes foram acondicionados em tubos plásticos (tipo Eppendorf) com álcool 70%. Após a coleta, no laboratório, era realizada a etapa de triagem, separando os espécimes entre machos e fêmeas, e também a identificação dos lotes com informações da coleta (data, local, coletor, número do lote e total de indivíduos por sexo). A análise taxonômica ocorreu primeiro com a identificação dos caracteres morfológicos de cada espécime por lote por meio do estereomicroscópio (lupa) e microscópio óptico, seguindo para a filtragem dos indivíduos por famílias, uma chave de identificação e as literaturas especializadas foram utilizadas. Com isso, seguiu-se para a identificação do menor nível taxonômico possível. Através da análise taxonômica, foi possível o reconhecimento de dois novos gêneros e três novas espécies de Oniscidea, sendo eles: Gênero 1 gen. n. com as espécies: Espécie 1 n. sp. (espécie-tipo) e Espécie 2 n. sp., e Gênero 2 gen. n., com a Espécie 3 n. sp. (espécie-tipo), aumentando exponencialmente o conhecimento sobre a diversidade de isópodes terrestres no Piauí, bem como o conhecimento taxonômico do grupo na região Neotropical.
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ORIANNA DOS SANTOS
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Ocorrência, distribuição e dispersão da esquistossomose mansônica: cenários de ocorrência do gênero Biomphalaria no Piauí
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Advisor : MARIA REGIANE ARAUJO SOARES
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Data: Feb 27, 2023
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A esquistossomose mansônica é uma parasitose causada pelo helminto Schistosoma mansoni, representando um grave problema de saúde pública. O Brasil possui aproximadamente 2,5 milhões de portadores e o estado do Piauí é uma área focal para a doença. A epidemiologia, a dinâmica e a expansão da doença, bem como, a biologia dos hospedeiros intermediários no estado, ainda não são completamente compreendidas e, em razão disso, desenhou-se este estudo. A partir da investigação dos aspectos epidemiológicos da esquistossomose mansônica no estado do Piauí, discutimos o impacto da Barragem de Boa Esperança para a dispersão da doença no estado, coletamos moluscos considerados hospedeiros intermediários para a descrição da fauna e análise parasitológica e, posteriormente, avaliamos o impacto de indicadores socioambientais sobre sua distribuição espacial. Para isso, a pesquisa foi dividida em quatro etapas: pesquisa bibliográfica, pesquisa epidemiológica, pesquisa malacológica e parasitológica e análise espacial de Biomphalaria spp. e dos indicadores socioambientais para a ocorrência de esquistossomose mansônica. Para a primeira etapa, foram reunidos documentos e registros da literatura sobre a malacofauna do Piauí, compreendendo o período de 1945 – 2021. Para a pesquisa epidemiológica foram utilizados dados do Programa de Controle da Esquistossomose (PCE) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), quanto à transmissão de esquistossomose no Piauí no período de 1995 – 2017. Em seguida, conduziu-se uma pesquisa malacológica e parasitológica a partir de espécimes coletados na Barragem de Boa Esperança em Guadalupe-PI, principal represamento hídrico do estado. Por fim, para a análise espacial, foram investigados os fatores socioambientais associados a casos confirmados da esquistossomose, por meio do Índice de Moran local. Os dados revelam que a data de construção da Barragem reuniu trabalhadores oriundos de áreas endêmicas de esquistossomose indicando que este aspecto deve ser levado em consideração em estudos sobre a origem de casos autóctones no Piauí. Registra-se que os estudos conduzidos no Estado que tratam da temática ainda são incipientes, sendo o fortalecimento dos grupos de pesquisa sobre o tema, um aspecto importante para o entendimento da transmissão da esquistossomose no Piauí. O perfil dos portadores de esquistossomose no Piauí para o período estudado, são homens, pardos, com idade entre 20 e 29 anos. Quanto à pesquisa malacológica, estão representados os gêneros Pomacea, Melanoides e Biomphalaria, este último gênero reúne espécies como B. kuhniana e B. straminea aqui coletadas, não estavam parasitados por S. mansoni. Em relação à análise espacial, foram identificados agrupamentos de alto risco para os indicadores socioambientais relacionados à esquistossomose envolvendo municípios das mesorregiões Centro-Norte e Sudeste piauiense. A análise de correlação mostrou ainda, que os casos confirmados de esquistossomose apresentaram associação significativa com todos os indicadores socioambientais. Conclui-se, que apesar do Piauí não constituir área endêmica para a esquistossomose, este estudo indica a necessidade da manutenção das ações de vigilância epidemiológica e controle da doença, uma vez que ainda ocorre no estado e reúne condições socioambientais para a sua dispersão em virtude da ocorrência de hospedeiros intermediários de S. mansoni no Rio Parnaíba, rio que compreende a principal bacia hidrográfica do Piauí.
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FRANCISCO DANILO CARVALHO COSTA
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Riqueza, distribuição e estado de conservação dos marsupiais (Didelphimorphia: Didelphidae) no estado do Piauí.
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Advisor : JULIO FERNANDO VILELA
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Data: Feb 14, 2023
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Atualmente, os marsupiais representam no Brasil a quarta maior ordem em riqueza com 67 espécies, ficando atrás somente das ordens Rodentia, Primates e Chiroptera. Para a região Nordeste são listadas 20 espécies deste grupo, o que representa cerca de 30% das espécies de marsupiais registradas para o país. O Piauí é um estado da região Nordeste que representa uma importante área para estudos de biologia, ecologia e biogeografia, levando em consideração a diversidade de paisagens e a tendência à alta diversidade biológica pela presença de dois biomas (Cerrado e Caatinga) e uma extensa área de transição que também conta com a presença da Matas dos Cocais. Levando em consideração a necessidade de informações mais sólidas a respeito da fauna de mamíferos para o estado do Piauí, este trabalho tem como objetivo realizar um levantamento das espécies da ordem Didelphimorphia no estado com base na literatura e material-testemunho depositado em coleções. Em seguida, foi verificada a ocorrência das espécies nos diferentes municípios e Unidades de Conservação para a elaboração de mapas de distribuição no estado. O levantamento de dados foi feito com base em registros bibliográficos que incluíram artigos científicos, livros e capítulos de livros, teses, monografias e dissertações, além da busca de registros nas bases de dados online Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr) e Global Biodiversity Information Facility (GBIF) e em coleções científicas nacionais e estaduais. Foram registradas 12 espécies distribuídas em 10 gêneros no estado: Caluromys philander, Cryptonanus agricolai, Didelphis albiventris, Didelphis marsupialis, Gracilinanus agilis, Marmosa murina, Marmosa (Micoureus) demerarae, Marmosops sp., Metachirus nudicaudatus, Monodelphis domestica, Philander opossum e Thylamys karimii. As espécies registradas no Piauí apresentam estado de conservação LC (10 espécies), DD (1 espécie) e VU (1 espécie). Didelphis albiventris, Gracilinanus agilis e Monodelphis domestica foram registrados em 17 localidades, enquanto Metachirus nudicaudatus, Philander opossum e Didelphis marsupialis foram restritas a uma localidade. Este resultado representa uma riqueza de pelo menos 18% das espécies conhecidas para o Brasil e 60% da riqueza dos marsupiais do Nordeste, mostrando que o Piauí possui uma fauna relativamente rica em número de espécies. Entretanto, é importante ressaltar que existem muitas lacunas e carência de trabalhos no estado, uma vez que há registros para apenas 28 municípios.
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LAIANE JANCIELLY DE SOUZA SILVA
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Taxonomia de Baetidae Leach, 1815 (Insecta, Ephemeroptera) da Bacia do Rio Parnaíba, Nordeste do Brasil
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Data: Feb 7, 2023
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A Ordem Ephemeroptera é um grupo oligodiverso de insetos hemimetábolos e anfibióticos, com pouco menos de 3700 espécies, 460 gêneros e 40 famílias descritas em todo o mundo. Os indivíduos da ordem realizam inúmeras funções ecológicas nos ecossistemas de água doce e podem ser utilizados como biondicadores de integridade ambiental. A família Baetidae é uma das mais diversas e abundantes da Ordem, com 1100 espécies e 114 gêneros para o mundo. No Brasil são registradas 137 espécies e 24 gêneros, a maioria para as regiões Norte e Sudeste. Na região Nordeste, foram realizados levantamentos na Bacia Hidrográfica do Parnaíba, a segunda mais importante da região, entre os anos de 2012-2016, com apenas 11 espécies registradas. Devido a irregularidade na amostragem entre as regiões e bacias hidrográficas, este estudo objetivou fornecer informações e atualizações taxonômicas sobre a Família Baetidae em riachos que formam a Bacia do Parnaíba, Nordeste do Brasil. As coletas foram realizadas entre abril de 2015 e setembro de 2022, em doze municípios e 33 localidades na Bacia do Parnaíba. As ninfas foram coletadas por busca ativa com auxílio de redes aquáticas e peneiras, os imagos foram capturados com armadilha luminosa (tipo pennsylvania). As ninfas e imagos capturados foram preservados em álcool (80%). As identificações foram baseadas em chaves taxonômicas, descrições originais e artigos atualizados para cada espécie. Uma lista atualizada das espécies de Baetidae ocorrentes na Bacia do rio Parnaíba, Nordeste do Brasil é apresentada. Para cada espécie são atribuídos dados informativos, como material examinado, diagnose, distribuição geográfica e comentários. Foram identificados 814 espécimes, 20 espécies, duas morfoespécies e onze gêneros: Americabaetis, Apobaetis, Aturbina, Baetodes, Callibaetis, Camelobaetidius, Cloeodes, Cryptonympha, Harpagobaetis, Waltzoyphius e Zelusia. Uma nova espécie é descrita para o gênero Baetodes. Estes resultados fornecem um panorama sobre a diversidade e distribuição das espécies da família Baetidae na região e aumentam de 11 para 26 espécies registradas para a Bacia do Parnaíba.
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MURILO MADELMAN SILVA PEREIRA
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Morfometria geométrica na avaliação da identidade e influência de variáveis ambientais na morfologia alar em Anomalon cotoi Gauld & Bradshaw, 1997 (Hymenoptera, Ichneumonidae)
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Data: Jan 27, 2023
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O Brasil é considerado um dos países com maior diversidade do mundo, e possui uma fauna de insetos que chega a quase 89.000 espécies. Dentre os insetos, destaca-se Hymenoptera, que inclui as vespas, formigas e abelhas, grupos diversos e amplamente distribuídos. Os himenópteros parasitoides constituem o maior grupo dentro da ordem, com estimativa global de 250.000 espécies. A taxonomia tem utilizado modelos estatísticos e de morfometria geométrica (MG) para avaliar a morfologia de insetos e elucidar vários entraves taxonômicos, contribuindo para a identificação dos indivíduos. O presente trabalho tem como objetivo utilizar morfometria geométrica das asas de espécimes identificados como Anomalon cotoi Gauld & Bradshaw, 1997 (Hymenoptera: Ichneumonidae) a fim de confirmar sua identidade e avaliar se variações populacionais existentes são influenciadas por variáveis ambientais. Para as análises taxonômicas morfológicas os exemplares foram identificados seguindo descrição original da espécies bem como imagens de material tipo. Para as análises de MG, foram utilizadas imagens das asas anterior e posterior de espécimes brasileiros e peruanos. Análises estatísticas de Componentes Principais (PCA) e Validação Cruzada foram utilizadas para delimitar e identificar os espécimes e Análise de Variáveis Canônicas (CVA), Dois Blocos Mínimos Quadrados Parciais (PLS), ANOVA e teste de Tukey avaliaram as variações morfológicas populacionais existentes. A identidade dos exemplares brasileiros como A. cotoi foi confirmada. As análises de PCA e Validação Cruzada delimitaram as populações de A. cotoi, separando-as do grupo de comparação, Anomalon levipectus (Enderlein, 1921). Segundo os resultados das PCAs, os espécimes de A. cotoi do Brasil e do Peru são morfologicamente semelhantes e a Validação Cruzada classificou os indivíduos em dois grupos, classificando-os corretamente em média 87,66% com base nos morfotipos da asa anterior e 73,42% para asa posterior. As análises de CVAs demonstraram variações de formas das asas e dois padrões de formato foram observados: asas curtas e alargadas, e asas alongadas e estreitas. Os PLSs mostraram correlações significativas da influência de variáveis na morfologia das asas dos espécimes estudados. Os exemplares de altitudes entre 187m e 677m apresentam morfotipos de asas mais alargados e, em altitudes mais elevadas entre 908m e 1542m, asas mais estreitas. Nossas análises não identificaram variações significativa de tamanho das asas entre as populações de A. cotoi. De modo geral, a MG se mostrou útil para delimitar a espécie A. cotoi com base na forma das asas, e confirmou variações intraespecífica e populacional. O padrão de venação das asas de A. cotoi podem ser considerados subsídios morfológicos importantes para delimitar a espécie, bem como espécies do gênero Anomalon Panzer, 1804.
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